sexta-feira, 31 de julho de 2009

Livros

Fujam destes livros

Anos atrás, quando encontrei esta obra num sebo, aqui em Porto Alegre, achei curiosa, mas não comprei. Passei algumas semanas indo na mesma loja e o livro permanecia lá. Eu olhava apenas a capa ia procurar outra coisa. Depois de um tempo resolvi folha-lo e para minha surpresa foi amor a primeira vista. Muitos podem ser céticos, mesmo sendo jogadores de RPG, mas como diz a célebre frase "há mais coisas entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia".

A obra "Os Livros Malditos" é controversa e foi lançado para isso mesmo. O autor, Jacques Bergier, não tinha o intuito de criar respostas, mas sim levantar suspeitas na cabeças de todos. Para este tipo de leitura você tem de ter uma mente aberta, mesmo que não acredite, para poder aproveitar pelo menos a curiosidade. Nesta obra são apresentados estudos sobre alguns os livros mais perigosos já escritos no mundo, e de existência mais discutível. A existência discutível também é controversa, pois autores clássicos de contos e romances de terror como H.P. Lovecraft, Sax Rohmer e Edgar Wallace, afirmavam terem se baseado em alguns desses livros ou em fragmentos deles.

Nele são apresentados obras como o Livro de Toth, que teria não menos que 15000 anos e poderia ser a fonte de conhecimento de poder inimaginável; Estâncias de Dzyan, pergaminhos tibetanos que teriam a descrição de toda a evolução da humanidade numa língua completamente desconhecida; Manuscrito de Voynich, considerado o livro mais misterioso do mundo retratando plantas, animais e estrelas em 200 páginas de uma língua desconhecida, assim como os seus desenhos; os Manuscritos de Mathers, Dupla hélice e Excalibur, o livro que levaria qualquer um à loucura apenas por o ter lido. A obra fala também de organizações que tem por função manter o mundo livre de livros como esses e deixar a população mundial ignorante à este respeito

Eu, como historiador que sou, me apaixonei pelo livro, sendo uma fonte quase inesgotável de pesquisa, curiosidade e enredo de jogos. Esta obra será bem dificil de ser conseguida pois acho que não é reeditada à um bom tempo. Mas em sebos devem encontrala ou em sites que disponibilizam livros digitalizados.

Os Livros Malditos
Jacques Bergier
Editora Hemus - 1980

Material de Apoio - Lâminas 9

Material de Apoio - Lâminas
- Espadas -


AS FORMAS DAS ESPADAS II

Espadas longas, espadas grandes e espadas bastardas: Em muitos casos, e principalmente nos jogos de RPG, tipos de espadas são confundidas de uma forma desconcertante. Talvez por coexistirem numa mesma época, talvez por serem de forma muito semelhante, mas a confusão é constante.

“Espadas longas” (ou também conhecida por “espada de guerra”) possuíam uma longa empunhadura e uma longa lâmina. Não podemos esquecer que este tipo de espada ser denominada como “longa”, não nos passa um conceito claro. Ela era denominada “longa” por uma comparação com espadas da época. Se recordarem o artigo anterior, as espadas medievais tinham por característica geral serem “longas, largas, simples, com fio nas duas beiradas da lâmina e com uma simples empunhadura em forma de cruz”. Pois bem, as espadas conhecidas por Espadas “longas”, eram assim denominadas por serem relativamente mais compridas que o geral das espadas medievais. Mesmo assim, um grande diferencial, ou característica, era que mesmo sendo relativamente mais comprida ainda era manuseada com apenas uma mão, se o guerreiro assim desejasse. Assim podemos dizer que elas eram longas em comparação às outras espadas que eram usadas com apenas uma mão.

O termo “Espada de Guerra” (muito mais usado na época) nasceu por volta de 1300, para designar a espada maior, fixada na cela da montaria, em oposição à espada mais curta que o guerreiro levava à cintura. O Manual Burgundian, do século XV, às designava como “Espada Longa” e “Espada curta”. A primeira é a mesma longa à que este artigo se refere, a segunda refere-se à uma espada medieval normal.

Já as “Espadas Grandes”, também “longas, largas, simples, com fio nas duas beiradas da lâmina e com uma simples empunhadura em forma de cruz”, diferiam das Longas por terem, necessariamente, de serem usadas com duas mãos.

Originalmente o termo “Espada Grande” (great-sword) apenas significava uma variedade de Espada de Guerra. Mas aos poucos isso foi mudando. Ela começou a assumir o papel de uma subclassificação das longas, que não eram verdadeiramente de duas mãos. Essas “Espadas Grandes”, mesmo sendo utilizadas obrigatoriamente com duas mãos, eram diferentes das “Espadas de duas-mãos”.


Outra diferença gritante entre as Longas e as Grandes está no seu uso. As “Espadas Longas” podiam ser utilizadas pelo guerreiro inclusive quando montando um cavalo. Já as “Espadas Grandes” eram uma espada tipicamente de infantaria. Sua poderosa lâmina era plana, mais tarde evoluindo para um formato hexagonal, e muito fortes, sendo capazes de enfrentar inclusive machados. Contra armaduras de placas elas eram muito efetivas, obrigando ao guerreiro apenas à uma mudança de tática, passando dos golpes de ponta para golpes com a parte plana da lâmina ou com a empunhadura.

Não esqueçam que estamos dando aqui apenas algumas informações, pois todas as espadas serão melhor apresentadas em posts futuros quando, uma à uma, serão explicadas.

No início do século XV (até cerca de 1418) a “Espada Longa” ganhou uma empunhadura própria para o uso com uma ou duas mãos, tornando-se conhecida como “Espada Bastarda” (“Espée Bastarde”). Neste sentido elas não estão próximas nem das espadas medievais de uma mão, nem das “Espadas Grandes” ou “Espadas de duas-mãos”. Sua lâmina mostra um afinamento progressivo, da empunhadura à ponta. Sua empunhadura era comprida possuindo uma espécie de “cintura” no meio antes de um novo estreitamento deixando-lhe versátil e inovadora no que diz respeito às técnicas de combate. Embora a classificação não seja clara, o termo “Espada Bastarda” não parece ser exclusivo para essas espadas que também eram conhecidas por “hand-and-a-hand”.