Pathfinder Segunda
Edição
Contos dos Presságio Perdidos:
A Armadilha
“Lá. Sim. Esses dois.” Entusiasmada,
a voz de Chemurr molhada e grossa. Ela tossiu e engoliu ruidosamente, mas
estava muito agitada para evitar que os vermes do catarro voltassem a subir.
Seus dedos inchados apertaram o braço de Gaiter. “Venha garoto.”
Gaiter se afastou. Ele sabia
que era estúpido, perigoso. Você não aborrecia Chemurr nunca, mas especialmente
não quando ela ficava assim. No entanto ele odiava os vermes do catarro. Odiava
demais para ser inteligente, às vezes.
“Como, como você sabe?” Ele fez
a pergunta trêmulo, com medo, esperando que Chemurr estivesse satisfeita o
suficiente com seu terror para que não exigisse mais. Não era um engodo. Gaiter
realmente estava assustado. “O Grande Mestre lhe disse isso?”
“O Grande Mestre não tem que me
dizer isso, garoto.” O aperto de Chemurr aumentou com seu desprezo. Seus dedos
esmagaram os ossos de Gaiter. “Eu posso sentir o cheiro neles. O fedor da
ilusão. Pensando que o que eles fazem importa.” Suas narinas se alargaram,
cheirando, e um verme de fleuma caiu.
Gaiter se encolheu. Ele não
pôde evitar. Tampouco podia deixar de olhar para a coisa que se contorcia nos
paralelepípedos, gordo, segmentado e escorregadio, sua pele rodopiada com runas
que brilhavam com cores oleosas e irreais e fez seus olhos doer. Ele desviou o
olhar, apressadamente, com os olhos ardendo de lágrimas.