domingo, 29 de março de 2020

Diários de Campanha - Kult: Divinity Lost - Mists Around the Lake – Sessões 7 a 9



Diários de Campanha
Kult: Divinity Lost
Mists Around the Lake – Sessões 7 a 9

Ultrapassando a metade da campanha Mists Around the Lake as coisas começaram a ficar ainda mais estranhas, perturbadoras e mortais. Terminamos o arco do Motel Riverside sentados dentro de uma van prontos para ir em direção ao Alchemilla Hospital.


Arco 3: Alchemilla Hospital - sessões 7
Um detalhe que não havia comentado ainda e que fez uma grande diferença no clima da sessão eram as pequenas cenas que ocorriam normalmente no início de cada sessão. Sempre começávamos sentados em um ambiente estranho, como que em uma sessão de terapia. Nós quatro, sentados, atrás de uma mesa, participando de uma típica sessão de terapia. Em nossas mentes – como jogadores - achávamos que isso era o futuro, que algo já havia acontecido e que estávamos tentando entender o que havia acontecido. Mas dessa vez, no início da sétima sessão, foi diferente. O terapeuta insistia em que “deveríamos ver a verdade”, “que tínhamos que aceitar o que havia acontecido” e que “não adiantava mentir para nós mesmos”. Confesso que foi perturbador pela ínfima possibilidade de ‘nós’ sermos os vilões da história. Esses flashs eram rápidos, soltos e não lineares, o que dificultava nosso pleno entendimento.

Retornando à realidade do jogo nossa única preocupação era encontrar nossos filhos e protegidos o quanto antes e já estava fazendo quase vinte e quatro horas que eles haviam sumido. Com Sam (Felipe) na direção e David (Pedro) ao seu lado, Stephan (eu) e John (Gustavo) estávamos sentados no cão da van quando começamos o caminho pelas ruas da cidade. Eram não mais do que dez quadras entre o motel e o hospital e nada poderia dar errado em tão pouca distância, certo? Errado.

Logo que começamos o caminho Stephan ia olhando pela janela lateral da van. Tudo na rua era cinza, repleto de neblina e estranhamento vazio. A van andava vagarosamente, pois temíamos bater em algo. Do nada um som chamou nossa atenção. Era um som abafado e pesado de passos junto de um grito estranho. Ele vinha diretamente detrás da van. Quando Stephan olha pela janela traseira ele enxerga pela primeira vez o ser que chamamos de Conjuntivite.