quinta-feira, 2 de maio de 2013

Game of Thrones: Tyrion ganhará um livro e assista os comentários sobre a terceira temporada

Um livro para Tyrion e os comentários da terceira temporada


O fenômeno das séries do momento é inegavelmente The Game of Thrones. Batendo recorde atrás de recorde ele chegou ao meio de sua terceira temporada prometendo muitas surpresas para sua segunda parte. Aproveitando este momento trazemos duas novidades interessantes. A primeira é uma notícia que deixará os fãs exultantes.

Não é novidade que um dos personagens preferidos dentre os 31 personagens principais existentes nos até agora cinco volumes escritos por George Martin é Tyrion Lannister. Pois esta preferência lhe renderá um livro. Com o título de “The Wit and Wisdom of Tyrion Lannister” aobra compilará os melhores momentos do personagem dentro de As Crônicas do Gelo e do Fogo”. A obra deverá ser lançada para o Natal pela editora Harper Collins e ainda não tem confirmação de chegar, pelo menos rápido, por aqui!

A iniciativa não é uma novidade já que anteriormente já havia sido lançada uma obra semelhante para Daenerys contendo todos os capítulos dedicados à ela na obra.

A segunda coisa que trazemos aqui é um vídeo-comentário, já tradicional, da galera do site Omelete, sobre a primeira parte da terceira temporada de Game of Thrones. Muito interessante e ilustrativa ela conta com muitos spoilers, então só assista se tiver certeza de que deseja saber o que acontece ou recordar o que já assistiu!

Dicas do Mestre: Ser mestre, não é para todos, mas todos podem ser!

Ser mestre: não é para todos,
mas todos podem ser!


Não sei se é um fenômeno apenas local, mas temos tido uma grande procura por dicas de como mestrar. Muitos novatos têm mostrado interesse em mudar de posição na mesa de jogo e começar a mestrar aventuras para seus amigos. Mas então, por onde começar ou quais pontos devem ser reforçados para quem tem intenção de começar a mestrar?

Já comentei este mesmo tema algumas vezes aqui ao longo desses cinco anos de Confraria de Arton, mas como a safra de mestres é nova vamos retomar o tema!

Muitos mestres novatos se enganam quanto pensam que o ponto principal para sermos um bom mestre está nas regras e seu conhecimento aprofundado. O fato é que regras são importantes, é claro, mas não é o fundamental para determinar se você é um bom mestre.

Todo o sistema de RPG, por mais iniciante que seja, possui o seu sistema de regras que são o cerne central de sua mecânica de funcionamento. Sem as regras uma seção de RPG não pode ser levada adiante de forma eficiente. O que desejo mostrar quando digo que para um bom mestre conhecer aprofundadamente as regras não lhe confere qualidade? Lógico que isso é importante, pois sem regras não teremos como mediar o jogo. Mas o bom mestre está além das regas e de seu conhecimento.

O bom mestre está centrado em dois pontos. O primeiro deles é o ‘bom senso’. Mais do que simplesmente conhecer as regras e aplicá-las, o papel de mestre está centrado na mediação da relação jogador-regras. E para isso não existe forma melhor que o simples bom-senso. Saber quando e como aplicar as regras e principalmente quando burlá-las é uma arte que o simples conhecimento frio das regras não concede ao mestre. O bom-senso vem da noção de que o RPG é dotado de ritmo e precisa oferecer aos jogadores diversão. Se a aplicação das regras quebrar em demasia o ritmo ou trouxer para a seção algo que não seja a pura diversão então temos uma condução errada.

O segundo ponto é justamente o ‘ritmo’ da seção. A ação de mestrar não pode influenciar a seção de forma que modifique o ritmo pretendido pela aventura ou alcançado pelos jogadores. O ritmo equivale à forma como os jogadores percebem e vivenciam o ‘tempo do jogo’, ou seja, o tempo vivido e vivenciado pelos personagens. As regras devem assumir o papel de simplesmente atestar as ações dos jogadores encaixando-se no ritmo.

Esses dois pontos parecem muito simples mas são os erros mais comuns dos mestres, e quando digo isso não estou me referindo apenas à mestres novatos. Escutei certa vez em um podcast espanhol sobre RPG uma frase que se encaixa muito bem aqui: “mestrar é, antes de mais nada, uma questão de feeling, e não de regras”.

Não importa se você é adepto do old school ou de um dos tantos novos sistemas narrativos, não importa se você curte cenários de fantasia ou futuristas, não importa se você joga o sistema a, b ou c, o diferencial do bom mestre está no feeling dele. Ele deve ter uma noção do que está acontecendo em sua mesa de jogo para através do bom-senso manter o ritmo da seção.


O mestre, por incrível que pareça, deve atuar de forma que sua presença quase não seja notada. A ação de narrar e ambientar o grupo de jogadores não deve ser confundida com uma atuação nociva à mesa. Ele deve agir e influenciar o jogo de uma forma quase imperceptível. Lógico que não estou dizendo que ele deve ser omisso, longe disso. Mas ele deve deixar que sua atuação encaixe-se perfeitamente no ritmo do jogo. As regras devem ser usadas de uma forma mais ativa pelo mestre, mas somente quando forem extremamente necessárias. As regras são quase como um remédio, que são necessários para manter a saúde de uma pessoa, mas mesmo eles podem ser nocivos se aplicados em demasia ou fora de hora.

Não queira ser o tipo de mestre que aparece mais do que a aventura, o mestre que joga mais que os jogadores. O mestre é um elemento importante sim, fundamental sim, mas deve ser imperceptível!