Resenha de Shadowrun:
Anarchy
Recebi gentilmente da New Order
uma cópia do Shadowrun: Anarchy para avaliação e resenha e aproveitamos o
início do seu financiamento coletivo para lançá-la. O exemplar que recebi ainda está em
fase de revisão por isso me aterei ao conteúdo mecânico.
Antes de mais nada quero dizer
que Shadowrun: Anarchy não é um RPG convencional como suas edições anteriores, com
um Mestres executando a campanha e os jogadores assumindo personagens nesse
ambiente e sendo conduzidos. O Anarchy é sobre contar histórias narrativas
de forma colaborativas onde o mestre aqui é menos um diretor ou condutor e mais
um apresentador. Essa é uma das mudanças mais marcantes dele.
Ninguém discute que Shadowrun possui
um cenário além do interessante e tem sua marca fortemente gravada no
imaginário dos rpgistas. Mas também ninguém discute que suas regras como um todo
eram extremamente complexas e pouco amigáveis, principalmente para quem desejava
entrar em seu mundo. A procura de uma alternativa por parte da Catalysm Game
Labs que aliviasse essa visão densa e dura e continuasse trazendo jogadores
gerou o Anarchy.
O Anarchy é uma re-imaginação
narrativa das versões anteriores, tentando manter toda sua alma e cenário
espetaculares. Mais interpretação com seus personagens ainda dentro de uma
espinha dorsal clássica aliada à narrativa e menos regramento tático e
picotado. A mecânica base do Shadowrun: Anarchy é muito semelhante
ao seu antecessor. Ela se baseia em formar uma pilha de dados d6s (acrescentando todos os dados possíveis para a
situação/combate), jogá-lo tentando alcançar o maior número de sucessos (5 e 6)
possíveis contra os sucessos rolados pelo mestre pelo grau da dificuldade ou
pelo Personagem do Mestre.