As Tinturas
As tinturas nada mais são do que as cores aplicada ao campo
do escudo e ao resto do brasão e são elementos fundamentais para sua
compreensão. Se dispuséssemos apenas da forma teríamos uma quantidade muito
limitada de interpretações. Mas com as tinturas – e suas misturas – essa
interpretação aumenta em muito em quantidade.
Eles são compostos por tinturas luminosas chamadas metais (ouro e argenta), por tinturas
escuras chamadas esmaltes (azul,
vermelho, preto, verde e púrpura), tinturas fora do padrão chamadas manchas e os padrões chamados peles (duas principalmente, mas com
muitas variações) normalmente nas cores azul e argenta. Com relação às tinturas
fora do padrão ou manchas, há muito debate e controvérsia. Teóricos como Arthur
Fox-Davies, em sua obra “The Art of Heraldry” (1904), e Charles Boutel, na obra
“English Heraldry” (1867), consideram como manchas apenas o laranja e o
vermelho-sangue (sanguine). Já a
heráldica chamada continental, principalmente a germânica e a francesa, agrega
muitas outras tonalidades às manchas: laranja, vermelho-sangue, murrey (algo
como cor de vinho, também chamado de morano),
marrom (mencionado como cor da terra),
ciano (mencionado como cor da água),
cinza (mencionado como ferro cinzento)
e cor de pele. Ambos, Fox-Davies e Boutel, consideram todos esses tons como
dentro do termo inglês Proper. Para
eles proper seria o tom de qualquer
coisa, viva ou não, em sua coloração natural, devendo ser nomeada desta forma,
salvo em ocasiões onde o objeto tenha mais de uma cor natural.