As espadas, nosso tema principal neste início do material de apoio centralizado em lâminas, possuem uma história particular no que diz respeito à forma das lâminas.
As razões não podem ser separadas de fatores históricos. Como já foi visto houve todo um caminho percorrido no que diz às matérias-primas utilizadas em sua confecção, conhecimento técnico e experiência. Esses materiais influenciavam circunstancialmente na forma em que a lâmina era forjada. Comprimento, espessura e resistência eram diretamente relacionadas à matéria-prima utilizada. E isto foi primordial até o início da Idade Média.
Depois disso o conhecimento adquirido levou para grandes modificações nas lâminas. Isso será abordado nos próximos posts.
NA IDADE MÉDIA: Espadas medievais existiam em grande variedade por séculos. Experiência e especialização no designe eram constantes. Mas certas características comuns podiam descrever a espada medieval genérica como uma longa, larga, simples, com fio nas duas beiradas da lâmina e com uma simples empunhadura em forma de cruz (cross-guard). Embora houvessem versões para uma ou duas mãos sua forma típica era de uma arma para uma mão, usada para cortar, aparar e para limitar ataques de ponta dos adversários.
Espadas medievais podem ser classificadas (baseando-se no desenho da empunhadura) em uma grande variedade de categorias, contudo essas armas de lâmina relativamente longa eram simplesmente chamadas de “espada”, ou como “espada de guerra” (sword of war ou war-sword no inglês; espée du guerre ou epee du guere no francês), ou ainda simplesmente de “espada longa” (long-sword). Outros idiomas tinham termos foneticamente semelhantes: schwert, svard, suerd ou esapadon. Esses eram nomes genéricos para elas. Em cada região (européia) elas poderiam possuir uma nomenclatura específica.
Pequenas alterações em seu nome aconteciam quando eram carregadas nos cintos de cavaleiros montados em seus garbosos cavalos. Começaram a ser chamadas, nesta circunstância, de “armas de montaria” ou “espada de cavaleiro” (Arming-sword).
Esses eram nomes genéricos para elas. Em cada região (européia) elas poderiam possuir uma nomenclatura específica.
Todo este período foi marcado por espadas (de uma mão e longas) mais estreitas e pontudas e, ao mesmo tempo, grossas e resistentes. Isso se deve ao fato da grande utilização das armaduras em campos de batalha.
Já próximo do final do século XIV, na Inglaterra, as lâminas começaram a ser conhecidas como “espada curta” (ou short swerde) e na Germânia por volta do início do século XV. Ao mesmo tempo algumas modificações começaram a ser notadas, antecedendo um salto em seu designe. Acompanhando o desenvolvimento de técnicas de golpes de ponta, principalmente, as lâminas começaram a ganhar a proteções especiais da empunhadura que evoluiriam para as compound-hilt (para mais informação ver o post 3 do Material de Apoio – Lâminas). Essas espadas perduraram em uso até o final do século XIX.
O erro das Broadsword: Um termo popularmente mal-aplicado como um sinônimo genérico para as espadas medievais ou qualquer lâmina longa e larga. O, agora, popular termo “broadsword” era utilizado, por colecionadores do século XIX, para referenciar lâminas medievais, por um erro em traduções ou interpretações da literatura medieval.
No geral tinha a forma variada, onde sua lâmina era relativamente longa, larga, reta e com duplo fio (em ambos os lados da lâmina). Era a forma de um cutelo mais ou menos curto. A empunhadura ainda era em forma de cruz, mas com alguma proteção mais ampla para a mão.