segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Laboratório de Cenários - Aula 01: construindo uma dungeon simples de isopor




Aula 1 - Dungeon simples

Qual rpgísta não desejaria ter um cenário para simular uma luta ou um momento especial de sua campanha? Ou quem sabe um cenário para imortalizar um momento histórico de seu cenário preferido? Faz muito tempo que sempre leio, aqui e ali, das dificuldades de achar cenários, maquetes ou elementos para dioramas de rpg. Até já postei alguns elementos de cenário para serem montados de papel, mas sempre parece pouco. Então voltei a procurar.

Comecei a mudar o meu foco de pesquisa desde que vi uma maquete simulando uma dungeon. Achei umas coisas bem interessantes que vou dividir com vocês além de eu mesmo testar por aqui. Por enquanto vou postar as dicas e durante os próximos dias vou ver se tomo coragem para fazer eu mesmo.

A maquete em questão é construída em isopor e mostra uma pequena porção de uma dungeon, mas com paciência e cuidado pode ser transformada em uma grande dungeon para seus jogos.

O material utilizado é muito simples: isopor, cola e duas cores de tinta (preto e branco). O isopor pode ser que qualquer origem tal como comprado em papelarias, restos de apoio de eletrodomésticos e outros. Esses que vem em caixas de televisores ou fogões são bons pois normalmente são grandes e já possuem um formato interessante podendo facilitar a construção de um canto ou ocrredor. Para a construção o ideal é criar módulos que possam ser unidos ou uma base única não maior que uma folha de isopor.

Projetando
A primeira coisa que devemos fazer e termos uma noção aproximada, pelo menos, do que desejamos construir. Rabisque em um papel o que pretende. Isso deve ser preparado para facilitar o que iremos comprar de isopor ou quais os pedaços que iremos usar.

Fazendo o chão
O ideal é começarmos por baixo, com a nossa base o que equivale ao piso de nossa dungeon. A melhor forma de criarmos o chão é o moldarmos já na base de nossa dungeon. Antes de tudo veja seu projeto e analise se haverá degraus ou desníveis. Neste caso será necessário usarmos um isopor de maior espessura. No caso de um desnível ou degraus eles devem ser recortado e moldados com o estilete antes de tudo.

Para o piso uma boa dica é desenhar o piso conforme a utilização que daremos. Se for para um diorama as medidas do piso não são uma grande preocupação. Mas se formos usar o nosso cenário para um jogo de RPG é importante que o piso simule tanto o chão quanto os espaços para o movimento das miniaturas. Então a forma de proceder é a mesma e o resultado será praticamente o mesmo, o que muda é o tamanho de nossos detalhes.

Primeiro risque com uma caneta cuidadosamente as linhas do piso medindo nas beiradas. Faça-o quadriculado conforme a utilização que daremos, como já disse. Para jogos de RPG a medida é de aproximadamente 2 cm de cada lado do quadrado.

Após riscar o piso vem a parte mais trabalhosa – moldar. Com um estilete bem afiado recorte filetes em forma triangular acompanhando o sentido dos riscos que foram feitos. Eles não podem ser profundos para não dar uma impressão fora de escala para o nosso piso. O trabalho deve ser feito com calma e minucioso.


Se desejamos dar mais realismo para nosso cenário podemos incrementar a textura dele. Como as dungeons são normalmente estruturas velhas e um pouco destruídas você pode raspar pequenos pedaços criando alguns buracos no piso como se fossem áreas desgastadas pelo tempo. Isso pode ser feito com o dedo ou co uma superfície que não seja pontuda. Tome cuidado para não estragar muito o isopor e quebrá-lo.


As paredes
Para as aparedes pode-se ou áreas já existentes no nosso pedaço de isopor (caso que acontece muito com os isopores de caixas de eletrodomésticos) ou podemos construir. Conforme nosso projeto podemos montar apenas duas paredes em forma de “L” ou as quatro. Nosso projeto é nosso guia. A altura é relativa, mas uma boa medida é em torno de 7 cm (acima do piso) mais a altura da lateral do piso. Faça todos os recortes que precisar nas paredes antes de colar. Recorte as janelas e crie as imperfeições. Só depois passe para a etapa de colagem.

Depois de tudo preparado passa-se a etapa de colagem. Para estas partes maiores o ideal é a pistola de cola quente. Muito cuidado para que ela não aqueça exageradamente, pois facilmente o isopor deforma. Passe bastante cola afixando uma das laterais e deixe descansando por um bom tempo para que a cola seque bem. Só depois cole a outra parede. Uma dica interessante é usar palitos de dente para ajudar na fixação. Eles dão um apoio adicional à parede e, depois de colado, reforça para que permaneça no lugar. 
   



O ideal é que fique tudo descançando de um dia para o outro para que a cola fique firme. Depois faça alguns acabamentos necessários. O principal deles é ver se não há imperfeições na junção das paredes e das dapredes com o piso. Se houver um vão aqui e ali o idela é tanpá-lo para que não fique feio. Pegue cola branca e passe nesses vãos. Ela vai preencê-los e quando secar ficará incolor. Tire o excesso com um palito ou com uma espátula. Deixe secar por alguns minutos.

A Pintura
Existem muitas formas e técnicas de pintura para que nosso acabamento fique bom. O que mostrarei aqui é o mais básico deles. Se você tiver experiência com misturas de cores e tons vá em frente, senão tente esta forma.

Primeiramente limpe muito bem toda a parte interna da estrutura que irá pintar. O pó ou resíduos de isopor podem sujar a tinta ou criar imperfeições na pintura. A limpeza deve ser feita com cuidado e o ideal é que seja fetio com um pincel macio.

Para a primeira parte da pintura use um pincel firme para que toda a superfície seja atingida pela tinta. Faça a pintura de toda a superfície com a cor preta. Tome cuidado para que as ranhuras do piso sejam pintadas também de forma uniforme. Você verá que isso dará um ótimo efeito mais tarde. Deixe secar por algumas horas.


A segunda etapa é mais trabalhosa. Nesta etapa daremos o acabamento e a ideia de envelhecimento. Misture um pouco das tintas branca e preta até encontrar um tom de cinza um pouco escuro. O ideal é que essa mistura não seja feita em quantidade e sim numa superfície. Não tenha medo de que a tinta seque antes de usar pois é isso mesmo que desejamos. “Suje” o pincel e aplique sobre o preto sem muita força como se você estivesse ‘espanando’. A intenção é que a pintura do cinza fique imperfeita transparecendo em alguns pontos o preto que está embaixo. No piso tome cuidado para que o cinza não seja aplicado dentro das ranhuras do chão. Se você se sentir seguro pode repetir essa técnica com vários tons de cinza para dar uma ideia de degrade.



Aqui está o nosso resultado!!!




Este é o primeiro post desta nova seção. Nos próximos iremos mostrar outros modelos, técnicas e dicas.