quarta-feira, 22 de março de 2017

D&D 5E no Brasil - novidade e polêmica


D&D 5E no Brasil
- notícia e polêmica -

Uma notícia importante para o mercado brasileiro de RPG ou uma mancha para o mercado rpgistico brasileiro? Não sei ainda e tentarei noticiar isso tudo de uma forma imparcial até que possamos esclarecer tudo.

A notícia em si, que pegou a todos de surpresa ontem (terça-feira, 21 de março), foi de que finalmente a 5ª edição de Dungeons and Dragons estava chegando ao Brasil em português. A responsável pelo lançamento no país será Fire on Board Jogos em parceria com a GF9, empresa britânica detentora dos direitos de comercialização do D&D em outros idiomas. A empresa brasileira ficaria responsável pela tradução e distribuição no país.

A notícia por si só é muito importante visto que D&D é o sistema mais jogado no país e no mundo, com algumas décadas de presença em nossas mesas. A quinta edição foi lançada em 2015 pela Wizard of the Coast com a surpreendente informação de que eles não pretendiam lançá-la em outros idiomas. E assim ficou pelos últimos quase dois anos. Até ontem, quando a FoBJ anunciou seu lançamento por aqui previsto para o meio do ano, pelo menos do Livro do Jogador.

A polêmica começou alguns instantes após as primeiras notícias da confirmação do lançamento da edição no Brasil. Acusações, respostas e tomadas polarizadas de posição começaram. O que posso garantir em que qualquer que seja o caso, é obrigatória a averiguação até para não manchar os nomes de empresas A ou B.

Para entenderem resumidamente e sem desejar criar polêmica desnecessária aqui (pois não resolveria nada). O prólogo do anúncio do D&D no Brasil teria começado quase um ano antes quando da descoberta da possibilidade de tradução e da ligação. Um conjunto de três editoras nacionais teriam firmado um compromisso, como uma joint venture, e levado adiante as conversações. Em determinado ponto crucial, uma delas teria ‘assinado’ com a GF9 sem o conhecimento das outras. Em resumo isso é o que se filtra de todas as postagens acusatórias de um lado e de outro.

O que realmente aconteceu? Não sabemos com certeza ainda. Muitas dúvidas ainda estão no ar. Desde qual o real papel das editoras envolvidas no caso, quais os critérios de escolha da editora no Brasil pela GF9, até pontos mais ligados diretamente à publicação como qual o conhecimento apropriado da escolhida para uma adequada tradução e lançamento.

O que sabemos é que, como sempre, rapidamente quase a totalidade da comunidade rpgistica brasileira polarizou o caso tomando partido entre os lados de forma passional (nenhuma novidade até aqui) esquecendo por completo o por quê de termos chegado à este ponto de dúvida quanto ao caso como um todo. Seria hilário, se não fosse tão preocupante, os argumentos apaixonados e as declarações de cada lado como se a disputa rendesse pontos para cada participante. Muitos ou não queriam se incomodar com A e B, ou queriam marcar pontos por apoio com eles. Sabemos que muito da relação entre a comunidade rpgistica, seja entre jogadores, seja entre os fanboys e as ‘eminências pardas’, seja entre jogadores e editoras, se dá mais por corporativismo do que lógica e ética. Ninguém quer ficar mal visto com seus ‘amiguinhos’ não importa do lado.

Minha sugestão. Ninguém, além dos próprios envolvidos, sabe o que realmente aconteceu. Então aguarde mais informações antes de levantar bandeiras apaixonadas mais por questões ‘cordiais’ do que por convicção. Ouça mais, converse muito e ouça mais um pouco antes de tomar posição. É importantíssimo separarmos empatia que tenhamos com alguma editora ou sistema de jogo para termos uma visão clara... isso sim importa. Conheço muitos dos vários envolvidos além de também ser um apaixonado pelo sistema, mas isso, de forma alguma, me da carta branca para apoiar irrestritamente qualquer lado que seja.