quinta-feira, 26 de julho de 2012

Imagens modernas da Caverna do Dragão

Novo visual, aventuras antigas


Caverna do Dragão foi um dos desenhos mais adorados dos rpgístas desde os anos oitenta. Mostrando um grupo de verdadeiros jogadores em meio à uma incrivel aventura num cenário fantasioso com todos os elementos de uma campanha de RPG. O grupo era composto com as principais classes de personagens e cativou crianças, adolescentes e adultos por gerações. Mas como eles seriam em sua aparência se as aventuras fossem hoje e se as histórias fossem mais realistas? Veja abaixo algumas imagens que pesquei na internet (clique nas imagens para aumentar).


 

 


Games na Confraria: gameplay de Crysis 3

Games na Confraria
Crysis 3 ganha vídeo de demo


Com gráficos impressionantes Crysis 3 ganhou um vídeo de quase vinte minutos mostrando uma gameplay de luxo. O ponto alto foi a demonstração de dois modos para você escolher quando for jogar – o modo Stealth (silencioso) ou o modo Armor (pancadaria geral). O game já está em pré-venda.

Dicas para narradores do Velho Oeste por Piertezoon


Dicas para narradores do
Velho Oeste
por Jan Piertezoon
 
 
Nota da Confraria: Mais um ótimo artigo para Dust Devils do Jan Piertezoon, do blog Filhos da Gehenna, que ele pediu para divulgar.
 
Continuando a nossa série de post’s relacionados ao mais novo jogo da RedBox Editora – Dust Devils, fui questionado (novamente) o porque de estar utilizando a nomenclatura Western ao invés de “Velho Oeste”, bem essa nomenclatura Western esta diretamente ligado ao gênero de cinema e literatura norte-americana que ficou bastante popular no Brasil com as exibições de “filmes de faroeste” e de  “filmes de cowboy” e nas expressões mais juvenis é conhecido como “filmes de Bang-Bang”. Neste post repasso algumas dicas de narração que venho utilizando em minhas narrativas de Dust Devils.

O gênero de Western tem algumas características bem marcantes que devem se exploradas por narradores durante as suas crônicas de Dust Devils, características essas que são o charme do cenário.

O cenário Western é em sua essência o Oeste dos Estados Unidos, tendo a sua demarcação a partir do Rio Mississippi, onde podemos datar o seu período histórico alguns anos antes da Guerra Civil Americana até ao virado do século XX. O Narrador pode e deve aproveitar bastante como background a Guerra Civil Americana, pois era comum na época muitos soldados fugirem da linha de combate por não suportarem o terror da guerra. É possível também trabalhar temas que envolvam a ocupação de terras; a construção de ferrovias que sempre acabavam criando vários embates com os índios; estabelecimento de grandes propriedades dedicadas à criação de gado; lutas com os índios e a sua segregação; corridas ao ouro na Califórnia; da demanda das terras prometidas (como o estabelecimento do Estado do Utah, pelos mórmons) e da guerra no Texas.

De início, por falta de referências para alguns jogadores, teremos muitos personagens ao estilo do Cowboy solitário, que por sinal é o estereótipos mais apresentados em filmes do gênero Western, mais podemos enriquecer esse personagem ao acrescentar alguns conceitos como: criadores de gado, pistoleiros, desbravadores de terras, jogador de pôquer profissional, xerifes, garimpeiros ou, simplesmente, vadios que vagueiam de cidade para cidade, possuindo apenas a roupa que traz no corpo, um revólver e um cavalo, deve-se salientar que quanto mais refinado o histórico do personagem maior será o poder de ação do “The Devil” um fator importantíssimo para a realização de cenas memoráveis onde o personagem confronta a sua contraparte.

As cidades em sua grande maioria são compostas, de apenas uma avenida principal onde se destacam o Saloon (local de jogatina, álcool e, eventualmente, prostituição) onde boa parte das narrativas terá o seu inicio, um armazém de venda de alimentos e rações animais, um Barbeiro (geralmente também é o dentista) e a cadeia, onde reside o xerife. A tecnologia da época se resume ao telégrafo (constantemente tem seus postes vandalizado por grupos de bandidos ou pelos índios), a locomotiva, e a imprensa, que deveriam aparecer como elementos que prenunciam a chegada da civilização e da ordem, e simbolizando a transitoriedade do estilo de vida quase selvagem da fronteira ocidental.

O Narrador pode desenvolver aos poucos a noção de perigo constante do “Oeste Selvagem”, ao utilizar perseguições e confrontos físicos dramáticos – um grupo de forasteiros invade e assalta o banco local, o xerife procurando por valorosos homens que possam proteger uma diligência entre duas cidades, a cidade esta assustada com o ataque de canibais e não devemos esquecer o famoso duelo, são as técnicas mais utilizadas para ressaltar o ingrediente básico da ideia de perigo iminente, numa sociedade onde os riscos se sucedem diariamente e onde a violência parece ser a única forma de garantir a segurança.

Em minhas sessões de Dust Devils a violência sempre esta presente, pois o gênero Western é impiedoso, o desenvolvimento do background é de extrema importância, pois o narrador deve aproveitar cada brecha disponível no histórico do personagem. Por mais que o personagem tente apagar o seu passado tempestuoso ele sempre estará presente em todas as suas futuras ações, esse detalhe trará memoráveis momentos de interpretação. Imaginem um valoroso homem que assume o lugar do xerife na cidade, mais tem em seu passado um momento impiedoso durante a corrida do ouro, onde exterminou muitos por uma simples pepita, uma prostituta que carrega em seu ventre o filho de um grande fazendeiro e tem que fugir da região para evitar que seja morta por seu antigo amante.


A movimentação entre as cidades será constante os vaqueiros atravessam longas extensões de território com o gado; as diligências cortam as estradas ermas, parando em algumas parcas estalagens; as caravanas percorrem as planícies inóspitas e, às vezes, há um forte a marcar a presença militar dos colonizadores, as viagens estão entre as ações mais perigosas em Dust Devils, pois atravessar áreas indígenas, regiões de desfiladeiros onde bandos esperam para assaltar, animais selvagens espreitando em cada planície podem render momentos tensos, que deixará qualquer jogador como receio de sair da cidade.

Outro elemento frequente abordado é o conflito entre os colonizadores brancos e os povos indígenas. Os povos indígenas seguindo suas tradições protegem sua terra com fervorosos valores, e essa atitude fora responsável por alguns massacres, quando indígenas armados de arco e flecha combatiam exércitos armados de rifles e metralhadoras. A presença da Igreja fora responsável por ajudar na “transformação” dos povos indígenas selvagens em servos valorosos de mão de obra barata e a diminuição dos embates durantes as viagens. É valido o narrador utilizar em sua crônica algumas lendas indígenas, pois alguns animais como o corvo ou o urso tinham significados tão importantes que até os colonizadores passavam a respeitar tais crenças.

Recentemente a pedido de um dos meus jogadores inclui nas minhas sessões de Dust Devils a imigração chinesa. Muitos fazendeiros e o próprio Governo Norte Americano passaram a utilizar a mão de obra chinesa por dois motivos básicos – por ter um baixo custo e os chineses não negarem trabalho, realizavam trabalhos pesados e logo foram colocados para trabalhar nas ferrovias. Esse plot é fantástico para o Narrador trabalhar, imagine o motivo que faz um personagem de origem chinesa sair do seu país para trabalhar do outro lado do mundo com atividades pesadas, o choque de cultura que o personagem esta passando, tudo isso pode e deve ser explorado enriquecendo as sessões de Dust Devils.  

E por último e não menos importante a utilização de músicas durante as sessões de Dust Devils, geralmente tenho utilizado a música nos momentos em que estamos nos reunindo e conversando sobre os acontecimentos da sessão passada, ou seja, a música tem o objetivo de trazer os jogadores para o universo de Dust Devils, Narradores experimentem e se surpreendam como os seus jogadores logo entram no clima do jogo e ficam bem mais centrados. Pra quem não conhece alguns cantores country eu recomendo utilizar as músicas do grupo Spaghetti Western Orchestra, uma mistura de trilhas sonoras de filmes Western famosos com a interpretação de cenas memoráveis.

Espero que possam tirar proveito destas dicas e aproveitem muito Dust Devils: Histórias do Velho Oeste...confiram a capa brasileira que recebeu alguns toques do Dan Ramos (imagem um pouco acima).

Cinema na Confraria: filmagens de 24 Horas e o trailer do pós-apocaliptico The Day


Cinema na Confraria

Filme do seriado 24 Horas em 2014
O filme do famoso agente Jack Bauer terá suas filmagens iniciadas em 2013. O ator Kiefer Sutherland interpretará novamente o protagonista de uma das séries de maior sucesso da televisão mundial. As gravações já foram proteladas mais de uma vez, mas desta vez parece que será definitivo. Por enquanto o elenco só teve a confirmação, além de Kiefer, de Mary Lynn Rajskud como Chloe.

The Day ganha pôster e trailer
O novo suspense pós-apocaliptico The Day ganhou seu primeiro pôster e trailer. Com estréia marcada para 29 de agosto o filme mostra um mundo cheio de violência onde cinco amigos e sobreviventes devem enfrentar todo o tipo de perigo para manterem suas vidas.

 

Fantasia e Realidade - Bardos



Bardos: Fantasia & realidade


A História
Nosso primeiro alvo nesta seção foram os druidas. E para minha surpresa, como deve ter sido para vocês também, a origem histórica de druidas e bardos estava intimamente ligada. Para sermos mais exatos eles eram variações da mesma pessoa. Mas estudando mais profundamente vamos tendo novamente mais dúvidas do que certezas.

Pesquisas históricas e etimológicas mostram não só que há divergências entre a origem dos bardos como sobre qual ‘bardo’ era o que estava ligado aos druidas. Além disso, o termo e a função social dos bardos mudaram com o passar do tempo.

A ligação de Bardos e Druidas vem do termo irlandês Fili que designava um tipo de druida. Eles eram ligados à disseminação da cultura druídica celta através de suas habilidades artísticas em poesia, música e dança. A tradição oral de toda a comunidade, e seus antepassados, deveria chegar à toda a população em todos os cantos. Por isso os Filis saiam em peregrinação transmitindo seus conhecimentos por meio da arte.


Com a disseminação da religião católica e a aculturação dessas comunidades celtas o papel místico, e mesmo a posição e status dos druidas, foi sumindo ou tomando outras formas nas sociedades. Com isso o papel social dos Fili (bardos) também mudou. O termo bardo passou a assumir o significado genérico de autor de épicos, cantor e narrador. Ao perder sua importância social (transmitindo o conhecimento e a cultura nativa) e sua posição de status (druidas/filis eram posições de comando dentro da sociedade) ele passou a ser um artista profissional.

A palavra ‘Bardo’ tem uma origem proto-indo-européia que significa “levantar a voz” ou “louvor”. Não sabe-se ao certo quando os termos fili e bardo acabaram se casando, mas temos certo que em algum momento histórico o trabalho realizado pelos fili ganharam o nome de bardo. Eles começaram a percorrer regiões e reinos inteiros cantando épicos que lhes agradassem ou sendo contratados por senhores e nobres para criarem músicas e cânticos sobre seus feitos.

Ao mesmo tempo que assumiu o termo ‘bardo’ sua atividade começou a ser vista de outra forma pela população e pelos governantes. Não mais como um itinerante sábio que percorria as regiões disseminando histórias passadas e ensinando sobre a cultura do povo celta. Agora ele era visto de forma ambígua. Um pouco como um conhecedor profundo da literatura e um homem de letras, um conhecedor da política e um crítico sagaz. Por outro lado era visto como um boêmio sem paradeiro fixo que vivia viajando e satirizando à todos por onde quer que passassem.


Mas os estudiosos da história da poesia medieval deram uma certa luz para essa dualidade. Eles explicam que o bardo era contratado como um poeta profissional para criar odes sobre os ‘feitos’ de um senhor de uma determinada região. Para este serviço ele seria pago como qualquer empregado. Mas se o pagamento não fosse feito ou se fosse insuficiente na visão do bardo, ou ainda se o bardo considerasse o senhor indigno de sua obra, ele então comporia uma sátira desqualificando o seu senhor. Aos poucos eles foram se diferenciando dos ‘poetas’ propriamente ditos, e acabaram como renegados (ou boêmios) na visão da comunidade.

A história dos bardos não parou aí, como muito podemos nos enganar. Eles se organizaram e formaram escolas, principalmente na Irlanda, que passavam os ensinamentos e conhecimentos em poesia e música para poucos e selecionados discípulos. Mesmo no século XVII, quando as últimas escolas foram extintas, a cultura barda se encerrou definitivamente.

Mas hoje ainda temos alguns exemplares de bardos pelo mundo. Na Indonésia e na África Central pessoas assumem o papel desses menestréis passando de forma oral a história dos antepassados dessas comunidades ensinando sob forma de cantos e fantoches.