Outbreak
Undead 2nd Edition
Simule a sobrevivência
de um mundo destruído
“O
mundo foi invadido por mortos-vivos. A humanidade se voltou contra a si enquanto
a sociedade entra em colapso. Você é um desses poucos sobreviventes... e você
tem muitas opções pela frente. Você será um vigilante cruel, saqueando e
fazendo o que for preciso para sobreviver? Ou você fará o melhor que puder para
preservar a civilização, mesmo ao custo de sua própria vida? Assuma o controle
do seu futuro! Lute contra os mortos-vivos e proteja o que é seu! Mas antes disso,
verifique se você tem um plano. Mais importante de tudo, certifique-se de testá-lo.
Caso contrário... seu plano de sobrevivência vai falhar!
Pronto para enfrentar zumbis em
um mundo pós-apocalíptico? Então você está pronto para Outbreak Undead 2nd
Edition, da Renegade Game Studio e Hunters Entertainment, criação de
Christopher J. de La Rosa e um dos vencedores, com sua primeira edição, do
ENnies 2011 na categoria Judge’s Spotlight Awards. Em resumo, não estamos
falando de um ilustre desconhecido ou de um azarão de momento.
Neste RPG somos apresentados à
um mundo onde os zumbis levaram a humanidade à quase extinção e os jogadores
têm de lutar para sobreviver à cada dia. A intenção clara de Outbreak Undead é
mostrar um mundo realmente letal aos jogadores, onde a simulação das
dificuldades possíveis é palpável e transforma esse RPG em uma verdadeira
simulação vívida. Nada de fantasia e heroísmo típico dos filmes e seriados.
Apenas lutar contra todas as probabilidades e sobreviver um dia de cada vez. Este
é um jogo não de feitos, mas para descobrir o quanto seu personagem
sobreviverá!
Por isso o autor o chamam de um
sistema sandbox (caixa de areia), pois não há intenção de ‘construção ou
conhecimento do mundo pré-estabelecido’. O livro apresenta as possibilidades
frente ao eminente fim da humanidade onde qualquer ‘tipo’ e apocalipse zumbi
pode ter acontecido (lento ou rápido, por infestação de zumbis ou contaminação
biológica), em qualquer tipo de ambiente (urbano ou rural, populoso ou isolado,
quente, frio ou glacial) e em qualquer tempo (dias atuais, passado ou
futurista). Isso não importa. O que importa é como sobreviver à este ambiente.
Este não é um jogo de combate contra zumbis. É um jogo sobre escassez de
recursos, de luta contra a natureza e sobre as luta individuais de cada
personagem.
Completando essa intenção de
simular a sobrevivência em um mundo hostil dentro de um conceito ‘sandbox’,
Outbreak Undead faz amplo uso do que chamam de ‘Fortaleza’, a base dos
sobreviventes, o local onde tentam manter, ainda que parcamente, a noção de
humanidade. Esta é uma quebra à rotina de jogos do gênero de sair, enfrentar
zumbis, procurar recursos e pilhar. Aqui explora-se a interação entre os sobreviventes,
os laços pessoais, a tentativa de manutenção da sociedade e suas relações
sociais e econômicas e, quem sabe, conseguir reestruturar a humanidade juntando
outros grupos.
Visualmente temos um livro
muito bonito seguindo o design de um diário montado por algum sobrevivente. É
como se todo o livro fosse composto por anotações, recortes, fotos coladas e
bilhetes grampeados. Isso confere uma estética única e interessante, embora não
totalmente uma novidade já que a primeira edição seguia uma linha semelhante,
sendo o livro uma simulação de um caderno. Tudo tem aparência de sujo ou
improvisado. As imagens fotos e desenhos feitos à mão, às vezes preto e branco,
às vezes coloridos. Pode-se dizer que são 239 páginas que muito me agradam e
tiram aquela mesmice de livros ‘padrão’. A imersão ao cenário é fácil com ele.
Ao mesmo tempo o design das páginas dificulta encontrar informações, que não
estão expostas de forma linear (como na maioria dos livros básicos de RPG).
O sistema é baseado em
porcentagens (dado d100 ou 2d10) onde os dados são rolados contra as perícias
dos personagens e usa-se dados d6 com cores diferentes representam Dano
(vermelho), Depleção (branco), Dificuldade (preto) e Velocidade (azul). Os
personagens possuem quatro atributos – Força, Percepção, Empatia e Força de
Vontade. A criação do personagem leva em conta esse aspecto de simulação, onde
se procura um sobrevivente e não um super-herói. Para montagem da ficha há dois
formatos. Com o uso de quarenta perguntas subjetivas (disponíveis no site da
editora) temos nossos quatro atributos básicos escolhidos e com o uso da idade
decidimos os pontos de gestalt. A outra forma é com a simples distribuição de
pontos (120) entre atributos.
Existem variação nas regras
conforme o tipo de experiência que o grupo deseja. No modo Arcade temos o
conjunto de mecânicas básicas para jogar rapidamente. No modo Weekend Warrior temos
um conjunto de regras que tornam o jogo muito mais realista. No modo Survivalist
as variações tornam seu jogo brutal e desafiante, mais letal e com mais horror.
O interessante é que o livro não trata dos três modos em capítulos separados,
se valendo de um sistema de cores dentro do mesmo texto para deixar claro à
qual modo a informação ou regra está associado – Arcade em verde, Weekend
Warrior em amarelo e Survavilist em vermelho. O mais interessante é que as
regras permitem que você misture os três modos na mesma mesa
Os testes das perícias são realizados opondo os dados de porcentagem, conforme
o tipo de ação (cores diferentes) contra os valores de sucesso da perícia do
personagem frente à uma dificuldade que será modificada devido ao uso ou não de
equipamentos. Esses modificadores são alterados conforme o modo de regras que
está sendo utilizado.
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