quinta-feira, 12 de junho de 2008

Caçadores de Abutre

Caçadores de Abutre
Capítulo 3
Parte 1 - Locais Importantes

Casa da Mamãe
É assim que carinhosamente os membros do grupo de informações chamam a sua base. É nada mais nada menos do que a própria casa de Thânara. A moradia esconde-se sob o disfarce de “Cotovelo Cerzido”, um local onde qualquer remendo pode ser realizado em qualquer tecido. Quase todos os moradores da capital Milothiann já se valeram de seus serviços ou pelo menos conhecem-na de nome. Por isso mesmo é um ótimo esconderijo. Recebeu este nome bem-humorado de David Willian numa das primeiras reuniões de grupos que realizaram por lá.

A casa localiza-se numas das inúmeras ruas próxima à praça central. Mesmo estando bem debaixo do Nariz de Asloth funciona à todo o vapor para manter a vida do tirano um verdadeiro inferno.

Na casa não encontramos, aparentemente, nada de especial ou suspeito. Abaixo dela é que se escondem os mistérios. Ao lado da pequena adega, por detrás de um porta camuflada por uma estante de vinhos empoeirada, fica um complexo pequeno, mas muito bem organizado, com três salas.

Alguém pode viver por semanas sem sair de lá. Estes três cômodos compreendem uma sala de reuniões onde dispões mapas, livros com referências, pergaminhos com anotações e toda a natureza de informação que possa ser útil. É quase que uma pequena biblioteca.

Na sala seguinte temos uma mescla de refeitório com oficina. Os armários abarrotados de suprimentos disputam lugar com ferramentas e bugigangas provenientes dos experimentos de Sturky (um góblin) que divide seu tempo entre as ações do grupo e procura de novas invenções para lhes auxiliar. Além disso tudo há um pequeno alçapão que serve de rota de fuga (numa possível emergência) levando diretamente às estreitas galerias de escrementos sob a cidade.

Na última sala está o dormitório com dois beliches e alguns armários repletos de roupas que servem muito bem aos disfarces utilizados por eles muitas vezes.

Este é normalmente o local escolhido para esconder fugitivos e magos logo após o resgate.


Acampamento de Kron
Este acampamento comporta o grupo mais numeroso dentre todos os que compõem os Caçadores de Abutres. É também o único que mantém todos os seus membros juntos – salvo quando estão no meio de uma missão.
O acampamento segue uma rigidez tipicamente militar, seguindo uma hierarquia e um dia-a-dia como que se estivéssemos em qualquer outro campo militar do Reinado.

Sua maior característica é que estão em constante movimento. Seria muito perigoso, para eles, permanecer mais do que duas semanas no mesmo lugar. Mesmo assim permanecem na região fronteiriça de Hongari, ora de um lado ora de outro da fronteira. Quando em movimento assumem a aparência de uma pequena caravana de comerciantes. Mas na verdade são um acampamento itinerante.

Sua aparência é a mais comum possível. Um conjunto de dez barracas de lona escura postadas num círculo onde, no centro, estão outras três barracas bem maiores. As dez barracas são os dormitórios dos membros – inclusive do grupo principal encabeçado por Kron. No centro, nas barracas maiores, ficam uma tenda para reuniões, uma que serve como refeitório e um pequeno depósito que na verdade é uma lona montada sobre um carroção. Além disso, no centro, fica o cercado com os animais – cavalos e vacas.


Taverna “O Lince”
Na estrada principal que segue entre Portsmouth e Bielefeld, contornando a Floresta de Jeyfar, existe uma taverna – O Lince. É um pequeno estabelecimento que abriga viajantes cansados e proporciona boa comida além de alguns momentos de paz. O fluxo é basicamente de comerciantes, visto que as relações entre estas duas nações à muito estão deterioradas. Mas ao mesmo tempo é o local mais próximo da fronteira com Bielefeld e, como regra geral, problemas políticos não afetam o desejo de lucro de comerciantes. O comércio é intenso entre os dois reinos.

O Lince serve de ponto de partida para fuga dos prisioneiros libertos. Ronan, olhos de lince, o dono do estabelecimento, nunca foi simpatizante das ações de Asloth tanto por uma questão de bondade quanto por questões econômicas – teria muito mais clientes se estivessem em paz com Bielefeld. Como ele mesmo diz: “mago ou não, se tiver dinheiro e quiser beber, eu sirvo”.

Enquanto Ronan serve como porto seguro para cartas e mensagens entre membros dos Caçadores e entre eles e Bielefeld, seu estabelecimento serve como ponto de partida para suas carroças que levam para Bielefeld muito mais do que apenas mercadorias.


Templo de Thyatis
Mesmo não sendo uma das divindades mais cultuadas em Portsmouth – ao contrário de Keenn e Tanna-toh – é respeitada e possui um número de seguidores significativo. Seus principais templos ficam na Milothiann (capital), Cambur e Ith. Com pouquíssimos paladinos do deus da ressurreição perambulando pelas terras de Asloth o trabalho de disseminar os preceitos de Thyatis fica ao encargo de clérigos e seguidores.

Estes mesmos templos servem como refúgio e até mesmo locais para reuniões dos Caçadores. Embora tenham uma postura oficial de não interferirem nos acontecimentos dentro de Portsmouth seus membros reconhecem que algo de muito errado está acontecendo. Dizem “que este reino deve renascer das cinzas da imolação de seus governantes”. Eles sabem que algo deve ser feito para que isso mude, mas também reconhecem que ainda não é o momento de saírem do anonimato e participar ativamente.

Mas mesmo assim não estão alheios. Auxiliam das formas possíveis sem levantar suspeitas. Um de seus maiores clérigos – Gollus Thernistus – garante aos Caçadores refúgio e assistência quando necessário. Gollus e seus colegas atuam quase que como um grupo independente dos Caçadores, embora ele não aprecie esta alcunha. Sua incumbência – decidida por ele mesmo – é levar a palavra de Thyatis à toda população e, com os exemplos de seu Deus, levar a população à razão. Ele não cansa de citar: “Para algo renascer sob a benção de Thyatis deve provar da morte necessária”!

Embora não seja o primeiro lugar para os Caçadores procurarem ajuda – até para manter o anonimato dês seguidores de Thyatis – sabem que lá estarão seguros.