MATERIAL DE APOIO
POLE WEAPONS II - ALABARDAS
Resolvi
começar as postagens em que apresentarei uma à uma as pole weapons pela
Alabarda por uma razão simples. Elas é uma das mais conhecidas e das mais
discriminadas.
As
alabardas são pole weapons de uso com duas mãos que começaram a ser utilizadas
mais ao final da Idade Média nos séculos XIV e XV, embora as pole weapons
tenham surgido muitos séculos antes. Seu nome vem da junção de duas palavras alemãs:
‘halm’ (pessoal) e ‘barte’ (machado), originando, no moderno alemão ‘Hellebarde’.
É uma arma própria de infantaria embora em especial tenha sido muito mais
utilizada por guardas internos de castelos e palácios ou na defesa de muros e
fortificações. Seu
primeiro uso foi no exército suíço, no século XIV.
A
alabarda é composta de cinco partes. A haste de madeira é sua base e principal
elemento de sua estrutura medindo em média entre 1,50m e 1,80m, mas tendo sido
encontradas alabardas com haste de até 4 metros. Com o tempo essa haste ganhou reforço
de metal para suportar golpes de espadas e machados.
Em
uma das extremidades da haste há uma ponta longitudinal reta e metálica (como
se fosse uma lança). Nesta ponta há duas porções transversais distintas. A
primeira delas é uma lâmina afiada em forma de meia-lua (tal qual um machado), mas
com espessura bem menor já que com um cabo longo e fino, como é o caso da
haste, provocaria quebra dela se tivesse um peso maior. Uma das funções desta
lâmina, além das de combate (que veremos depois) era de proteger a ponta
longitudinal de entrar demais em seu alvo e acabar prendendo, deixando a
alabarda sem utilização após o primeiro golpe. Já o gancho, a outra porção
transversal, é chamado de esporão e é bem menor que a porção da lâmina. Sua
função é bem definida servindo para puxar algo (adversário, arma etc). Com essa
estrutura tripla temos o grande atrativo e importância desta arma – a
versatilidade. Para cada uma delas há uma função específica tanto ofensiva
quanto defensiva. As técnicas de utilização variam conforme a necessidade.
Existem
ainda outras mais duas partes importantes na alabarda. Logo abaixo da estrutura
principal metálica, na extremidade da haste há o chamado ‘Adorno’. Ele serve
para obstruir a passagem do sangue de um alvo atingido e este não deixar a
haste escorregadia. A outra é o chamado ‘Pé’ ou ‘Coronha’. Ele fica na outra
extremidade da haste e pode ser de metal ou mesmo madeira e pode ter a forma
pontiaguda ou rombuda. Nem sempre este pé/coronha está presente na alabarda.
USOS
As
alabardas são extremamente eficazes contra combatentes montados ou usando
armaduras. São vários os métodos utilizados por quem as empunha.
Contra
oponentes montados o guarda pode usar as três peças da alabarda em combate. O
esporão é usado para puxar o cavaleiro de sobre o cavalo. Ao mesmo tempo a
lâmina, quando em uma configuração com suas extremidades mais abertas, poderia
ser utilizada na parte de trás do tornozelo do cavalo para forçá-lo a dobrar a
perna e cair, derrubando seu condutor. Por fim ele pode usar a alabarda para
empalar as montarias simplesmente apoiando o cabo da haste no chão e segurando a
ponta de encontro ao seu alvo.
Já
a curta distância, cerca de um à dois metros, ela tinha menos eficiência. Sua
maior utilização assim era com o uso de sua haste para bloquear ataques com
espadas do adversário ou diretamente contra o corpo do adversário. Para isso
ele poderia se valer da ponta da haste (oposta à ponta de metal) que poderia
ter uma superfície levemente pontiaguda ou rombuda. Uma adaga longa poderia ser
utilizada também em casos de curta distância como arma secundária.
Ainda
temos sua utilização no combate corpo-a-corpo, quando à média distância. Ela,
se utilizada com agilidade, pode proporcionar uma série de variações que
possibilitam desde o desarme de um oponente até sua morte. No vídeo abaixo
podemos perceber as várias utilizações das partes da alabarda em um combate
corpo-a-corpo:
TÉCNICAS
A
técnica básica inicial para uso da alabarda começa com sua empunhadura no meio
da haste, com o polegar apontado para a ponta de lança. A outra mão deve ficar
mais próxima da coronha. Essa posição já possibilita o movimento básico de
guarda da alabarda que consiste em elevar a alabarda acima da cabeça com a
porção da lâmina virada para cima e com a coronha apontada para o adversário ou
projetá-la de ponta, em um golpe vertical, contra o adversário se postada na
linha da cintura. Isso já permitiria um movimento circular para projetar a
lâmina sobre o adversário. Destas posições pode-se variar para um grande número
de golpes e ações.