quarta-feira, 21 de maio de 2008

Caçadores de Abutre

Caçadores de Abutre
Capítulo 2
Parte 1 - Estrutura da organização

A estruturação dos Caçadores de Abutre não é tão simples. Muito embora ela tenha um fim comum – a destituição de Ferren e de sua política doentia – ela atua em diversas frentes para alcançar tal objetivo. Isso é resultado, entre outras coisas, da forma espontânea como surgiram suas iniciativas de afrontamento à Ferren. Ao mesmo tempo suas atividades são complementares umas às outras, assumindo um aspecto descentralizado – na aparência - mas muito bem organismo e elaborado.

Sempre que há a tentativa de derrubada de um tirano – pode ser Ferren ou qualquer outro - utilizam-se todos os métodos possíveis. Com os Caçadores não foi diferente. Na origem desta organização não foi diferente. Cada frente de ação procurava – conforme suas habilidades – atingir o velho abutre num ponto estratégico de sua estrutura de poder.

Existem quatro grupos atuando nos Caçadores. Cada grupo possui sua liderança independente e responsável por tudo aquilo que estiver relacionado a sua atividade. Essas quatro lideranças são as cabeças pensantes de toda uma teia de membros que atuam contra Ferren. Cada liderança coordenam as ações de vários pequenos grupos com funções pontuais, conforme a missão.

Os Caçadores atuam em duas áreas distintas. Uma urbana e outra fora das cidades. Cada qual com fins específicos.

Os grupos urbanos atuam nas grandes cidades e principais comunidades de Portsmouth, dividindo-se em dois: uma para cooptação de informações estratégicas; outro desmontando a imagem de Ferren e tentando trazer às mentes da população a verdade.

Já os grupos não-urbanos são o verdadeiro braço armado dos Caçadores e estão acostumados a trabalhar em ações conjuntas – mas não sempre. Um deles atua na libertação de prisioneiros. O outro trabalha no enfrentamento das forças mercenárias e miliciantes do reino sob forma quase de guerrilha.

Eles trabalham orientados com as descobertas alcançadas pelo grupo de informações de Thânara. Através dela todos os outros grupos conseguem suas informações e diretrizes, localizando seus alvos e descobrindo possíveis estratégias para seguir.

Estas quatro lideranças decidem o futuro da organização em reuniões sem uma periodicidade específica. Até por atuarem na clandestinidade existem certas dificuldades para encontros formais. Mas esses encontros acontecem. A preferência está em locais isolados como em acampamentos no interior das florestas próximas às fronteiras. A principal alternativa, nestes casos é o acampamento de Kron (um dos líderes) próximo às fronteiras de Hongari – que é menos vigiada que as outras. Ocasionalmente também reunem-se em pequenas tavernas pelas estradas menos movimentadas.

Mas também, em casos especiais, podem se encontrar na própria capital - Milothiann - pois o grande fluxo de pessoas, dos mais variados tipos, serve como camuflagem perfeita para encontros bem debaixo dos narizes de Asloth. E o templo de Thyatis ou a “Casa da Mamãe” (como é chamada a casa de Thânara) são os pontos de encontro escolhidos por lá.

Nestas reuniões estabelecem as diretrizes a serem seguidas nos combates futuros bem como realizar balanços das últimas atuações ou testar novos integrantes para seus grupos.

Para o sucesso dos Caçadores nesta luta outro ponto crucial é o anonimato. E para isso a aquisição dos membros deve ser muito cuidadosa. Como dito anteriormente existem quatro grupos básicos – cada qual estruturado para uma forma de atuação. E eles são amparados por uma rede restrita de membros subalternos – uma necessidade evidente para poderem atuar em um território tão amplo, mas de forma anônima.

A necessidade de aquisição de membros, aliado ao fato de não possuírem uma chefia centralizada, leva-os, assim, a selecionarem seus membros de forma individual - conforme as necessidades do grupo - e de utilizarem critérios dos mais variados possíveis. Cada grupo tem autonomia para aliciar novos membros da forma que achar melhor. O único ponto comum é a necessidade de estarem certificados de que os novos membros em nada colocarão em perigo a organização. Isso é acertado formalmente nos encontros dos líderes onde testes são realizados das mais variadas naturezas. Cada aspirante aos Caçadores enfrenta às provas escolhidas pelo líder do grupo ao qual pretende ingressar. A avaliação é feita por todos os líderes em conjunto. Só é aceito aquele que tiver unanimidade das opiniões. Com todo este processo apenas os líderes têm uma idéia aproximada de todos os membros dos Caçadores.
Mas é muito importante que ninguém imagine esta organização como que uma associação de um grande número de membros. Ela é grande para as proporções de uma época como a que vive Arton no momento. Não existe mais do que vinte ou trinta membros em cada grupo – além dos líderes e seus colegas – atuando espalhados por toda a Portsmouth, agindo em pequenos grupos, duplas ou até mesmo isolados.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Mutantes e Malfeitores

Corra e pegue o seu!!!


Finalmente chegou a nova mania em rpg. A Jambô anunciou nesta segunda o lançamento da versão nacional para o rpg Mutante & Malfeitores.

Depois de alguns meses, desde o anuncio da produção, os fãs estavam enlouquecidos com a espera. Com esse título o amante de rpg tem regras para criar personagens com super poderes no melhor estilo Marvel e DC. Ele possibilita uma infinidade de combinações levando a criatividade aos limites máximos.

Temos de parabenizar a Jambô por acreditar no mercado nacional de rpg nos propiciando títulos novos e fugindo do usual. A política da Jambô de investir em editoras e produções que fogem do eixo da Wyzard of the Coast enriquecem em muito as possibilidades futuras nos deixando na espectativa do que virá à seguir...

Vamos aguardar por ainda nem chegamos no meio do ano!!! Então não espera mais... passe na Jambô ou solicite o seu exemplar pela internet na página deles!!!!

Diário de um Escudeiro - 10

Décimo sétimo dia de Cyd de 1392.

Estou confuso. Queria que meu avô estivesse por aqui para me dar alguma luz. Algo muito errado aconteceu hoje, à não ser que eu tenha “muito” o que aprender.

Fui acordado muito cedo com uma gritaria danada. A estrebaria fica bem ao lado da taverna. Com os primeiros raios de sol acordei escutando os berros do taverneiro chamando – “Lis!!”. Ele repetia como se estivesse procurando por alguém. Desconfiei que fosse a filha dele.

Os gritos continuaram por algum tempo. Neste meio tempo eu fui levantando de minha cama improvisada e arrumando minhas coisas. De repente os gritos cessaram e logo foram seguidos por um choro de mulher com lamentos que eu não conseguia distinguir.

Corri para a taverna pensando se poderíamos ser úteis em qualquer problema que houvesse já que meu senhor é um cavaleiro. Logo que entrei me deparei com meu senhor frente-a-frente com o taverneiro em uma acalorada discussão.

“- Como o senhor teve coragem? Como?” – lamentava a esposa do taverneiro com os olhos encharcados de grossas lágrimas.

“- O que o senhor tem na cabeça?” – gritava o taverneiro que mesmo com um semblante de raiva não conseguia esconder as lágrimas.

Na escada, sentada em seu topo, estava a menina que na outra noite me levara o jantar. Ela estava ainda com roupa de dormir e com o cabelo desgrenhado. Seu olhar perdera o brilho de ontem. Sua bochecha estava vermelha, não de um rubor juvenil, mas decorrente de uma possível agressão. Ela deveria estar ferida de algum modo, pois haviam pequenas manchas de sangue em suas vestes, próximo à cintura. Mas seu olhar foi o que mais me surpreendeu. Parecia um olhar sem vida.

Pensei em correr pela escada para ver se poderia ajuda-la, mas os dois homens discutiam bem no início da escada me obstruindo a passagem.

“- Ora, ora... não fique tão bravo assim meu caro. Pense que lhes concedi um favor honrando sua família com meu ‘mais puro interesse’” – disse meu senhor terminando de arrumar as vestes – “Além do mais isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.... melhor comigo do que com qualquer criador de cavalos das redondezas, não acha?”

Não conseguia entender o que estava acontecendo. O quadro formado na minha frente não me fazia sentido. Tentava entender se meu senhor é que tinha feito aquilo.

“- E quanto à honra dela, como fica?” – gritava a senhora esposa do taverneiro.

“- Querem honra maior do que ter sido a pessoa que desabrochou tal flor. Ela agora pode gritar isso aos quatro ventos pois só lhe trará mais status” – meu senhor disse apontando o dedo no nariz do taverneiro – “aliás, o único que tem honra por aqui sou eu. Vocês têm idéia de com quem falam?” Depois de dizer isso Sir Constant se virou para mim pedindo para arrumar os cavalos pois estávamos com pressa.

No momento em que respondi vi o taverneiro puxar das costas uma adaga gritando “- Vais ver o que é honra...”

Mas quase como um raio, e não sei como ele percebeu, a espada de Sir Constant riscou o ar da taverna atingindo o pai de forma certeira. A mão jazia no chão ainda segurando a adaga. Aos poucos o taverneiro foi caindo de joelhos devido à dor. Sua esposa soltou um grito rouco e correu em seu auxílio tentando atingir meu senhor. Mas apenas com um tabefe ele a jogou para longe.

Eu estava paralisado. Era como se o tempo estivesse parado. A menina no topo da escada permanecia inerte como se nada houvesse acontecido.

“- De graças à Khalmyr por só ter perdido uma mão” – sussurrou o cavaleiro antes de virar-se para mim – “Vamos!”

Arrumei os cavalos o mais rápido que pude e os levei para fora da estrebaria. Lá de dentro eu ainda escutava os gritos de dor do pai e os soluços da sua esposa. Sir Constant estava sentado num toco de árvore limpando o sangue de sua espada numa peça de roupa arrancada do varal. Seu semblante era calmo como se nada tivesse acontecido.

Mesmo com todos os acontecidos da manhã ele passou o dia muito alegre e bem disposto. Nem parecia a mesma pessoa. Não parava de falar. Até a noite, agora pouco, ele continuava a conversar comigo sobre tudo um pouco.

Confesso que não escutei quase nada. Apenas as imagens desta manhã ocupam minha mente. E mais e mais perguntas e dúvidas vão se acumulando.

Romance

Por mares nunca antes navegados
PARTE 1 - Um longo prelúdio -
João "o escriba" Brasil





IV. Um encontro

O alerta veio do alto da gávea como um trovão inesperado que precede a tempestade. Todos pararam como numa brincadeira infantil de estátua. Os olhares foram concentrando-se em Listian, que apontava para estibordo, e iam desviando para o horizonte oriental acompanhando a indicação do vigia.

O capitão Joshua Slocun correu para a amurada e num salto colocou-se sobre ela agarrando uma das tantas cordas que prendia as velas frontais. De luneta em mãos passou a vasculhar o horizonte à procura de algo. Tugar, que estava próximo à ponte, subiu as escadas e estreitou os olhos para tentar encontrar algo.

- Onde está? – gritou o capitão para Listian.

- Um pouco mais para nordeste, senhor!

Lá estava ele. Um ponto no horizonte, mas claramente uma embarcação. Ainda era cedo para saber o que era, ou se era amigo ou inimigo. Mas era mais do que o suficiente para fazer o sangue pirata ferver, o sabor do butim chegar à garganta e o frenezi do combate alcançar seus pensamentos. Slocun foi acompanhando o movimento da distante embarcação, no horizonte, rumo norte – para longe do Gaivota. Mas de repente começou a mudar seu curso para oeste. Haviam visto o Gaivota e Slocun não podia dizer que não estava desejando isso.

- Ele mudou de rumo. Vem ao nosso encontro. Senhor Tugar, dê o alerta. Vamos desenferrujar as juntas!

Os gritos da tripulação poderiam chegar aos deuses. Eram gritos de jubilo pela contenda que estava por vir. Só havia três coisas capazes de apaziguar o espírito de uma tripulação à tanto tempo no mar – mulheres, rum e um bom combate, e não necessariamente nesta ordem.

O Gaivota fervilhava. Homens surgiam de todos os lados. Subindo e descendo pelas cordas no preparo do velame. Tugar corria de um lado para outro como um louco jorrando ordens para cada membro da tripulação. Seu contramestre já havia tomado seu posto junto aos canhões, nos dois andares abaixo do convés, e colocava tudo na mais perfeita ordem.

Toda a sorte de espadas, adagas e alguns daqueles estranhos mecanismos de pólvora – os mosquetes - passavam de mão em mão encontrando seu destino em combatentes ansiosos por ação. Muitos arrancavam as camisas ou amarravam os longos cabelos para facilitar o combate. Todos estavam se aprontando para a contenda.

Slocun corria tanto quanto seus subordinados ajudando-os nos preparativos. Listian à todo o instante gritava, da gávea, novas informações sobre o posicionamento e direção do adversário. Kankar, do timão, gritava para seus ajudantes prepararem uma barreira para protege-lo de ataques à distância.

- Senhor! – gritou Listian depois de alguns minutos – vejo a bandeira, é negra como a noite.

- Outros piratas, camaradas – soltou um jubiloso grito aos marujos. Embora não fosse comum gostavam de uma queda-de-braço contra irmão de profissão pelo simples prazer de cantar vantagem nas tavernas de onde aportavam. – Algum símbolo criança?

- Sim, senhor. Uma cabeça de lobo.

A informação deixou Slocun muito curioso. Primeiro uma bandeira com uma marca de pata de animal, algo que nunca houvera escutado até aquele dia. Agora uma nova bandeira com um símbolo animalesco. Mas o que dizer se eles mesmos tinham um animal como nome do navio e talhada em sua proa – uma vistosa gaivota. Slocun não conseguia mais conter sua ansiedade pela hora do combate.

Tugar, que agora já estava um pouco mais clamo, postara-se na proa para ver melhor seu adversário. Qualquer informação seria importante.

- Reunião! – gritou Slocun no centro do convés. Prontamente dirigiram-se para ele o mestre, seu contramestre, o timoneiro, o clérico e o responsável pelos reparos. Antes de qualquer combate todos os responsáveis reuniam-se no convés para preparar a estratégia do combate e receber as últimas ordens.

- Senhor, é uma embarcação que lembra um Clipper. Rápido e fácil de manobrar. Comporta uns trezentos homens em seu total – colocou Tugar – mas de casco mais frágil que o nosso e somente uma linha de canhões de cada lado.

- Ótimo. Sua vantagem é a velocidade – pensou em voz alta Slocun – senhor Rudolph, conseguiria uma saraivada de tiros na primeira passagem, em ordem, na zona da proa?

- É claro que sim.

- Linha de cima na ponte na primeira passada, linha de baixo no leme e no casco, próximo à linha d’água, na segunda passada.

- Sem problema – respondeu o contramestre que de pronto saiu correndo para sua posição sob o convés.

- Kankar, repita o movimento que fizemos para afundar aquela corveta de Deheon no último inverno. Hahahah.... pelo que sei até hoje estão tentando explicar para o imperador bigodudo o que aconteceu!

- Sim, senhor – respondeu Kankar também correndo para seu posto.

- Quero os homens preparados para abordar o navio após a segunda passagem, logo após a segunda saraivada dos canhões, se ele ainda estiver boiando, é claro.

- Todos os outros sabem o que fazer. Em seus postos! Vamos rachar umas cabeças!

Faltava pouco.

o O o

O vento estava à seu favor e Slocun tinha consciência da vantagem que isto lhe conferia. Estavam à mais de vinte e um nós, quase um quarto à mais do que seu adversário. Estava tudo perfeito. O gaivota quase voava sobre as ondas, tamanha sua velocidade. As ondas quebradas, em sua passagem, levantavam grossas nuvens de água que avançavam por sobre o convés deixando todos encharcados.

O Gaivota Prateada era um galeão espetacular. Sua madeira era de um tom escurecido que dava a impressão de ver-se uma sombra pairando sobre a água. Muitos brincavam dizendo que de prateado havia somente o nome, estaria mais para um corvo agourento. Seus três grandes mastros apontavam para os céus sustentando uma infinidade de velas – quadradas e triangulares em tons que iam do branco ao creme claro – e um emaranhado sem fim de cordas criavam um aspecto confuso. Possuía uma série de 30 canhões dispostos em linhas duplas, oito acima e sete abaixo – em cada lado. Era uma máquina de guerra tão perfeita quanto mortífera.

Em todos os locais por onde passava sempre atraia olhares que iam da inveja ao encantamento, do medo ao deslumbre. Em portos comerciais da parte oriental de Arton tais como os de Wynnla, Hongari, Porstmouth ou Bielefeld – entre tantos outros – o nome Gaivota Prateada trazia arrepios e lembranças de inúmeras cargas pilhadas. Também o nome Joshua Slocun não passava desapercebido. O capitão do Gaivota era sinônimo de destreza no uso das velas, percepção apurada no entendimento dos elementos do mar e sobre tudo honra. Embora fosse um pirata seguia um código de honra e exigia que todos os seus subordinados o seguissem. Dele não tinham medo, mas uma sutil admiração.


o O o

Quanto à embarcação adversária Slocun sabia pouco. Como a tudo nesta região desolada e afastada do Reinado. Reconhecia o navio – um Clipper. Já enfrentará muitos e vencerá todos. Mas este era um ambiente que, embora não concordasse, lhe dava poucas informações. Além disso, não reconhecia o adversário. Muito menos conseguia vê-los no convés do navio. A bandeira negra que hasteavam no mastro principal – com aquele símbolo curioso - não lhe dizia nada. Tudo estava estranho. Como tudo naqueles últimos dias. Desejava apenas a luta. Algo que conseguisse reconhecer. Algo que o tranqüilizasse.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Diário de um Escudeiro - 9

Décimo sexto dia de Cyd de 1392

Estamos na metade do caminho entre Palthar e a fronteira com Yuden. Quanto mais longe estamos do centro de Namalkah menos vilas encontramos, mas com mais patrulhas nos deparamos. Acho incrível como o status de um cavaleiro de Khalmyr é respeitado pela maioria por aqui. As patrulhas sempre nos saúdam e oferecem-se para nos acompanhar, algo que é desnecessário segundo meu senhor. Isso demonstra o enorme respeito que a posição lhes agrega.

Não tenho conversado muito com Sir Constant. Ele me parece meio frio comigo, mas deve ser por não nos conhecermos muito. Pelo que parece ele se sente mais à vontade quando encontra os líderes das vilas ou os oficiais das guardas, com quem nutre alegres conversas.

Como não tenho tido muito com quem conversar fico horas vagando em meus pensamentos. Ainda estou tentando entender o nosso encontro com aquele grupo de aventureiros dias atrás. Nunca soube que houvesse cavaleiros seguidores de Khalmyr tão diferentes. Sempre achei que todos seguissem um mesmo modo de ser – aquilo que chamam de código. Me vem à lembrança, também, o meu encontro com o cavaleiro no Templo em Palthar. As palavras dele ainda me soam nas lembranças, mas não entendi muito bem o que ele tentava me dizer. Seu olhar era semelhante com o do cavaleiro de dias atrás.

Meu avô sempre me contava sobre os feitos e as honrarias prestadas por esses cavaleiros – os das duas ordens de Khalmyr.

Acho que tenho muito a aprender ainda. Tenho muito mais dúvidas do que respostas.

Hoje não estamos ao relento. Vamos dormir em uma taverna, a “Único Caminho”. O nome é bem sugestivo, pois não há nada além dela por muitas léguas. Eu estou na estrebaria já que segundo Sir Constant “- Não podemos confiar nossas montarias e equipamentos à um lugar de baixo calão como este”. Não sei o que há de ruim ou perigoso por aqui. Mas deve ser uma das muitas atribuições que um escudeiro tem. Como passei minha vida toda envolvido com cavalos e com a simplicidade não tenho nenhum problema em dormir sobre o feno. Ele até me lembra um pouco minha casa, matando um pouquinho a saudade que começa a vingar.

A comida é ótima. Uma mocinha – deve ser a filha do taverneiro – me trouxe uma bandeja cheia, entre carnes e batatas. Vou dormir no feno mas comendo como um rei....

domingo, 18 de maio de 2008

Caçadores de Abutre

Caçadores de Abutre
Capítulo 1
Parte 2 - ... e um pouco mais de história

Por mais que Ferren Asloth seja amado e respeitado por seu povo, nunca existe unanimidade. Sempre existem aqueles que se perguntam se não haverá uma alternativa. Aqueles que simplesmente não entendem o porque de se usar a espada quando não há necessidade disto. Aqueles que não acreditam que os deuses estão cegos ao que acontece ao seu redor, ou que os deuses abandonaram aqueles infelizes que são perseguidos. Mas também são poucos .... bem poucos.

E dentre estes há aqueles que não permanecem de braços cruzados. Aqueles que não se escondem detrás de mentiras convenientes. Aqueles que acreditam que podem fazer a diferença. Aquelas pessoas para os quais não basta apenas saber que algo está errado. Aqueles que desejam fazer algo para mudar a realidade. Aqueles que acreditam que os deuses escreveram desígnios significativos para suas vidas.

Essa é a realidade de Portsmouth. Muito embora a grande maioria da população venere seu carismático e tirânico regente de uma forma doentia, algumas poucas almas ainda não foram doutrinadas ou não aceitam o que acontece ao seu redor. E dentre estas poucas almas relutantes em aceitar a unanimidade imposta existem alguns que resolveram contrapor a realidade de uma forma mais organizada. Sob o manto das sombras eles se auto-denominam Caçadores de Abutres (uma irônica menção ao “carinhoso” apelido dado à Ferren). Podem estar longe de serem pessoas simples, mas são pessoas que decidiram fazer algo.

O grupo nasceu de forma espontânea em vários locais diferentes de Portsmouth. Da capital veio o grupo de Thânara e de Elloin; da fronteira com Hongari veio o grupo de Agatha; das proximidades da fronteira com a União Púrpura veio o grupo de Kron; e do sul veio o grupo de Leonard.

Os primeiros a se conhecerem foram Thânara e Agatha que se esbarram quando ambas tiveram a idéia de invadir a casa de um dos locais-tenente da guarda de Milothiann (capital de Porthsmouth). A intenção de Thânara era de conseguir algumas informações sobre os boatos que andava ouvindo e sobre os estranhos desaparecimentos que ocorriam na região. A intenção de Agatha era obrigar o local-tenente a revelar onde estava preso um mago amigo seu.

O encontro gerou frutos. A relação de ambas – mas com visões diferentes de como deviam agir – as levou a trabalharem separadas, mas uma tentando ajudar a outra no que pudessem. Quase que na mesma época elas souberam de ações violentas contra tropas de Asloth nas proximidades da fronteira com as Uivantes. As notícias oficiais diziam que não passava de uma tribo bárbara que volta e meia se aventurava dentro dos territórios do Conde procurando suprimentos e ouro. Mas as informações, descobertas por elas, davam conta de que as perdas eram muito maiores do que simples procura por suprimentos e realizadas por um pequeno grupo.

Agatha conseguiu localizar o grupo de Kron, graças as informações obtidas por Thânara, e depois de algum tempo já trabalhavam juntos. Estava formando-se o núcleo dos Caçadores. Logo depois veio Leonard que também já ouvira boatos sobre alguma reação nascente nas sombras e igualmente procurava ajuda.
Eles se organizaram, recrutaram, cresceram e lutaram. Nestes últimos quatro anos muitos prisioneiros já foram libertos e muitas foram as perdas de Ferren, bem como muitas foram as perdas de valorosas vidas de membros dos Caçadores.

As ações não passaram desapercebidas pelo resto do Reinado embora houvessem tentativas de abafar os comentários - Ferren nunca admitiria a possibilidade de ter uma resistência dentro do seu próprio território. Tanto a Academia Arcana quanto os Cavaleiros da Luz estão bem à par dos acontecimentos, mas comentam, à boca pequena, o assunto – uma questão de segurança e diplomacia – mas ninguém duvida que de alguma forma estas duas importantes e respeitadas instituições disponibilizam ajuda e recursos aos rebeldes.Nestes últimos tempos todos concordam que ventos diferentes sopram no reino da magia proibida. Ventos que transparecem a mudança.

sábado, 17 de maio de 2008

Revista Tormenta 05

Gorendill – Farbos, o anão - p. 02

A história de mais dos ilustres moradores de Gorendil – Farbos. Este anão está procurando companheiros para com ele procurar seu pai – Ferios – que está realizando uma cruzada pessoal contra os goblinóides da NA em Arton-sul. É um bom início de enredo para uma aventura.

Nagahs - p. 04

Todas as peculiaridades sobre estas exóticas criaturas meio humano, meio serpente. Recheado de informações e fichas (menos para d20) é muito interessante para quem gostaria de uma pitada à mais de emoção nos seus jogos.

O Reinado – parte 2 - p. 10

A segunda parte do artigo iniciado na RT 04 sobre os reinos que fazem parte do Reinado. Neste final temos Yuden, Tollon, Trebuck, Salistick,Wynlla, União Púrpura, Collen, Tapista, Hongari, Ahlen, Bielefeld, Sambúrdia e Callista.

Amargura e ressentimento - p. 24

Um conto de Antônio Augusto Shaftiel centrado em Berforam (o alma negra) e seu ódio pelos elfos que ainda permancem fiéis à Glórien.

Livros

Romance de Clã: Assamita

Um dos mais bem sucedidos universos de rpg da decada de noventa foi, sem dúvida, Vampiro, a Máscara. Treze grupos de vampiros (também conhecidos como clãs) unidos por suas semelhanças - físicas, sociais ou de habilidades formavam a Máscara. Ela era uma penunbra que mantinha o anonimato sobre sua existência para o resto da população. Haviam seus antagonistas - o Sabá - grupo de clãs organizados que consideravam que sua superioridade deveria ser sentida e alardeada para todo mundo. Ainda haviam alguns clãs independentes.

Era um cenário construido com todo o cuidado e pormenores imagináveis. Foram dezenas de livros e suplementos montando toda uma história - desde os primórdios até os tempos atuais - ilustrando a não-vida de uma gama enorme de persalidades. Era uma história muito bem elaborada até os mínimos detalhes.

Todo este cenário e detalhes propiciaram a criação de um romance. Não bem um romance, mas um mega romance. Foram treze livros. Cada um com a visão de um dos clãs sobre uma parte ou sobre o todo da trama. São livros que vão em vem nos acontecimentos, onde a cada novo livro lido novas peças do quebra-cabeça são descobertas e encaixadas, certezas são revistas e dúvidas respondidas.

Com toda a certeza não são romances nos padrões corriqueiros aos quais estamos acostumandos. São quase como diários que vamos lendo de pessoas diferentes.

Eu, particularmente, adorei e continuo adorando.

Depois deste informativo inicial a notícia. A Devir está lançando o sétimo romance - Assamita. Segundo o site da Devir: "Os Assamitas são um dos clãs mais interessantes do Mundo das Trevas. Eles são assassinos cujos serviços são usados, na maioria das vezes, para eliminar outros vampiros. Eles estão envolvidos numa guerra particular contra os Tremere a quem os Assamitas consideram uma abominação. Esta romance descreve com mais detalhes o papel desempenhado pelos Assamitas na luta pela supremacia nos Estados Unidos." (veja mais AQUI) Não preciso dizer mais nada.... Para quem conhece é uma ótima notícia. Paa quem curte coisas novas ainda há tempo de encontrar todas as edições anteriores.

Muitos fãs ficaram com medo do futuro dos romances de clã. Já estamos acostumados com os atrasos para tradução e lançamentos de livros importados. Muitos, quando traduzidos, saem quase que junto com suas versões novas. Quando foi lançado o primeiro romance de clã estávamos mais ou menos em 2002. Já faziam uns bons dois anos que haviam sido lançados nos Estados Unidos e a coleção, por lá, já estava finalizada. O lançamento aqui no Brasil foi foi festejado, mas entre cada livro passavam quase dez meses (ou mais). Ainda mais quando foi anunciado o fim do Vampiro, a Máscara, e o lançamentro do Requien, muitos acharam que nunca mais veríamos os treze volumes completos. Bom.... pelo visto a Devir vai lançar - dever, bem devagar - mas vai lançar.

Corra em sua livraria preferida ou ligue para a Jambô!!! Eu já tenho o meu!!!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Caçadores de Abutre

Caçadores de Abutre
Capítulo 1
Parte 1 - Um pouco de história

"Coragem não é a ausência de medo, mas a percepção
de que há coisas mais importantes que o medo".



Se fossemos reduzir a breve história de Portsmouth à um único termo este seria, muito provavelmente, intriga. Toda a construção de Portsmouth como um reino, propriamente dito, está envolta em maquinações, mentiras e sangue.Originalmente o condado de Portsmouth fazia parte do reino de Bielefeld, bem como a atual União Púrpura. Seu nascimento foi marcado com a chegada da caravana de Thomas Lendikar à costa oriental do Reinado, no ano de 1021. Do ponto de partida, centralizado na cidade de Lendikar, na costa, houve uma vagarosa expansão rumo ao leste do continente. Neste caminho expansionista o reino foi crescendo até às atuais fronteiras de Yuden.

Anos depois foi fundada a ordem dos Cavaleiros da Luz por Arthur Donovan II. A Ordem postou-se na cidade de Norm e deu início a uma lendária história de honra e luta pela justiça – marcas que atravessaram fronteiras levando os desígnios do Deus da Justiça - Kalmyr - a todos os recantos do Reinado.

Desde 1300 a família Asloth, que comandava o condado de Portsmouth, tramava para a desestabilização do reinado dos Janz – então regente de toda aquela região conhecida como Bielefeld. Não se sabe se para tomar o poder do reino como um todo ou se apenas para fragmenta-lo, as maquinações da família Asloth iam enfraquecendo o conjunto que era Bielefeld. Como se bem sabe nada é mais destrutivo do que o constante bater da água sobre a rocha. Da mesma forma Bielefeld não resistiu.

O primeiro resultado foi a independência da atual União Púrpura. Depois de anos de incitação, por parte dos Asloth, a convulsão eminente das regiões bárbaras só foi freada com a intervenção do governo da Capital do Reinado. O primeiro pedaço de Bielefeld era decepado.As tramóias obscuras não se encerraram por aí. As provocações do condado de Portsmouth foram aprofundando-se cada vez mais. Até que Ferren Asloth – então conde de Portsmouth – demonstra sua reais intenções. Ele inicia uma série de ingerências frente ao regente de Bielefeld – Igor Janz. Contratou exércitos de mercenários, promulgou leis e proibio a magia. É a afronta definitiva.

Os cavaleiros da Luz, leais à Janz, investiram contra Portsmouth – para uma solução diplomática - mas foram derrotados pelos exércitos de mercenários que não tinham ordens tão pacíficas. Novas investidas foram preparadas – agora não tão diplomáticas – e realizadas sistematicamente. Um conflito de proporções preocupantes tornou-se visível no horizonte.

Com medo de um banho-de-sangue o Rei Thormy conduziu novamente uma intervenção da Capital do Reinado nos conflitos da região. Portsmouth tornou-se, desta forma, independente em 1389 com Ferren Asloth como seu regente. Ferren saiu-se vitorioso.Muito antes do início de seu governo, Ferren Asloth já era considerado extremamente severo e perspicaz, frio e calculista. Levava seu reino com mão de ferro. E sua maior característica é o ódio gigantesco que carrega pelos manipuladores da magia arcana. E isto teve início muito antes de tornar-se regente. Em sua juventude.

Quando jovem acompanhava, junto de seu pai – Doriann Asloth - um dos inúmeros “espetáculos” que ocorriam em praça pública. Tais espetáculos eram as execuções de rebeldes e insatisfeitos com a liderança da família Asloth.

Neste “espetáculo”, em particular, os torturados eram aventureiros de Bielefeld infiltrados para incitar a população contra os dirigentes do, naquela época, condado de Portsmouth. Quando estava à beira da morte, um deles, um mago, amaldiçoou a família Asloth à morte. “A maldição mataria todos os membros da família Asloth até extingui-la” – praguejou o mago. No mesmo instante Doriann é acometido pela maldição, adoecendo até a morte dez anos depois.Ferren, que assumiu o poder do condado, desde cedo compreendeu o teor do problema que vivenciavam. Não mediu esforços para tentar alcançar uma solução que rompesse os elos que o ligavam à maldição. Contatou e conduziu a sua presença – por bem ou por mal – magos de várias partes do reino. Mas nenhum demonstrou ter o conhecimento necessário para trazer-lhe alguma esperança que pusesse um fim à maldição.

Esta procura incansável e frustrada por uma solução, o tornou extremamente descrente, levando-o até a raiva desenfreada com a classe. Após anos dessa procura desesperada ele mesmo acaba por enveredar-se pelos caminhos obscuros da magia, tornando-se um mago de poder considerável – um segredo guardado à sete chaves até hoje em dia. Depois de muita pesquisa ele descobre a existência do Tomo de Hangpharstyth. Este seria um tomo mágico pertencente a uma poderosíssima maga que viveu anteriormente a vinda dos povos que formariam o Reinado.

Desde então ele instituiu uma ferrenha busca a este tomo. A informação mais próxima que chegou a ele davam conta de que poderia estar dentro da própria região de Portsmouth. Assim criou as leis contra magia. Tanto para tentar adquirir o Tomo, sua única esperança, como também por raiva e ressentimento pela ineficácia dos magos em ajuda-lo.

Seus discursos sempre colocam os magos como malignos, traiçoeiros e perigosos. Prática necessária para levar adiante sua estratégia. E a população mostra-se muito receptiva nesta antipatia para com os manipuladores de magia arcana. O medo xenofôbico que a população de Portsmouth já trazia do elemento estrangeiro vindo de Bielefeld, depois de anos de maquinações dos Asloth, mostra-se extremamente receptivo à figura dos magos. O ódio simplesmente se estende abraçando este novo elemento de forma quase natural. E o carisma estonteante, que a figura de Ferren encerra em si, torna suas palavras contra os magos como marcas irremovíveis da mente da população.

A imagem de poder que os manipuladores de energias arcanas carregam consigo facilmente trazem desconfiança à população normal. A passagem da desconfiança ao medo é um caminho muito curto. E em Portsmouth esse caminho foi muito mais rápido.

Entidades como a Academia Arcana demonstram toda sua insatisfação com Portsmouth tentando encontrar uma solução juntamente ao Rei Thormy. Ao mesmo tempo os Paladinos de Wynna, os seguidores implacáveis da Deusa da Magia, postam-se prontamente para atuar na defesa de seus irmãos. Até mesmo uma guilda de dançarinos das sombras está extremamente preocupada com a atuação de Ferren contra os magos.

Fora isso, outros se organizam. Bem debaixo das barbas do velho abutre.

Diário de um Escudeiro - 8

Décimo quarto dia de Cyd de 1392.

O dia de hoje reservou muitas surpresas.

É incrível a quantidade de coisas que um escudeiro tem de fazer. É tanta coisa que nestes últimos dias nem tenho tido tempo, ou condições físicas, para escrever em meu diário. Já faz alguns dias que não consigo escrever. Meu avô nunca me disse que eram tantos afazeres. Me sinto mais como um empregado de casa do que como um escudeiro.

Tenho de levantar-me antes de meu senhor, preparar todo o seu alimento, preparar sua armadura e muito mais. Depois disso posso me alimentar.

A convivência com Sir Constatnt ainda está meio fria, mas acredito que com o tempo melhorará...

Este início de viajem me trouxe, pelo menos por enquanto, uma boa surpresa. Eu nunca houvera vindo para estes lados do reino. Estas pradarias são maravilhosas. A grande deusa estava inspirada, se é que se pode dizer algo do tipo, quando formulou este pedaço do reino. Os campos perdem-se de vistas para ambos os lados. De quando em quando grupos de árvores criam pequenos oásis verdes e convidativos. Manadas de garbosos corcéis vagueiam por estas regiões tendo como único limite o horizonte. Realmente é uma benção estar por aqui.
Estamos nos encaminhando para Suth Eleghar, na fronteira com Yuden. Já passamos por duas ou três vilas e o que mais vemos são caravanas de mercadores e pequenos grupos de guerreiros (aventureiros eu presumo) indo e vindo, cada um com membros mais esquisitos do que o outro.

Segundo meu Senhor, estamos indo num bom ritmo e chegaremos em Bielefield antes do previsto. Não posso imaginar o que poderemos encontrar por lá...

Mas o mais estranho de hoje aconteceu no meio da tarde, quando estávamos percorrendo a estrada por pelo menos duas horas depois do almoço. Avistamos, ao longe, um cavaleiro à pé, vindo em nossa direção, acompanhado de mais dois companheiros.

Era um guerreiro não muito alto, mas forte. Trazia no rosto a marca da idade e nas costas curvadas o peso do cansaço e do calor. Apoiava-se com uma lança para não cair ao chão. Na outra mão trazia um escudo com uma balança cravada nele várias vezes. As vestes estavam arranhadas e amassadas tanto quanto as batalhas o permitem.

Logo atrás vinha um anão arrastando um enorme machado. Nunca entendi como pessoas tão pequenas quanto eles conseguem usar de forma tão magistral um armamento tão grande e pesado. Ele também trazia a as marcas do cansaço.

Por fim vinha uma moça muito jovem trazendo às costas dois arcos, sobre o ombro esquerdo, e uma aljava no outro.

Parecia que haviam saído do inferno e estavam voltando, com dificuldade, para casa. Embora não fosse a mais belas das imagens havia algo naquele quadro que me atraia. Algo que lembrava as histórias de meu avô. Algo com cheiro de aventura.

“- Salve caro irmão de armas!” – gritou o cavaleiro que vinha à pé ao nos ver.

“- Salve!” – disse Sir Constant de forma curta com o cavalo quase em cima dos aventureiros.

“- Seria pedir muito se pudesse nos dispor de um pouco de água? Nossa jornada teve alguns imprevistos...”

“- Claro que poderia....” – eu já estava me preparando para descer do cavalo para ajuda-los quando meu Senhor me deteve – “- Mas estou iniciando um percurso muito longo e não posso correr o risco de ficar sem algo tão necessário quanto água.” Os olhos dos três aventureiros empoeirados pareciam não acreditar nas palavras de meu senhor. Sir Constant continuou: “- Mas vocês têm sorte. Pouco mais de três horas daqui fica uma ótima estalagem que tenho certeza que poderá tratar-lhes da melhor forma possível. Peço que compreendam. Não é por má vontade. Mas como já estão indo naquela direção ficará muito mais fácil para vocês chegarem lá do que ter de voltar.”

“- Claro que entendemos” – respondeu o velho cavaleiro abrindo um longo sorriso que deixou o bigode ainda mais espesso do que já era – “eu entendo muito bem e peço desculpas pelo incomodo. Não tínhamos a intenção de criar um estorvo para tão nobre senhor.”

Os dois cavaleiros ficaram em silêncio se olhando nos olhos por alguns instantes. Então Sir Constant tocou o flanco de sua montaria com o calcanhar e recomeçou a andar, sem olhar para trás. Eu, sem saber como me portar ou o que dizer, acompanhei meu senhor.

Sir Constant permaneceu em silêncio por quase meia hora. De repente quebrou o silêncio.

“- Meu caro, você pode não ter entendido nada, mas eu apenas proporcionei um benefício para meu irmão de destino. Alguns seguem um código de honra antiquado, e porque não dizer equivocado. Aliam-se à qualquer tipo de ser e seguem o inglório caminho das dificuldades. Não percebem as verdadeiras palavras e desígnios que o grande Khalmyr pretende para seus nobre cavaleiros.”

Eu acelerei para manter-me com meu cavalo ao lado dele eescutar com maior facilidade.

“- Por mais que tentem eles não podem achar que serão o fiel da balança das injustiças de Arton” – continuou ele – “nossa perspectiva é muito mais visionária e nobre. Não somos qualquer tipo de cavaleiro e não seguimos à qualquer deusinhos destes que têm por aí. Somos seguidores do grande Khalmyr. Precisamos manter nossa estirpe intacta para podermos mostrar o caminho e ser o exemplos vivo e visual da nobreza que trazemos em nós.”

“- Mas não é exatamente isso que Khalmyr quer de todos nós – justiça – e que façamos nossa parte?” – arrisquei perguntar.

Mas com um abanar de mão de desdém ele apenas bufou, de leve dizendo – “meu caro, não espero entendas. És muito jovem e sem conhecimento do mundo. Mas deves ter cuidado ao contradizer um cavaleiro. Não estás em nível de me contradizer. Escute mais e aprenda tudo o que tenho para lhe ensinar. Terás muito benefício nisto.”

Mais alguns instantes de silêncio seguiram.

“- Agora ande atrás de mim... Me sinto nervoso quando ao meu lado não há um outro cavaleiro...” e acelerou seguindo alguns metros à minha frente.

Particularmente eu sempre achei que Khalmyr nos queria atuando no mundo. Meu avô sempre me disse que reconhecemos o verdadeiro cavaleiro de Khalmyr por aquilo que ele demonstra com seus atos.

Caçadores de Abutre

Contra Ferren Asloth!!

Nesta quarta-feira estaremos lançando o primeiro projeto da Confraria de Arton. É o suplemento "Caçadores de Abutres". É um projeto que iniciou no forum Jambô em 2007. Depois ficou na geladeira por algum tempo e agora esta ressucitado.
Mas agora estamos disponibilizando este suplemento que foi construido pensando na diversão de todos os amantes de Tormenta, como você e eu. Os Caçadores de Abutres são uma organização que tem por função máxima enfrentar a tirania do regente de Portsmouth - Ferren Asloth, o abutre. A fúria com que Asloth caça os mago levou algumas pessoas à se perguntar se não haveria alternativa. A alternativa são os Caçadores.
Tinha duas opções para disponibilizar o material. Poderia colocar ele inteiro para ser baixado em algum dos muitos sites hospedeiros de arquivos. Mas isso acabaria com toda a emoção. A outra opção - e a que eu escolhi - foi a de disponibilizar este suplemento por capítulos. Isso vai ser muito mais interessante e deixará aquele gostinho de suspense antes do lançamento de cada capítulo.
Espero que gostem. Amanhã começará a emoção!!!!!

domingo, 11 de maio de 2008

Diário de um escudeiro - 7

Décimo primeiro dia de Cyd de 1392.

A jornada iniciou. Passei a noite inteira acordado esperando o momento de levantar e com medo de perder a hora marcada. A noite arrastou-se lentamente. Nas anotações que Sir Constant me dera dois dias atrás estava especificado, além da lista de materiais a comprar, que nossa partida seria nos primeiros raios de sol. Como ordenado estava tudo pronto no momento especificado. Mas ele só apareceu, para partirmos, próximo ao meio dia.

Aos poucos vou me acostumando com o jeito de ser de meu Senhor. Poucas palavras dele foram direcionadas à mim. Ele montou seu cavalo e simplesmente ordenou – “Vamos!” – e eu cumpri sem questionar.

Partimos com quatro cavalos - o do meu senhor, o meu e dois com provisões e equipamentos. Eram belíssimos animais. Só poderiam ser encontrados nesta terra abençoada por Hypion.

Galopamos em sentido sul, na direção de Suth Eleghar, numa marcha média por cerca de duas horas antes de realizarmos nossa primeira parada. A vila de Pyltrus foi nosso local de descanso. Era umas duas vezes maior do que a minha vila natal e o aldeamento mais próximo de Palanthas. Seu centro não tinha mais do que duas ruas que se cruzavam e umas poucas duas dúzias de casas. Ela vivia das caravanas constantes que iam e vinham de Yuden (ao sul).

Nossa parada foi curta, apenas para os cavalos beberem um pouco de água e para podermos esticar as pernas. Até aquele momento nenhuma palavra foi dirigida a mim por Sir Constant. Isso me deixa incomodado, mas quem sou eu para questioná-lo.

Muitas crianças que estavam brincando pela rua, quando nos viram, correram acompanhando nossas montarias e nos enchendo de perguntas. Eram pelo menos uns dez. Corriam, gritavam, gesticulavam, tudo ao mesmo tempo. Era uma verdadeira festa.

Uma menininha loirinha de tranças corria ao meu lado perguntando sem me deixar tempo para responder: “Você é um cavaleiro também? Mas é muito jovem! Onde está sua armadura? E sua espada? Posso ver? Onde está indo? Meninas podem ser cavaleiros também? Se eu fosse uma cavaleiro seria chamada de cavaleiro ou cavaleira? Quem é ele? Vocês vão parar na vila? Posso subir no seu cavalo?!”. Eu achava muito engraçado.

Na cabeça delas éramos seres especiais – ou pelo menos meu senhor verdadeiramente o era. Tenho certeza que por esta vila estar na rota para quem vai para Palanthas deveriam passar por aqui dúzias de cavaleiros todos os anos. Mas para aquelas crianças sempre seria uma novidade.

Chegamos ao centro da pequena vila. Havia apenas uma taverna. Uma construção rudimentar de madeira que deveria ter muitos anos. Mas mesmo sendo simples, pelo que se verificava por fora, estava cuidadosamente limpa e arrumada.

Nossa parada naquele estabelecimento foi rápido. Entramos, recebemos um pouco de água para beber e nos refrescarmos e saímos.

Mas ao irmos em direção dos cavalos percebemos que todas as crianças estavam ao redor dos animais. Um deles, um menino baixinho e de pele queimada pelo sol, estava tentando tirar a espada de Sir Constant da bainha.

Meu senhor ao ver aquilo correu na direção dos animais e num só movimento desferiu um tapa que atirou o menino à quase dois metros dos animais. Todos ficaram paralisados – inclusive eu. Meu senhor permaneceu em silêncio. Subiu no cavalo e me fez sinal para fazer o mesmo. Recomeçamos nossa marcha lenta em direção sul.
Sem olhar para trás, em meio ao silêncio, só escutava os soluços do menino agredido. Não tive coragem de olhar para trás.

Acho que aquelas crianças não correrão mais atrás de ninguém.

Até a noite não trocamos nenhuma palavra. Arrumei a tenda de Sir Constant e preparei algo para comer. Ficamos algum tempo ao redor da fogueira nos aquecendo. Só então ele falou alguma coisa.

“- Nunca se esqueça rapaz... nada neste mundo dos deuses é igual. Existem patamares, como numa escada. Alguns estão acima, outros estão abaixo. Nada impede que se suba ou que se desça. O que não pode acontecer que achem que estão todos no mesmo nível. A diferença deve ser respeitada. Se os deuses nos fizeram assim quem somos nós para desobedece-los.” – disse Sir Constant entre um gole e outro de sua caneca de vinho.

“- Isso vale para as crianças também?” – me atrevia a perguntar.

“- Principalmente. Elas devem aprender desde cedo. Eu não fiz nada além do que meu direito de Cavaleiro me respalda. Até fiz pouco. Outro teria cortado a mão daquele fedelho! Você como escudeiro, se vier a se tornar um, deve ter isso bem claro. Você não será um igual à mim, mas estará acima deles.”

Eu realmente fiquei sem saber o que dizer. Era um assuntos desconcertante. Sempre considerei que o papel dos deuses, e o que desejavam de nós, fora manter Arton em equilíbrio. Pelo manos Khalmyr. Não sei ainda o que pensar.

Capa de Galrasia

Será?!?!

Neste sábado surgiu a especulação que este desenho aí ao lado seja a capa do tão esperado Galrasia, o mundo perdido. Eu achei ela na Inominattus graças à uma jogada certeria de dados do João Paulo "Moreau do Bode". Se for essa a capa está de ótima qualidade.


Não há confirmações ainda. Ela foi encontrada na página da Deviantart como sendo um novo trabalho da DS. Pode ser muitas coisas, até uma capa da DS (o que eu considero pouco provável) mas....
Segundo o pessoal da Jambô qualquer lançamento do título Tormenta será apenas para o segundo semestre.... Mas pelo menos isso já nos dá um palinha do que está por vir!

sábado, 10 de maio de 2008

Cinema

Novidades na Telona


Este ano de 2008 promete ser o início de grandes lançamentos que deverão dominar as telas pelos próximos dois anos. Desde o início do ano já tivemos bons lançamentos para aqueles que curtem fantasia, heróis, aventuras e coisas do gênero (quase sempre assuntos ligados ao universo de RPG e afins).


Speed Racer: Todos que têm por volta dos trinta anos (ou mais) com toda a certeza lembram-se das tardes em que viamos os episódios SR. Eram aventuras muito loucas no melhor estilo psicodélico futurista japonês. Ninguém vai se arrepender de ver o filme no cinema. Ele estreiou nesta sexta-feira (9 de maio). Eu gostei muito, embora algumas pessoas tenham reclamado do aspecto muito próximo dos video-games.


Crônicas de Nárnia - O Príncipe Caspian: No final do mês de maio (30 de maio) estréia a "segunda" parte da série das Crônicas de Nárnia. Pelos três trailers que estão rodando por aí na rede será uma filme um pouco mais maduro que o primeiro, tentandoa tingir um público mais adulto. Vamos ver...


Batman - Cavaleiro das Trevas: O segundo filme do soturno herói de Gottan estréia em 18 de julho deste ano. Pelos trailers será mais sombrio que o anterior e impressionante. Pelo que dizem estará muito mais próximo do universo dos quadrinhos que o outro. No elenco Christian Bale (Bruce Wayne/Batman), Michael Caine (Alfred Pennyworth), Heath Ledger (ator que faleceu recentemente, como o Coringa), Aaron Eckhart (Harvey Dent), Maggie Gyllenhaal (substituindo Kate Holmes, como Rachel Dawes), Gary Oldman (James Gordon), Morgan Freeman (Lucius Fox), Eric Roberts (Salvatore Maroni), Cillian Murphy (Dr. Jonathan Crane/Espantalho), Anthony Michael Hall (Mike Engel), Colin McFarlane (Comissário Gillian B. Loeb) e Michael Jai White (Gamble).


Watchmen: Este grande sucesso dos quadrinhos do século passado (heheheh) tem sua estréia confirmada para 6 de março de 2009. Zack Snyder (diretor de "300"), diretor do filme, afirmou que as gravações já estão encerradas e que, apesar da briga judicial entre Warner e Fox, a estréia não deverá alterar-se. No elenco temos Matthew Goode (Adrian Veidt/Ozymandias), Jackie Earle Haley (Rorschach), Billy Crudup (Dr. Manhattan), Patrick Wilson (Dan Dreiberg/Coruja) e Malin Ackerman (Espectral/Silk Spectre).


O Hobbit: o lançamento está previsto para 2010. Depois de dezessetes oscarsganhos pela trilogia do Senhos dos Anéis o público espera com muita ansiedade o que seria o início de tudo. As informações dão conta de que a produção estará nas mãos de Peter Jackson (trilogia "Senhor dos Anéis") e de Guilhermo del Toro ("O Labirinto do Fauno" - ótimo filme ganhador do Oscar de filme estrangeiro). O Hobbit conta a história de Bilbo Bolseiro e como ele encontrou o "Anel" e será dividido e m duas partes com versões 3D. No Brasil, diferente do exterior, o lançamento caberá à FOX.

Mulher-Maravilha: Um projeto engavetado pela Warner é o da Mulher-Maravilha. De "quase" certo, por enquanto somente a direção do filme, que ficará nas mãos de Joss Whedon (criador das séries Buffy a Caça Vampiros, Angel e Firefly). Para o papel principal somente houve muitas especulação onde as mais fortes foram Cameron Diaz, Catherine Zeta-Jones, Mischa Barton (O.C.), Rachel Bilson (a Summer em O.C.) e Kate Beckinsale. Mas como essa novela se desenrola desde 2005 temos que ficar de olho e torcer.

Liga da Justiça: Uma produção que com toda a certeza muitos estariam loucos para ver nos cinemas. Mas com um orçamento de 200 milhões de dólares e muitos problemas internos a Warner está deixando de molho para ver o que acontece nos próximos anos. Uma pena!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dragon Slayer 20

Saiu a Capa!!


Hoje o Trevisan postou a capa da edição 20 da Dragon Slayer no Laboratório.
Eu, particularmente, gostei muito. Mais do que a anterior. Adoro elfos e coisas do gênero...heheheheheh!!!
Vamos ver o que nos reserva por dentro.

domingo, 4 de maio de 2008

Area-RPG

Nosso novo espaço para discussões!

Listas e mais listas surgem e somem todos os dias na internet. Estas listas - para quem não sabe - são um ponto de encontro para debates.

Uma nova está surgindo - a Área-RPG. O Trevisan lançou a informação em seu blog convidando a todos os interessados (e bem intencionados) à participarem. A divulgação é quase uma obrigação depois de muito tempo sem algo interessante neste sentido.

Se você acha que tem algo para dividir com os outros, ou simplesmente é alguém louco por mais informação, não deixe de se cadastrar...

Dragon Slayer 20 (Preview)

Deve ser lançado nos próximos dias a edição 20 da DS. Depois da grande polêmica que a edição anterior concentrou, estamos todos ansiosos para ver se há algo de novo.

No último dia 28 o Vill - nosso amigo do blog Desafio dos Dragões - inaugurou um tópico no forum da Jambô iniciando as discussões sobre a edição 20. Ele apresentou uma prévia dos temas da edição que foi disponibilizada pelo Trevisan no Laboratório do Dr. Careca. Aqui vai:

- Notícias do Bardo - Pathfinder RPG. Quem precisa de D&D?
- Encontros Aleatórios - Hmm, a Paladina está esquisita...
- Reviews - Faroeste Arcano, Mutants & Masterminds, Sem Trégua 2.
- RPG Maker - O sucesso da ferramenta para que você faça seu game.
- Gary Gygax - A vida e obra do Primeiro Mestre de Jogo.
- Background - Você sabe como deve agir um personagem bondoso?
- Mestre da Masmorra - Está difícil levar sua campanha até o fim?
- Gazeta do Reinado - Eleitas as Sete Maravilhas de Arton.
- Bárbaros Moreau - Habilidades de classe variantes.
- Arca do Tesouro - Novos itens mágicos para exploradores.
- Chefe de Fase - Uma família de bandidos pistoleiros. Sim, faroeste em D&D está na moda.
- Armadilheiro - O Mestre dos Jogos Mortais está de volta.
- Meio-Gênios - Muitos novos talentos para esta raça prestativa.
- Factóides - Será que alguém os está criando para atacar você?
- Professor Pendrake - Um pesquisador louco nos Reinos de Ferro.
- Raça & Classe Anões - Eles funcionam em qualquer classe?
- DBride - Está acabando!

É uma edição com um bom potencial. Mas a anterior também era e foi desastrosa. De qualquer forma têm matérias para todos os gostos. As que mais me interessam são a Gazeta do Reinado (as Maravilhas de Arton, pelo que já se viu no Forum será uma matéria de arrasar); Bárbaros Moreau (tudo para Moreania me interessa e muito); Chefe de fase (esses são os frutos qua ainda colhemos desde o lançamento de P&P); e DBride (ótima hq). Vamos torcer para um resultado melhor do que o anterior.

Com relação ao preço o Trevisan já foi bem direto no seu post - "E antes que alguém me encha a paciência: sem mudança de preço ou data prevista". Então não vamos esperar mudanças neste sentido.

Mangás

Negima voltou!!!

Finalmente. Para aqueles que como eu ficaram quase cinco meses esperando, Negima voltou. A JBC demorou mas conseguiu lançar a edição 22 de Negima. As aventuras do "pequeno" mago que é professor da turma de meninas (sortudo!!) mais incrível que existe voltou à carga com tudo.


Segundo informações que sairam tanto na comunidade do orkut para fãs do Negima quanto com o pessoal da livraria Jambô, o atraso aconteceu devido à problemas com a aprovação da capa da edição 22, que acontece lá no Japão.


Segundo o site da JBC a periodicidade deve normalizar depois desta edição. Nos resta esperar e torcer!!!

Revista Tormenta 04

Gorendill – A Milícia de Gorendill - p. 02

A Milícia de Gorendil é o braço armado que apóia o prefeito Guss Nossin. Este artigo mostra rapidamente como a milícia foi criada e seu criador trazendo as fichas do Comandante Marcus Dubeau (criador) e do Capitão Harrison Dankis.

Montarias - p. 04

Arton é um território extenso. Nem sempre podemos nos valer da utilização de sortilégios para ir ou vir de lugares distantes. Muitas vezes temos de comer poeira no lombo de um cavalo, grifo etc. Está matéria é muito providencial neste tema. Ela mostra de forma clara e simples cálculos de tempo de percurso para os diversos tipos de animais artonianos.

O Reinado – parte 1 - p. 10

Até onde sei é a primeira matéria de especifica os vários reinos que compõem o Reinado. Além disso trás algumas informações sobre a história e estrutura do Reinado em si. Nesta primeira parte temos a descrição de Deheon, Tyrondir, Podsmânia, Khubar, Portsmouth, Namalkah, Lomatubar, Zakharov, Petrynia, Fortuna, Hersey, Montanhas Uivantes e Sckhar Shantallas.

Assalto ao Mestre Arsenal - p. 22
Uma aventura-solo bem legal. Fique na pele de um “louco” que resolve roubar alguns dos artefatos mágicos do Mestre Arsenal!