Vampiros são difíceis de matar - dos anos 70 à Crepúsculo!
Não é de hoje que a temática centralizada em vampiros inunda o imaginário da população em geral. Nas últimas décadas tivemos exemplos de sobra comprovando isso.
Pode-se dizer que a adoração moderna aos vampiros inicia com a grande escritora Anne Rice (foto ao lado) lá no meio da década de setenta. Nesta data ele iniciou o que seria conhecido como o maior acervo de aventuras e personagens centralizados nas criaturas da noite sugadoras de sangue. Mesmo chegando ao Brasil somente nos anos oitenta, Rice começou a doutrinar uma enormidade de fãs bem antes disso. Sua primeira obra, "Entrevista com o Vampiros" (1976) nos brindou com Lestat, que virou sinônimo até hoje do que é ser um vampiro. Depois vieram quase uma dezena de obras encadeadas num único enredo nos proporcionando muitas horas agradáveis. São nada mais nada menos do que trinta anos de obras baseadas nestas figuras conhidos como Crônicas Vampirescas.
A década de oitenta mostrou a chegada dos Vampiros às telonas. Mesmo num cinema ainda pobre (claro que baseado nas produções atuais) em efeitos especiais a produção "Garotos Perdidos" (Lost Boys, 1987) fez um sucesso considerável. Até hoje muitos lembram da versão da música tema "People are strange" (obra original dos The Doors) tocada pelo Echo and Bunnyman.
Mas a década de auge foi, com certeza, os anos noventa. Já de início, em 1991, um sujeito desconhecido chamado Mark Rein Hagen lançou "Vampiro, a Máscara" (editora Devir) e de uma hora para a outro criou um dos mais aclamados estilos de rpg - o Mundo das Trevas.
De desconhecido à celebridade Hagen inaugurou (ou somente troxe à tona novamente) quase que um estilo de vida. Dezenas de livros de referência nasceram baseados nele além de muitos obras literárias (lançadas pela Devir).
No cinema "Drácula", de Bran Stoker, inaugurou aquela década (1992) com uma obra oscarizada e que levou multidões às salas de projeção. Mas a adaptação de "Entrevista com o Vampiro" (1994) tomou de vez os fãs. Com atores que estavam em grande momento frente ao público jovem - como Tom Cruise, Brad Pitt e Antônio Banderas - nada mais foi feito, pelo menos de qualidade, por muito tempo. Toda a dor e depressão de ser um imortal cai em nossa frente quebrando aquela a máscara ilusória de seres ou malévolos ou sanguinários. Aprendemos que eles eram humanos transformados em vampiros, mas ainda humanos.
E o tempo passou. Quase dez anos passaram. Levou todo este tempo para que algo de novo surgisse. E surgiu.
Em 2005 uma autora relativamente nova publicou "Crepúsculo" (Twilight). De obra despretenciosa à bestceller do momento, Stephenie Meyer entrou para o seleto grupo dos autores adorados e idolatrados inaugurando a mais nova saga de criaturas da noite - informalmente chamada de série Twilight. Já foram lançados "Lua Nova" (New Moon, 2006), "Eclipse" e "Amanhecer". No Brasil o terceiro volume da série chega em 15 de janeiro de 2009. Na Feiro do Livro de Porto Alegre deste ano os dois primeiros volumes da série foram campeões de venda, comprovando o interesse do público em geral sobre o tema. No mundo já foram mais de 25 milhões de exemplares vendidos, e no Brasil mais de 220 mil (entre as duas obras).
Para brindar este novíssimo sucesso de Stephenie Meyer está chegando às telonas do Brasil a adaptação de "Crepúsculo". O filme, que estréia por aqui no dia 19 de dezembro, já traz números impressionantes. A produção que gastou 37 milhões arrecadou apenas nos primeiros dias de apresentação 35 milhões nos Estados Unidos, tornando-se a estréia mais bem sucedida do ano batendo fortes concorrentes tais como Indiana Jones e Batman. Mesmo sendo o estúdio independente - Summit Entertainment - o resultado final foi considerado por críticos como plenamente satisfatório. Outra a grande preocupação era com o fiel público dos livros. A diretora teve a preocupação de manter a produção o mais fiel possível ás obras literárias.
A história do Crepúsculo mostra o relacionamento de Isabella Swan, uma humana de dezessete anos que muda-se para uma cidade interiorana, e conhece o jovem Edward Cullen, um vampiro com uma centena de anos mas com aparência de um jovem de, também, dezessete anos. Por estre a relação dos dois muito luta, intriga e romance.
A diretora é Catherine Hardwicke ("Aos 13') que fez, segundo os críticos, um bom trabalho. No elenco Kristen Stewart (Isabelle, trabalhou em "Jumper"), Robert Pattinson (Edward - ele interpretou o personagem Cedrico em "Harry Potter e o Cálice de Fogo"), Cam Gigandet (James), Taylos Lautner (Jacob Black) e Peter Facinelli (Carlisle Cullen).