quinta-feira, 13 de maio de 2021

Conhecendo melhor Legendary Adventures Epic 5e, que chegará ao Brasil pela Tria Editora

 Conhecendo melhor Legendary Adventures Epic 5e,
que chegará ao Brasil pela Tria Editora

 

Como já foi postado por nós, a Tria Editora já tem seu primeiro livro de RPG para trazer para o português e lançar no Brasil – trata-se de Legendary Adventures Epic 5e. Vamos conhecê-lo um pouco mais?

Legendary Adventures Epic 5e, criação de Mike Myler, é um suplemento para levar seus personagens de D&D 5E além do nível 20 e dar suporte aos Mestres à lidarem com isso.

Vemos muitos jogadores e grupos de 5E querendo permanecer com seus personagens o máximo possível e eles nunca estão felizes em descarta-los ou ‘estacionarem’ quando chegam ao 20º nível. Se você e seu grupo tem esse desejo, então esse é o seu suplemento, principalmente por não haver tanto material quando se imagina para essa circunstância.

Este suplemento possui cinco seções, três das quais são um pouco mais curtas e outras duas constituem a maior parte do livro.


A primeira seção, intitulada de Epic Gamemastery, é pequena, mas muito importante. É aqui que você encontrará algumas dicas sobre como conduzir a campanha quando os personagens atingirem níveis de poder acima do vigésimo. O capítulo segue o caminho de evitar o risco de dicas redundantes de RPG e segue sem muita perda de tempo para as novas regras. Um ponto positivo, já que muitos dos que anseiam jogar além desses níveis já conhecem um pouco de RPG.

As classes de personagens são o coração do livro e estão concentradas no que pode ser encontrado no Livro do Jogador de D&D 5e. Epic 5e renomeia algumas dessas classes principais. A classe do Bárbaro se torna a Berserker, o Monge se torna o Adepto e o Paladino, o Arauto. Você pode se perguntar por que disso. O autor disse, em algumas entrevistas, que é uma mudança natural quando da evolução de um conjunto de regras e que tenta sanar alguns pequenos problemas inerentes do jogo. A meu ver, é uma tentativa de correção semântica com relação ao nome de algumas classes, o que, pessoalmente, achei bem charmoso.

As classes são tratadas todas de forma semelhante. Conforme os personagens vão além do nível 20, eles crescem em prestígio e fama. Um grupo de personagens de nível 30 pode absolutamente ir de igual para igual com uma divindade, e as divindades sabem disso e tratam esses personagens de acordo.


Existem alguns outros toques interessantes
​​também. Viajar para outro plano de existência mantém esses personagens imunes aos efeitos nocivos do ambiente até que eles realizem alguma ação hostil. É um ponto bastante interessante e que pode ser bem explorado por bons mestres para variar as ações de campanhas e possibilidades.

Personagens nesses níveis obtêm também um segundo arquétipo e começam a desenvolver seus recursos e novas habilidades. Aqui estão algumas coisas para ficarmos atentos: no nível 25, o Berserker recebe “Shattering Blows”, o que significa que ele pode causar dano em construções com seus ataques; enquanto isso, no nível 29, o Clérigo ganha “Divine Resurgence”, no qual ele retorna automaticamente à vida com 1 ponto de vida se morrer de um ataque ou magia que causou menos de 50 de dano e essa habilidade não pode ser usada novamente por um mês; já o ladino se torna capaz de sintonizar um quarto item, ganhar uma segunda reação e causar dano máximo em um crítico com um salvamento de Con para morte instantânea. O que podemos querer mais!

Os talentos são outro ponto interessante e estão num dos capítulos não tão extensos. Ele é enxuto porque é geral, e os Mestres podem criar nomes sofisticados e formas alternativas se quiserem. Por exemplo, Legendary Resistênce onde você ganha resistência à danos de qualquer tipo; ou Magic Ball para invocar um monstro aliado gigantesco. O livro não termina listando todos os tipos de danos possíveis como seu próprio talento.


Uma das coisas que mais chamam a atenção em um suplemento com o propósito de jogarmos com personagens acima do vigésimo nível são os perigos que eles enfrentarão – os monstros. Este é um dos capítulos volumosos do livro. Ele possui um índice dinâmico que consta com a CR da criatura (de 21 a 35) permite pular diretamente para o ponto que desejamos. Esperem por coisas enormes, mortais e desafiadoras à décima potência! São cerca de 50 monstros ilustrados e prontos para aterrorizar seus jogadores.

Temos de Satanás à Elemental Vulcanic e Megawolf. Além disso, o bestiário mergulha na mitologia - deuses nórdicos em particular e algumas entidades Abrâmicas também - e lendas de Camelot. Ele também é criativo, com assassinos do futuro, ou de outros planos, bem como eventos de nível apocalíptico como o Enxame da Morte. Epic 5e está pronto para gerar lutas terríveis em sua mesa.

Este será um livro muito interessante para ter em sua prateleira para complementar uma campanha com chave de ouro ou fazer uma one-shot bombástica para calar os jogadores que sempre querem mais e mais poder!

E tudo isso estará conosco, em português, muito em breve, pelas mãos da Tria Editora! Logo que tenhamos mais informações vamos postar aqui! Aguardem!





Necrobiotic, RPG com cartas - tente sobreviver em um mundo distópico e steampunk

 Necrobiotic, RPG com cartas
- tente sobreviver em um mundo distópico e steampunk -

 

Para quem curte RPG todo dia é dia de novidade e coisas incríveis, basta saber olhar. Este é o caso de Necrobiotic, a versão em inglês do italiano L’Ingranaggio, lançado em 2020. Ele está em um financiamento coletivo praticamente fundado com apenas alguns dias de início e com entrega marcada para fevereiro de 2022.

Necrobiotic combina a personalização da construção de deck e dos jogos de cardgame com a narrativa de um RPG em um cenário futurista bem macabro. Situado numa Florença em meados do século 21, em um futuro próximo e distópico, Necrobiotic segue o impacto de uma “grande decadência” que desfez séculos de progressão cultural e tecnológica e levou a humanidade a uma existência pós-apocalíptica sombria.

Os sobreviventes vivem em pequenas comunidades dentro de fortalezas improvisadas, enquanto a terra entre os assentamentos foi reivindicada pela natureza. O mundo apresenta uma reviravolta mórbida dentro de uma tecnologia steampunk na forma de “constructos” mecânicos criados com cadáveres, que servem como máquinas autônomas labutando para colher alimentos para a humanidade e atuar em outros papéis sociais e domésticos.

Em vez de dados, o sistema de jogo do Necrobiotic é alimentado por um baralho de cartas (cartas de tarô também podem ser usadas). Os jogadores constroem um baralho de cartas individual que representa as estatísticas de seus personagens em várias características, refletidas por cada um dos quatro naipes; copas tornam-se carne, ouro são aço, paus são vapor e espadas representam equipamentos.


O número e o valor das cartas de cada naipe são determinados pela afinidade do personagem em cada característica, desde o ás (baixo) até sua estatística correspondente. Por exemplo, uma estatística de seis em carne daria a um jogador cartas de ás a 6 de copas. Essas cartas são combinadas com um curinga e cartas com figuras - determinadas pela classe do personagem - em um único baralho pessoal de 22 a 24 cartas.

As classes disponíveis incluem o arquiteto voltado para a tecnologia; um membro da milícia; um estudioso de tecnologias perdidas (incluindo telefones eletrônicos e computadores) no tecnosofista; o tecnofante de alta potência e blindado; e o engenheiro com talento mecânico.

Os jogadores iniciam cada sessão com uma mão de seis cartas, a partir das quais podem jogar essas cartas para realizar ações com sucesso e passar nos testes definidos pelo Mestre, com o objetivo de combinar um determinado naipe ou atingir um número alvo. Quando sua mão é esvaziada, os jogadores devem respirar fundo para reabastecer sua mão ou sacar diretamente de seu deck, sem a possibilidade de escolher a carta que jogarão.

Conforme a campanha avança, os jogadores podem aumentar seu deck com cartas adicionais - refletindo suas habilidades crescentes e aquisição de novas habilidades - adicionando um aspecto de construção de deck durante o jogo.

Esse RPG merecia chegar no Brasil!