terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Material de Apoio: Curso de Heráldica III


As Tinturas

As tinturas nada mais são do que as cores aplicada ao campo do escudo e ao resto do brasão e são elementos fundamentais para sua compreensão. Se dispuséssemos apenas da forma teríamos uma quantidade muito limitada de interpretações. Mas com as tinturas – e suas misturas – essa interpretação aumenta em muito em quantidade.

Eles são compostos por tinturas luminosas chamadas metais (ouro e argenta), por tinturas escuras chamadas esmaltes (azul, vermelho, preto, verde e púrpura), tinturas fora do padrão chamadas manchas e os padrões chamados peles (duas principalmente, mas com muitas variações) normalmente nas cores azul e argenta. Com relação às tinturas fora do padrão ou manchas, há muito debate e controvérsia. Teóricos como Arthur Fox-Davies, em sua obra “The Art of Heraldry” (1904), e Charles Boutel, na obra “English Heraldry” (1867), consideram como manchas apenas o laranja e o vermelho-sangue (sanguine). Já a heráldica chamada continental, principalmente a germânica e a francesa, agrega muitas outras tonalidades às manchas: laranja, vermelho-sangue, murrey (algo como cor de vinho, também chamado de morano), marrom (mencionado como cor da terra), ciano (mencionado como cor da água), cinza (mencionado como ferro cinzento) e cor de pele. Ambos, Fox-Davies e Boutel, consideram todos esses tons como dentro do termo inglês Proper. Para eles proper seria o tom de qualquer coisa, viva ou não, em sua coloração natural, devendo ser nomeada desta forma, salvo em ocasiões onde o objeto tenha mais de uma cor natural.