Análise profunda dos Novos 52
A enorme reformulação do universo DC ainda vai dar muito o que falar neses meses iniciais. A panini começou a distribuir os primeiros títulos nas bancas e logo logo estarão pipocando por todos os lados resenhas. Mas os primeiros a fazerem isso - e já faz algumas semanas - foi a galera da Pipoca e Nanquim. com o videocast 121 (já inidicado pela Confraria de Arton).
Hoje trazemos a segunda parte desta análise, mas agora em um podcast. Como na primeira parte temos uma análise aprofundada de todas as nuances deste novo caminho que a DC percorre, cheio de comentários interessantes e engraçados. Abaixo deixo o banner da podcast para você clicar e acessar o material e logo abaixo o videocast com a primeira parte para quem desejar recapitular. Um pouco mais abaixo deixo uma pequena resenha básico do que é o evento Novos 52, que retirei do site Plano Crítico, para que todos possam se interar.
Mas o que são os Novos 52?
A DC Comics iniciou, em 31 de agosto de
2011, sua maior aposta em muitos anos: a reformulação total de seu
universo. Uma espécie de recomeço para todas as suas séries mas sem
exatamente apagar completamente o que veio antes. Para fazer isso,
selecionou 52 títulos entre já existentes e completamente novos e deu a
eles um número um, incluindo a clássicos que nunca tiveram a cronologia
zerada como Action Comics e Detective Comics. O primeiro título lançado
foi Liga da Justiça e, então, nas 4 semanas seguintes, a editora lançou
as demais 51 revistas.
Como características principais desse
novo universo temos a reformulação da origem e de uniformes de alguns
heróis clássicos (Superman é o que realmente chama mais a atenção pois
ele perdeu a famosa “cueca por cima da calça”), a integração de
universos diferentes dentro da continuidade normal (Monstro do Pântano
do selo Vertigo, antes DC, definitivamente volta ao universo comum,
assim como outros personagens) e uma espécie de “compressão temporal”,
digamos assim, em que a premissa básica sobre os heróis no mundo é que
eles não existiam há mais de 5 anos. As revistas são divididas entre
aquelas que se passam no começo do estabelecimento dos heróis, época em
que, de acordo com a premissa, eles eram temidos e odiados e outras que
se passam hoje em dia, com os heróis já com sua reputação determinada.
Definitivamente, foi uma proposta
arriscada mas que não deixava de ser interessante. É claro que, por
detrás disso tudo, havia a sana de capitalizar em cima de propriedades
que já não estavam dando tanto dinheiro, já que o lançamento de “números
1″ sempre vende mais que o normal. É por isso que as revistas da DC e
da Marvel sofreram tantas renumerações ao longo das décadas. Com o novo
universo DC, 52 novos títulos “número 1” seriam despejados no mercado
quase que simultaneamente, algo de difícil digestão pelo público leitor,
especialmente considerando que se tratava de uma reformulação do
Universo DC.
Mas a proposta acabou gerando muita
publicidade e o primeiro número de Liga da Justiça, por exemplo, teve
vendas de mais de 200 mil exemplares, algo incrivelmente alto para os
Estados Unidos, mas que, se comparado com a nossa Turma da Mônica, que
vende 400 mil por mês só da versão “jovem” da série, é bem baixo. Mas
temos que considerar que, nos EUA, a forma de distribuição de quadrinhos
é bem diferente. Com a estratégia de recomeço, a DC resolveu, também,
pela primeira vez, lançar todos os seus títulos simultaneamente em
formato digital, para o horror das comic shops nos EUA.
No entanto, existe uma desconfiança
geral sobre a estratégia. Esse novo universo vem logo depois de uma
estória envolvendo realidades paralelas com Flash, chamada Flashpoint e
isso pode significar que a DC esteja, na verdade, fazendo uma espécie
de test drive. Se tudo der certo, eles continuam com o universo
novo. Se der errado, assim como o “sonho” de uma temporada inteira de
Bob Ewing em Dallas ou como aquela tentativa fracassada de novo universo
na Marvel chamada Heroes Reborn, eles voltam atrás apenas se aproveitando de elementos que “deram certo” no novo universo