Relato de um mestre de
RPG autista
sobre interação
social
O
RPG é um hobby baseado na interação social, seja em jogos presenciais ou
remotos, onde esse contato social é sua tônica mais perceptível. Uma dúvida que
sempre tive era de como isso se relacionava com jogadores dentro do espectro autista.
Já postei aqui relatos de como o RPG é usado para melhoria de contato social
para pessoas com vários níveis de dificuldade, incluindo autistas, mas nunca
havia lido nada sobre mestres que estivessem dentro desse quadro. Por isso
achei tão importante trazer traduzido o relato do mestre de RPG Chez Oxendine, contribuinte
do site DiceBreaker, sobre sua experiência como autista e mestre de RPG.
Como um mestre
autista, RPGs de mesa fornecem uma estrutura perfeita para interação social
Coisas
que tornam a vida difícil para mim fora da sala de jogos geralmente resultam em
melhores sessões.
Imagine
que você está em um grupo onde todos estão jogando um jogo que você não
entende. Você está tentando analisar as regras aparentemente fluidas do
jogo, mas é como tentar jogar um tutorial em outro idioma. Todo mundo
parece ter cronometrado as regras, mas você está lutando para entender tudo
isso.
As
pessoas ficam olhando para você estranhamente quando você tropeça em um
determinado limite e, embora esteja confuso demais para entender exatamente
como, você pode dizer que está cometendo erros. Até mesmo sua
recém-descoberta hipervigilância sobre esses erros é, em si, um erro. A sensação
resultante - pelo menos para mim - pode ser educadamente descrita como “não
agradável”.