quarta-feira, 17 de abril de 2013

Romance - LoZ: Ocarina do Tempo Cap. II



A LENDA DE ZELDA
Ocarina do Tempo

CAPÍTULO 2
Visitantes Indesejados


Há algumas horas o Bosque havia recebido uma visita inesperada. Era raro seres como ele errarem por entre os troncos altos, antigos e escuros. Normalmente apenas espíritos vagavam por aqueles solos, os que pertenciam a outra natureza eram normalmente tolos que logo seriam enganados e perder-se-iam até tornarem-se novos habitantes feéricos. Contudo, aquele era diferente… e perigoso.

Seu sorriso espantava as travessuras, seus passos faziam o solo tremer, não que fosse pesado, mas cada passo parecia macular o lugar com escuridão, nenhuma magia atingia-o, sua armadura afastava a maioria dos guardiões, os poucos que não cederam ao medo, eram aniquilados sem demora ou passavam a servi-lo em obediência temerosa. O cavaleiro de armadura negra, cabelos espetados e ruivos, uma capa esvoaçante e amedrontadora, pele fortemente bronzeada e com olhos rubros que exalavam, com impacto, uma aura de poder imensurável, ambição insaciável e maldade infinita, era invencível.

O Bosque temia sua presença, recuava e atacava. Suas magias eram anuladas, as forças dos protetores eram insuficientes, e logo alguns espíritos começaram a se entregar a seu poder. O cavaleiro abaixou-se de frente para uma pedra antiga e cheia de musgo, relaxada em meio a lama. Ergueu-a e centenas de insetos saíram debaixo dela. Raízes e vinhas saltaram do chão de pronto segurando os membros do guerreiro. Ele sorriu com tanta maldade que a madeira pareceu enfraquecer sua constrição.

- Quer dizer que me percebeu? Não tente me parar, seu maldito! É inútil! – disse o cavaleiro negro que apertou o punho da mão, fechou os olhos em breve concentração e reabriu-os eliminando uma magia pela mão que se incendiou com brasas negras que queimaram as vinhas que lhe prendia enquanto outras se afastavam em temor. Aquele fogo negro não só queimava, mas destruía com maldade.