segunda-feira, 21 de abril de 2014

Games na Confraria: Jackie Chan Adventures


Alguém aí se lembra da extinta TV Globinho? Pois é, mas não é disso que irei falar hoje, teve uma época que ela passava um desenho com traços simples e mesmo assim adquiriu muitos fãs, estamos falando obviamente do desenho do Jackie Chan.


"Yo Mo Gui Gwai Fai Di Zao"
Kung-fu, alguns vilões atrapalhados, Tio rabugento, sobrinha encrenqueira, talismãs mágicos e claro os demônios das lendas chinesas e seus asseclas os shadowkhans.

Shoryuken, digo belo gancho Jackie.
Toda vez que assistia eu pensava: - Caramba como eu gostaria que tivesse um jogo sobre isso ou um filme! E não é que no dia 1 de Outubro de 2001 a Atomic Planet lançou o jogo Jackie Chan Adventures (Sony,2001).
Me desenhe melhor =/
Fiquei tão emocionado quando descobri a existência do jogo que cheguei em casa e terminei o jogo em mais ou menos umas 3 horas. Foi extremamente divertido na época, mas o tempo passa e tu começas a ver os defeitos do jogo, algumas coisas são muito forçadas.

Não sou um especialista, mas tenho quase certeza que isso não é trabalho de um arqueólogo.
Sabe quando um jogo parece que foi feito as pressas por causa dos fãs e entregaram mesmo assim por que ia fazer dinheiro do mesmo jeito?
Começando o jogo temos a voz do tio contando a história dos 8 demônios e como eles foram derrotados pelos 8 imortais chineses usando o poder mágico da caixa de Pan Ku e banidos para o Netherworld, logo após começa as aventuras com nosso chinês favorito.


Mau dia, mau dia, mau dia!
A jogabilidade é extremamente simples assim como os seus menus e comandos. Na parte de interação temos as famosas frases prontas e o interessante é que tu realmente podes falar com todo mundo que cruzar contigo na rua ou demais localidades.
A parte do combate tem partes boas e ruins. A parte boa é que tem sequencias de golpes simples, combinados e até objetos do cenário podem ser utilizados incluindo a chance de derrotas mais de um inimigo ao mesmo tempo, porém a parte ruim chega a ser bastante incomoda. Fora o fato de não ter golpes combinados com saltos, se tu errar a direção de onde o inimigo está ou ele se deslocar para outro lado, tu vai continuar errando até terminar a sequencia. Isso incomoda um pouco, mas nada que um pouco de treino não resolva.

Brincar com magia é perigoso, mas com canhão não tem problemas.

Os gráficos são tão simples como os do desenho, cenários parecem esboços e os personagens foram modelados em 3D, mas parecem ter saídos do N64 do que feitos para o Playstation 2. Nada contra economizar nos gráficos, podem ser simples como os do desenho, mas trancar em uma parede, entrar dentro dela ou simplesmente fazer o mapa girar por um ponto de vista mal calculado, chega a ser um pouco desanimador.

Magia deve combater magia
A trilha sonora do jogo foi muito bem escolhida tendo músicas tanto do desenho como trilhas novas. Cada parte do jogo tem uma trilha própria, nas partes do mapa, em cada inicio fase, no menu inicial e nas partes de combate. Chega a ser empolgante e engraçado em algumas partes principalmente nas interações com o tio.

Não é levitação, mas ajuda do mesmo jeito.
Como todo bom jogo sempre tem alguma coisa aleatória e neste não podia faltar. Existem 3 atividades que não precisam ser feitas durante o jogo, mas que podem ser bem divertidas.


A primeira é o leilão no inicio de cada missão o tio te dá dinheiro e pede um item no leilão e é bem interessante apesar do barulho irritante.
A pescaria ajuda a ganhar de barbada, mas nada a não ser o mute salva do barulho irritante.
A segunda é um jogo de cartas que é quase impossível de derrotar a Jade, são cartas colecionáveis que podem ser achadas derrotando adversários dentro do jogo, em objetos quebrados e até quando derrota alguns inimigos em combate.

Consegui ganhar de todos os adversários, mendos da Jade.
A terceira e última é uma atividade relaxante tanto na vida real como em jogos, trata-se de pescaria. A pescaria é muito interessante, cada peixe que se pega equivale a um valor, mas que custa o dinheiro, nada muito caro, mas quanto mais barato for a vara de pescar, menor o preço que se consegue pelo peixe, é um forma bem rápida de se aumentar o dinheiro dado pelo tio, garantir a vitória no leilão e também como um meio de se relaxar caso o jogo de uma travadinha básica.

Sim, por que sim e sim tu irá fazer a mesma coisa.
Apesar de não ter um modo multiplayer, não vejo motivo para se ter, já que não teria a menor graça jogar com a Jade a graça mesmo está em ser o Jackie Chan.

Um dos itens do jogo que poderia ter sido melhor explorado são os talismãs. Alguns deles poderiam ter uns efeitos melhores, mas todo talismã tem uma utilização em alguma parte do jogo e alguns podem ser utilizados a qualquer momento, tornando as lutas ou o percurso mais fácil.

El Toro Fuerte nunca tira sua máscara, apenas sua coluna e ossos do lugar.


Apesar de a história do jogo ser diferente da do desenho e alguns probleminhas gráficos o jogo é tão divertido que muitas vezes esses defeitos passam batido, provavelmente se eu não tivesse os listado aqui a maioria deles se tornaria imperceptível. Não é um suprassumo de jogo, mas para quem gostou do desenho e gosta do Jackie Chan é um bom passatempo.

Poxa Zelda, pare de quebrar os vasos dos outros atrás de rupees.