Ronin RPG
- Resenha -
Gostem
ou não, Mörk Borg impactou significativamente o cenário dos jogos de RPG
nos últimos tempos. Embora tenha surgido como uma marca de RPG de fantasia com
tema black metal e com isso tenha atraído um público específico, a indústria
caseira de RPGs que surgiu em torno dela é indiscutivelmente grande, robusta e
diversificada ao ponto de surgirem coisas de uma única página no itch.io a
hacks publicados completos como Pirate Borg em grandes editoras. Aqui
entra Ronin, que acabou de entrar em financiamento coletivo pela Tria Editora (LINK) e
que recebi antecipadamente sua versão traduzida em PDF e pronta para a
impressão para avaliação.
O
PDF de Ronin tem 128 páginas, e como algo do clã Mörk Borg ele já chega dizendo
à que veio. Na capa vemos o que parece ser um ninja ou personagem adjacente a
um ninja cometendo suicídio ritual (seppuku) ou tendo sido ferido mortalmente.
Isso está de acordo com o tom geral do jogo e imediatamente o coloca em posição
oposta à um higienizado Legend of Five Rings e semelhantes. Todo ele é sombrio
e perigoso, violento e sangrento. Não à toa que logo no início temos um
"aviso de gatilho" sobre seppuku, mas depois dessa capa, parece
desnecessário.
O cerne de um jogo inspirado em Mörk Borg são as tabelas aleatórias, e
Ronin tem muitas delas. Elas começam imediatamente dentro da capa (no
início e no final do livro) e vão do simples (nomes) ao sanguinário (ferimentos
debilitantes). Eles não estão brincando aqui. A morte é frequente e feia
em Ronin. E tenha em mente que ainda nem passamos do índice.