“A Vida Secreta do Senhor de Musashi”
é a realidade pura
A cultura nipônica invadiu o ocidente à muito tempo. As nuances do modo de pensar milenar de uma civilização tão rica quanto a japonesa criou uma infinidade de seguidores que ultrapassou os anos. Uma das mais aclamadas características da cultura japonesa foi a honra representada em muitos de seus momentos históricos, principalmente aquela honra demonstrada pelos seus nobres guerreiros. Então é de admirar que este tema tenha uma aceitação tão grande no ocidente.
A obra de Junichiro Tanizaki demonstra a repercussão, aos olhos do ocidente, de temos orientais. Mesmo tendo falecido à quase quarenta anos (1886-1965) suas obras ainda tem chegado às nossas livrarias trazendo a curiosidade própria dos best-sellers atuais. Por isso mesmo que seus livros ganham nova edição atrás de nova edição. E isso não é diferente com “A Vida Secreta do Senhor de Musashi”, lançado pela Companhia das Letras.
A especialidade de Tanizaki nunca foi o romance histórico, mas isso não é notado nessa sua obra. Levando em pauta as regras e as tradições do modo de ser das tradições japonesas, o autor cria um romance recheado de um erotismo cru e sem ser freado por convenções – algo próprio da cultura nipônica.
Nesta obra existem duas novelas. A primeira dá nome ao livro. Nela o autor apresenta a vida de um samurai em pleno século XVI, mas não apenas mais um samurai, e sim um dos grandes samurais da história do Japão. O autor mescla uma forma de escrever baseada num forte lirismo, que contrasta com os momentos cruéis que pautam a vida do personagem. O protagonista vive entre a perversidade e a devassidão, ambos levados ao extremo, ambos pautando sua sexualidade e sua prática política. O autor retorna até a infância do samurai para encontrar as raízes desse mode de ser.
A segunda novela chama-se “Kuzu” e apresenta-se menos violenta, mas não menos repleta de indícios da forma de vida japonesa pautada e formada pelas convenções e tradições. Nela a busca pelo verdadeiro espírito perdido das pessoas do interior rural do Japão.
O que mais chama a atenção nas obras de Tanizaki é que ele trás à tona um Japão real, cru e sombrio. Algo muito diferente do que estamos acostumados ao lermos mangás sobre samurais honrados e altruístas, ou em filmes onde os efeitos especiais sobressaem à realidade do modo de ser dos personagens.
Não é, com certeza, uma leitura para pura diversão. É uma leitura para quem deseja ir fundo na realidade obscura de uma civilização tão diferente quanto distante da nossa.
A obra de Junichiro Tanizaki demonstra a repercussão, aos olhos do ocidente, de temos orientais. Mesmo tendo falecido à quase quarenta anos (1886-1965) suas obras ainda tem chegado às nossas livrarias trazendo a curiosidade própria dos best-sellers atuais. Por isso mesmo que seus livros ganham nova edição atrás de nova edição. E isso não é diferente com “A Vida Secreta do Senhor de Musashi”, lançado pela Companhia das Letras.
A especialidade de Tanizaki nunca foi o romance histórico, mas isso não é notado nessa sua obra. Levando em pauta as regras e as tradições do modo de ser das tradições japonesas, o autor cria um romance recheado de um erotismo cru e sem ser freado por convenções – algo próprio da cultura nipônica.
Nesta obra existem duas novelas. A primeira dá nome ao livro. Nela o autor apresenta a vida de um samurai em pleno século XVI, mas não apenas mais um samurai, e sim um dos grandes samurais da história do Japão. O autor mescla uma forma de escrever baseada num forte lirismo, que contrasta com os momentos cruéis que pautam a vida do personagem. O protagonista vive entre a perversidade e a devassidão, ambos levados ao extremo, ambos pautando sua sexualidade e sua prática política. O autor retorna até a infância do samurai para encontrar as raízes desse mode de ser.
A segunda novela chama-se “Kuzu” e apresenta-se menos violenta, mas não menos repleta de indícios da forma de vida japonesa pautada e formada pelas convenções e tradições. Nela a busca pelo verdadeiro espírito perdido das pessoas do interior rural do Japão.
O que mais chama a atenção nas obras de Tanizaki é que ele trás à tona um Japão real, cru e sombrio. Algo muito diferente do que estamos acostumados ao lermos mangás sobre samurais honrados e altruístas, ou em filmes onde os efeitos especiais sobressaem à realidade do modo de ser dos personagens.
Não é, com certeza, uma leitura para pura diversão. É uma leitura para quem deseja ir fundo na realidade obscura de uma civilização tão diferente quanto distante da nossa.