domingo, 9 de junho de 2013

Monstro do Pântano ganha videocast da Pipoca e Nanquim

Monstro do Pântano em videocast


Um dos maiores personagens de terror da DC ganhou um videocast especial da Pipoca e Nanquim. Nesta edição 163 a galera de debatedores formada por Bruno Zago, Daniel Lopes e Alexandre Callari dissecam o personagem e sua história na indústria dos quadrinhos. Como sempre... a Confraria recomenda!

Dicas do Mestre: Tendência e Interpretação - Caótico e Mal



“Introduza um pouco de anarquia,
perturbe a ordem estabelecida
e tudo se torna um caos.”
Coringa, “O Cavaleiro das Trevas”

Sendo um dos nove alinhamentos possíveis muitos o considera erroneamente o mais fácil de utilizarmos. Mas na verdade é um dos mais difíceis. Enquanto o alinhamento Caótico/Neutro pode ser considerado a representação do personagem de espírito livre, este alinhamento é o puro espírito maligno, livre também, mas maligno acima de tudo. A grande diferença entre eles que pode ser colocada na forma como chegar à esta liberdade. Os de caráter neutro não pretendem ferir os outros para atingir a sua liberdade. Mas os de caráter mau irão fazer o que quiserem e quando quiserem, pois se consideram ‘livres’ para isso.

Com essa falta de limite são acertadamente considerados os mais violentos e cruéis dentre todos os nove alinhamentos, principalmente por sua impulsividade violenta, que está ancorada em seu desrespeito total para com as coisas ao seu redor, sejam pessoas, objetos ou instituições. Esse desrespeito com relação aos ‘outros’ é resultado de um puro desprezo, assim como para com a ordem e as leis. Eles apreciam a manipulação dos outros, principalmente os virtuosos e puros, provando sua força, poder e liberdade de agir, com os outros, como preferir.

Mas mesmo parecendo que este alinhamento é uniforme, ele possui peculiaridades que distingue muitos de seus membros dentre si. Podemos dizer que eles se dividem em quatro tipos mais ou menos claros onde o diferencial está no peso que os campos ‘caótico’ e ‘mau’ têm no conjunto. O primeiro deles seria o personagem onde o caótico prevalece sobre o aspecto mau e isso cria um personagem que não necessariamente será um vilão. Ele poderá combater por liberdade, embora valorize sua capacidade de fazer o mal além de ser, normalmente, imprevisível, trocando de lado conforme lhe agradar. O segundo tipo é o oposto em relação aos seus eixos moral e ético. Aqui o que prevalece é o aspecto maligno em relação ao caótico. Aqui a maldade é exercida é realizada sem pensar nas conseqüências ou danos colaterais, mesmo companheiros que se atrevam a ficar entre ele e seu objetivo, serão seu alvo.


O terceiro tipo pode ser considerado um personagem feroz por natureza onde eles mesmos se vêem como predadores em uma verdadeira selva e onde seu algoz está espreitando à todo momento e em qualquer lugar. Com isso ele tendem a agir ferozmente sem perder tempo com ponderações ou cálculos onde a única coisa que importa é ser forte o suficiente para levar o que bem desejar no momento que quiser. Este seria mais um traço de conduta dentro do alinhamento, mais do que uma variação.

O quarto tipo seria um perfeito equilíbrio entre o lado caótico e o lado mau. Esse equilíbrio permite que eles sejam mais elaborados na construção de um plano para chegarem em seus objetivos. Muitos consideram esse com o mais perigoso dentre todas as facetas dos personagens caóticos/maus. Com esse equilíbrio seu desejo de liberdade e o desprezo pelos outros não se afetam deixando com que seus planos sejam construídos e executados como se fosse um verdadeiro jogo de xadrez.

Depois dessas quatro visões sobre os caóticos/maus podemos entender melhor da dificuldade de interpretá-los. Ser deste alinhamento não significa sermos apenas ‘muito’ maus, intempestivos ou loucos. Ser deste alinhamento requer um certo grau de sutileza. Além disso, os quatro caminhos sofrem de uma mesma peculiaridade que os deixam ainda mais perigosos. Um membro deste alinhamento é incrivelmente imprevisíveis.


Depois destas pinceladas, e já tendo visto as outras tendências más anteriormente, onde está a diferença específica entre elas? Não está nos seus desejos maus, se você estava imaginando isso, mas sim no método para realizar sua maldade e na própria natureza da noção de liberdade. Os leais/maus, que se auto-obrigam a viver dentro de um código de conduta rigoroso como já visto, terão como primeiro impulso para resolver um dilema moral confrontá-lo com este código. Como este código poderá ser (e normalmente é) um código de interesses duvidosos a resposta será normalmente má, mas não pela maldade em si, mas por seguirem o código. Os neutros/maus por sua vez são, como já visto, indiferentes frente a ordem e o caos. Isso faz com que tenham desejo único a realização daquilo que querem e vão usar todos os meios para isso. Mas os caóticos/maus ignoram (ou dão pouco valor) as leis não por puro desprezo à elas, mas por considerar que seus impulsos maus são seus melhores guias.