domingo, 14 de dezembro de 2008

Material de Apoio - Arquearia VI

Material de Apoio - Arquearia
por Julioz

Besta III

Besta Grande

Utlizadas pelos besteiros em escaramuças por toda a Europa, era como já se foi dito, a única arma que se comparava ao arco longo em toda a Guerra dos Cem anos. Mas apesar de eficiente, era pouco usada, sendo encontrada apenas em muralhas (podendo estar fixa) e exécitos. Grandes demais e pesadas chegavam a ter de 5kg a 7kg. Necessitavam de dois homens em batalha: um para o manuseio da arma, e outro - chamado pavês -, que portava um escudo enorme e tinha a função de proteger enquanto o outro fazia o processo de recarga.
A recarga se dava atravéz do uso da manivela, que utilizava primariamente o cranequim. Esta peça, consistia em uma roda dentada presa a manivela, fazendo, quando girada, armar a besta. Seu maior problema, era que após o disparo o cranequim deveria ser retirado e inserido novamente, antes da próxima recarga, no fim o quadrelo era inserido na haste, e a besta estava pronta para o disparo. Todo o processo demorava de dois a cinco minutos.
A força exigida para carregar uma besta grande com as mão era muito alta. Com a manivela, o esforço era reduzido a metade, portanto, tornava-se quase obrigatória. Seus disparos alcançavam de duzentos a duzentos e cinquenta metros, superando o arco longo. Em potência, as duas armas se igualavam, sendo capazes de perfurar elmos, cotas de malha, e a grande maioria das armaduras.

Besta de Repetição

Criada pelos chineses, a besta de repetição concistia em uma besta que tinha embutida um compartimento de armazenamento flechas e uma alavanca que ao ser manuseada para frente e para traz, esticava a corda e engatilhava outra flecha; Deixando a arma pronta para o próximo tiro. Nas mãos de um soldado experiente, podia fazer dez disparos por minuto, para então ser recarregada novamente. Sua recarga demorava o dobro de uma besta média, e suportava de sete até dez quadrelos no pente. Contava ainda com duas variantes, mas estas eram pesadas e lentas, muito diferentes do modelo original.

A primeira variação, também vinha da China, mas vinha de um principio diferente. Ao invés de disparar setas repetidamente, fazia disparos simutaneos. Dez quadrelos disparados de uma só vez, lançados a mais de trezentos metros. Era um artificio com locomoção extremamente debilitado, sendo necessarios pelo menos cinco homens para transporta-la. Recarregava-se utilizando mais dois homens - um para fazer mira e recarga, e outro de costas para o chão, fazendo tração com as pernas.

A segunda, foi a tentativa Européia, mas que logo ficou absoleta pelo uso da pólvora. Tinha capacidade reduzida para sete quadrelos, disparando um por vêz. Pesava entre vinte e vinte cinco quilos, disparando em intervalos de dez a quarenta segundos. Infelizmente, tinha pouca tração, e não obtinha danos significativos nas armaduras da época. Sua recarga era vagarosa ao extremo, e a peça enguiçava com muita frequencia. Seu alcance pequeno, chegava a quarenta metros no maximo, sendo apenas utilizada quando o confronto ja era eminente.
Confira também:
Material de Apoio - Arquearia: Bestas II
Material de Apoio - Arquearia: Bestas I