Pathfinder Segunda
edição
Contos
O Sudário dos Quatro
Silêncios
Capítulo 9: Os Tuneis
Para
Eleukas, os tuneis dos Presas Faiscantes era nada menos que um pesadelo.
Ele
viveu sua vida ao ar livre e no sol quente, seu mundo limitado pela brisa
salgada, o horizonte infinito do porto de Otari e a rica majestade verde de
suas florestas. Aventurar-se no subsolo, onde estava quase dobrado ao meio e
perpetuamente consciente do peso de incontáveis toneladas de terra, parecia-lhe
ser enterrado vivo.
Não
era nem mesmo um túmulo tranquilo. Gristleburst estava certo: os zumbis
enterrados nas paredes eram apenas o começo. Wendlyn desarmou mais de uma dúzia
de armadilhas, variando de espinhos ocultos e lâminas carregadas de molas a
quedas mortais e frascos de gás corrosivo, enquanto eles abriam caminho pelos
túneis dos Presas Faiscantes. Uma vez ela não notou uma cesta de aranhas
venenosas a tempo, e os aracnídeos frenéticos do tamanho de punhos caíram em
suas cabeças, embora pelo menos a maioria das aranhas já tivessem se matado
enquanto estavam presas dentro da cesta.
Eles
nunca viram kobolds, pelo menos não os vivos. Por duas vezes o túnel subiu de
volta à superfície, ampliando-se em fogueiras comunitárias e viveiros de peixes
projetados para captar água da chuva e luz do sol o suficiente para sustentar o
suprimento de comida dos kobolds. No entanto, mesmo aqui, nas antigas pedras
angulares das vidas compartilhadas dos Presas Faiscantes, havia apenas desuso e
decadência. Os prédios pareciam ter sido tão completamente abandonados quanto o
território dos goblins Quebra-Gaivotas, e era difícil não pensar que o motivo
de sua ausência era o mesmo.