Cenários de RPG - 27
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Cenários de RPG - 27
Ordem de Leitura: Guerra Civil II [Marvel]
Guerra
Civil II
[Há spoilers no texto]
A Guerra Civil não é uma
novidade para quem acompanha quadrinhos da Marvel. Um embate entre duas formas
de pensamento sobre a importância dos heróis e de como eles devem atuar na
sociedade já foi argumento para um mega evento na Marvel em 2006. Desta vez, na
Nova e Diferente Marvel, temos um novo dilema agora centrado no embate entre
determinismo e livre arbítrio da natureza do ser humano.
Recapitulando de forma rápida. No
primeiro evento (Ordem de Leitura: Guerra Civil), um grupo de heróis participando
de um reality show sobre captura de vilões provoca um desastre quando o vilão
Nitro desencadeia uma miniexplosão nuclear varrendo todo um bairro (incluindo
uma escola) e causando inúmeras mortes. Como consequência direta tivemos tanto
a opinião pública debatendo limites e responsabilidades dos heróis, assim como
os próprios heróis. Tony Stark (Homem de Ferro) encabeça a ideia de que todos
os heróis precisam conhecidos (identidades reveladas) e treinados com o Ato de
Registro de Super-Humanos. Do outro lado Steve Rogers (Capitão América) que
considera perigoso para muitos a revelação das identidades assim como registro
sobre tutela de um governo ou de uma instituição. Esse embate desencadeia a
Guerra Civil, com heróis tomando posição, saindo e entrando em grupos e
inclusive escondendo-se na clandestinidade.
Não quero dar todos os detalhes
da sara para não estragar a diversão e ninguém. Em pinceladas rápidas a Guerra
Civil II tem a mesma mecânica que sua predecessora – o embate entre concepções
diferentes de realidade. Na onda do surgimento de novos inumanos, deste a
liberação da névoa terrígena (durante a saga Infinity, 2013), temos o
aparecimento de Ulysses Cain, um jovem inumano recém transformado, capaz de
prever o futuro. Quando há um ataque de um Celestial e os Inumanos e Vingadores
se juntam para derrotá-lo, Ulysses confessa que havia previsto aquele ataque e
logo a possibilidade de usá-lo como elemento preventivo de ataques faz o Homem
de Ferro protestar. Dias depois, quando um Vingador é morto (não direi spoiler)
e outro ficou gravemente ferido (também não direi) pelas mãos de Thanos, Tony
Stark descobre que Ulysses havia sido usado prevendo que Thanos deveria ser
detido. Ele promete que ninguém usaria esse poder e sequestra o inumano. E isso
é só o começo...
De um lado temos a Capitã
Marvel, uma espécie de heroína oficial do governo, que sustenta a ideia de usar
a capacidade de Ulysses para prever as ações de pessoas ‘perigosos’ e
preventivamente as impedir. Para ela o risco de uma pessoa inocente presa é
melhor que o risco de centenas ou milhares de pessoas morrendo. Do outro lado
está o Homem de Ferro que se opõe à esta ideia pelo perigo dos erros e de achar
inaceitável não dar o benefício da dúvida antes que alguém cometa realmente um
erro.
A saga levará à uma série de
rachas em equipes e às sagas seguintes – X-Men vs Inumanos e Império Secreto.
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