sábado, 12 de setembro de 2009

Material de Apoio - Lâminas 16

Material de Apoio - Lâminas
- Espadas -

ESPADAS MEDIEVAIS - As Arming Swords

"De todas as armas inventadas pelo homem ao longo dos séculos, a espada é a única que combina efetividade em defesa com força em ataque, e desde seu início, na Idade do Bronze, teve garantida, para si, uma poderosa mística nunca antes visto por outros objetos criados pelo homem." - Ewart Oakeshott

A Arming Sword (também chamada de Espada de Cavaleiro) é uma espada de uma mão com empunhadura em forma de cruz do meio da Idade Média, tendo seu uso mais comum no período que vai do ano 1000 até 1350, ainda permanecendo, mas tendo um uso muito raro, até o século XVIII.

Como já dito em post anteriores, sobre a forma das espadas, as Arming Swords eram versões mais curtas das espadas utilizadas na Idade Média (em comparação com as espadas chamadas de longas) e estavam, normalmente nas cinturas dos cavaleiros para utilização sobre o cavalo. Mas não só isso. Os estudos mostram que embora ela tenha desenvolvido-se para ser uma alternativa à ‘espada longa’ e poder ser utilizada numa montaria, ela passou a ser amplamente usada pelos homens da época (claro que principalmente aqueles ligados à nobreza, altos postos diretivos, postos militares e afins). Muitas narrações dão conta de que ela tornou-se inseparável, quase como uma peça do vestuário da época.

Com tudo isso, as Arming Sword passaram a ser o símbolo de quem as utilizava, uma marca de honra, uma representação de posição hierárquica, tornando o homem e o cavaleiro uma só coisa. Alguns textos de época mencionavam que a relação dos cavaleiros com suas espadas (arming sword) era quase religiosa. Com a utilização deste tipo de espada por um longo período foi muito comum que espadas fossem passadas de pai para filho dando uma ênfase ainda maior à este caráter simbólico.

As espadas dos guerreiros medievais do início da Idade Média eram um refinamento das peças metálicas com dupla beirada afiada desenvolvidas pelos vikings, no período do metal celta e no período das tribos germânica da antiguidade que suplantaram os próprios celtas.

Na forma, elas eram lâminas alargadas, para apenas uma mão e desenhadas para luta com escudos. Usualmente possuindo de 91 à 107 cm (36’’ à 42’’ polegadas), com um peso de apenas dois ou três libras (0,9 à 1,4 Kg), a nova espada dos cavaleiros tinha linhas quase paralelas entre suas bordas ou com ligeiro estreitamento gradativo nas beiradas seguido de um abrupto estreitamento (ou um tanto arredondada) na ponta, usada para estocadas curtas.


As novas lâminas eram usualmente finas (na espessura), sua superfície era plana e a parte mais larga da lâmina terminava em uma seção cruzada (proteção da empunhadura) com um vinco central na lâmina (o Fuller) para reduzir o peso e dar mais flexibilidade à lâmina. Nas imagens abaixo é mostrado o fuller (na direita numa espada viking, na esquerda numa lâmina que está sendo preparada para reproduzir uma Arming Sword).

Modelos posteriores das Arming swords tinham apenas um Fuller parcial, na parte mais próxima da empunhadura. Não havia um nome especifico para este tipo de arma, era chamada simplesmente de ‘espada’.

Ao final do século XV, algumas Arming Sword tinham um anel simples afixado para proteger a mão da guarda, tanto que o dedo poderia ser protegido acima da cruz formada pela proteção da empunhadura criando um novo e ótimo ponto de controle da espada, sem assim ficar exposto ao perigo em uma ação do oponente. Mais adiante, este simples anel era também acompanhado, algumas vezes, por uma pequena cúpula, tornando-se os primeiros ‘complex-hils’ da história. Veja abaixo.

As mesmas mudanças nas condições dos campos de batalha da alta Idade Média, que guiaram para o desenvolvimento das espadas longas, também guiaram para o desenvolvimento de uma nova variedade de Arming Swords. Eram também armas de uso com apenas uma mão, podendo ser usada com a esquerda, por isso mesmo recebeu o nome de Sidesword (a espada usada com mão do lado/side).

Durante o século XVI, as lâminas das espadas freqüentemente foram tornando-se mais afinadas, permanecendo alongadas (entre 86 e 107 centímetros), e um pouco mais delgadas, continuando ainda rápidas para golpes de ponta e com ótimo ponto de controle. Deste ponto ela evoluirá para as rapiers. Eventualmente, as novas empunhaduras tornaram-se as chamadas “swept hilt” e então eventualmente desenvolveram-se nos “basket hilts” dos séculos XVI, XVII e XVIII. Com este desenvolvimento da proteção da empunhadura, aos poucos foi eliminada a necessidade das manoplas, auxiliando no desenvolvimento de métodos de combate com estas armas, podendo ser comprovado com o manual criado por Ângelo dall’Aggochie, em 1572.

A questão da classificação:
Muita controvérsia existe com relação à classificação das espadas deste período. O certo é que inicialmente tivemos as Arming Sword (erradamente chamadas de Broadswords). Estas deram origem às Sideswords (como já mostrado). Algumas classificações dão conta de que as Arming Swords seria um grande grupo de tipos de espadas do período que abrangeria tanto as Broadswords quanto as Sideswords.

Se considerarmos, então, uma classificação baseada em utilização (forma e técnica de combate) poderíamos considerar a Arming Sword como realmente um grande grupo. Mas se considerarmos elementos estruturais a coisa muda de figura, e teríamos o grupo das Arming Swords e o das Sidesword. A primeira tipicamente medieval, a segunda como descendente direta e quase renascentista. O certo é que, qualquer classificação que se use, ambas tinham ponto de convergência: uso com uma mão, normalmente sobre o cavalo, de estrutura rígida, podendo ser utilizada com escudo pequeno ou médio e pouco efetiva para perfurar.

A classificação definitiva, pelo menos até o momento, foi dada por às arming swords por Ewart Oakeshott em seus estudos para lâminas. Segunda a classificação Oakeshott as arwing swords seriam do tipo XII à XIVa. Mais tarde daremos atenção à este grande pesquisador e sua classificação.

Os fundamentos das Arming Swords:
As Arming Swords foram as espadas que receberam, pela primeira vez na história, atenção em manuais para um bom aprendizado em seu manuseio. O manual considerado como grande expoente no treinamento com este tipo de espada foi Flos Dualletarum de Fiore dei Liberi.


Para sua época as Arming Sword eram ótimas armas de combate, com um bom nível ofensivo e defensivo embora não fosse nenhum expoente em nenhuma delas. Isto era possível, pois o recruta só precisava conhecer a posição de guarda, que servia de base para todas as outras, levando tanto a um rápido aprendizado quanto à uma rápida modificação de posição.

Notícias de Cinema

Mais novidades para os cinemas

He-man: Foi abandonada a produção cinematográfica do famoso desenho animado da década de oitenta. O motivo é a divergência de opinião entre a Warner Bros e Mattel. Mas o que corre nos bastidores dá conta de que Joel Silver, diretor escolhido para a adaptação, seria uma das peças fundamentais da reestruturação da DC Entertainment, e que ele estaria pré-escalado para a produção do filme sobre a Mulher Maravilha. A Mattel anunciou que procurará um novo estúdio para a produção.

Resident Evil: Nem bem o quarto filme começou a ser filmado e a produtora Screen Gems já anunciou que o quinto filme da série será um reinício, mostrando acontecimentos antes do primeiro filme. No quinto filme o enredo estaria centrado em um grupo militar que lutaria contra um grupo de cientistas que haviam se tornado zumbis. Já o quarto filme, chamado “Resident Evil: Afterlive” deve estrear em 27 de agosto de 2010.

Colheita Maldita: O clássico do terror de 1984 deverá ganhar uma refilmagem para 2011. Isso foi confirmado por Bob Weinstein, chefe executivo da produtora Dimension. O roteirista contratado é Ehren Kruger (Pânico 3). O filme deve ser adaptado para os dias atuais. Segundo Weinstein “É popular em Hollywood retomar projetos antigos, mas na maioria das vezes são apenas cópias do original. Vamos trazer algo novo à história e Ehren quer pegar pesado”.

Lua Nova: Novas imagens sobre o segundo filme da série de adaptações das obras da escritora Stephanie Meyer foram apresentadas. “Lua Nova” trás a sequência iniciada com “Crepúsculo” e será lançado em 20 de novembro de 2009. No elenco, além dos protagonistas principais do primeiro filme estão Dakota Fanning ("Heróis"), Michael Sheen ("Anjos da Noite: A Evolução"), Cameron Bright ("X-Men: O Confronto Final") e James Campbell Bower ("Sweeney Todd"), o diretor será Chris Weitz (“A Bússola de Ouro”).


O Hobbit: Agora está confirmado. Os últimos detalhes foram acertados entre a Warner e os representantes da família de J.R.R.Tolkien. Depois de uma batalha judicial que durou seis anos tudo foi acertado e o sinal verde foi dado para a filmagem das duas partes (ou três) da adaptação da obra. A direção ficará nas de Guilhermo Del Toro (“O Labirinto do Fauno”).

2012: Pôster inédito foi apresentado nesta sexta-feira. Nesta obra a Terá será destruída mais uma vez, agora seguindo as previsões catastróficas existente nos calendários maias. No elenco teremos Amanda Peet ("Arquivo X: Eu Quero Acreditar"), Woody Harrelson ("Expresso Transiberiano"), Thandie Newton ("Crash: No Limite"), Danny Glover ("Ensaio Sobre a Cegueira"), Chiwetel EjiofoFrr ("Cinturão Vermelho") e Oliver Platt ("Frost/Nixon"). A estréia será em 13 de novembro deste ano
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