domingo, 7 de julho de 2019

Resenha de Kids on Bikes

Resenha de Kids on Bikes


Essa era uma resenha que eu já queria ter feito à mais tempo, mas nunca é tarde. Agora, com Kids on Bikes, concorrendo na categoria Best Family Games/Product no ENnies Awards 2019, temos o momento perfeito para falar dele e de outros RPGs.

O período desde 2017 tem sido curioso. Strager Things e Tales from de Loop nos lembraram o quanto os anos oitenta e noventa tinham de interessante, misterioso e aventuresco. Fosse baseado em ficção ou em puro medo de uma épica que orbitava entre a guerra fria real e episódios de UFO e sessões de cinema com ET, fomos revisitados por telefones com fio, edições de AD&D e revistas MAD (descanse em paz MAD). O RPG, como reflexo desse imaginário, tende a reproduzir mais e mais, tal qual como uma onda que se propaga sempre aumentando sua altura, elementos que estão no gosto dos jogadores. Kids on the Bikes é um desses reflexos diretos.

Criação de Jon Gilmour e Doug Levandowski, com arte de Heather Vaughan e lançado pela Renegade Game Studios e Hunters Books, ele chegou à nossas mãos em 2018 após um muito bem sucedido financiamento coletivo.

O jogo se passa em um cenário suburbano no último quarto do século XX onde assumimos papéis de personagens (principalmente crianças e adolescentes) de uma cidade pequena, inseridos em um mundo aparentemente comum, mas que transpira o sobrenatural e o extraordinário. Os perigos e ameaças variam do bully ameaçador da escola ao garoto novato com segredos malignos, do adulto cético ao ao policial incrédulo.