sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Pathfinder Segunda Edição - Conto: Um novo jogo de Drouge

  
Pathfinder Segunda Edição
Conto: Um novo jogo de Drouge

 
Um novo jogo?” Kesara perguntou, suas velhas mãos Vudrani já varrendo as peças de drouge do pano bordado, jade claro como leite e estatuetas de ônix preto desaparecendo como moedas de mágico entre seus dedos ossudos.

Guan Kai encolheu os ombros, sorrindo, e destampou seu frasco de licor blackdream. Ele acenou para Kesara, rindo quando ela torceu o nariz em desgosto com a oferta, como ela sempre fazia. Sem se ofender, Guan Kai deu um gole na bebida escura com cheiro de erva-doce. “Que escolha eu tenho? Você limpou o tabuleiro. Bem quando eu estava ganhando.

Não houve vitória naquele jogo.” Kesara distribuiu novas peças no pano com os floreios rápidos de uma jogadora profissional, que Guan Kai supôs que ela fosse, de certo modo. “Este vai ser melhor. Novas peças, novo tabuleiro. Muito amigável.” Com um movimento, Kesara substituiu os chacais negros do conjunto original por um par de leões de seu estoque quase inesgotável de peças alternativas. De brincadeira, ela colocou duas moedas com cuidado nas cabeças dos leões como pequenas coroas de cobre, em seguida, girou-as com um movimento com as pontas dos dedos. Os discos de metal giraram momentaneamente em cima das figuras antes de baterem pesadamente no tecido.

Então, Guan Kai pensou, ela quer negociar um segredo sobre alguma instabilidade em Taldor.

The Island of Sina Una, um suplemento sobre a cultura filipina para D&D 5e

 The Island of Sina Una, um suplemento
sobre a cultura filipina para D&D 5e

 

Já disse em mais de uma oportunidade o quanto eu gosto de conhecer RPGs e formas de jogar de outros lugares, ou material feito com responsabilidade sobre outras culturas. Estou, sempre que posso, vasculhando a rede para descobrir algo novo para conhecer e apresentar por aqui. Este é o caso The Island of Sina Una, um suplemento compatível com D&D 5e ambientado na mitologia e cultura filipina pré-colonial. Embora não tendo sido criado diretamente por filipinos, este material mostra-se – pelo que pude ver em resenhas e fóruns – responsável e reocupado em não criar caricaturas culturais. As Filipinas é um terreno fértil para RPGs que ainda espero que seja “descoberto” pelas editoras brasileiras. Já resenhei aqui Tadhana e recentemente também descobri o Island Aswangs (que apresentarei em breve). São experiências interessantes, e ver mais material sobre esse local é cativante.

O principal ponto que me agrada ao ver essa obra, em dias como hoje, é a preocupação na retratação real da cultura, da mitologia e do ambiente proposto. Normalmente, principalmente nas primeiras décadas do RPG, tínhamos uma produção claramente com a visão branca ocidentalizada (embora hoje ainda tenhamos muito disso) onde a retratação do outro vinha claramente atrelada à falta de ideia de civilização, estranhamento caricatural ou inferiorização. Ela era convenientemente estereotipada.

Vamos conhecer mais à fundo essa obra. Para isso me baseei em algumas resenhas de fora, principalmente na do site Gnome Stew.

Aviso de conteúdo: Algumas seções deste livro contêm descrições de danos causados ​​a animais, incluindo o uso deles em esportes de luta uns contra os outros ou o sacrifício como parte de rituais. Vários monstros se envolvem em atos de canibalismo e alguns têm descrições gráficas de sua aparência, que incluem órgãos internos expostos. Alguns monstros incluem elementos de transformação de terror do corpo e também existem monstros baseados em crianças ainda não nascidas.