domingo, 13 de agosto de 2017

Seriados na Confraria: Trailer final de Os Defensores

Seriados na Confraria
Trailer final de Os Defensores


Os Defensores estreiam essa semana na Netflix e um trailer final foi lançado. O seriado mostra a reunião de Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punhos de Ferro juntando forças contra um inimigo em comum. A estreia será dia 18 de agosto.


Aqui um pequeno vídeo lançado via Twitter.



Mutantes & Malfeitores - Debatendo Regras: Evolução do Repertório


Mutantes e Malfeitores - Debatendo Regras
Evolução do Repertório

Uma das melhores coisas em se ter um blog é a interação com os leitores e seguidores. Nessas interações as questões referentes á mecânica de Mutantes e Malfeitores são as minhas favoritas e volta e meia surgem coisas muito interessantes que merecem uma atenção à mais. Tentarei transformar essas questões em postagens por sua relevância! Vamos a primeira delas, feita por Matheus Fôlego!


Muito obrigado por essa questão cabeluda! Adoro ter que quebrar a cabeça com esses dilemas. Sendo curto e grosso a resposta para a questão é SIM! Mas vamos tentar esclarecer isso. Só para recordar, baseado na segunda edição, o Repertório é uma construção de poderes onde conceitualmente um poder base possui uma série de PAs subordinados à ele. Sempre que ensinei ou lidei com Repertórios usei a analogia de que conceitualmente os PAs tinham alguma relação com o poder base gerando assim um conceito de poder para o personagem. Um exemplo que podemos usar seria a personagem Tempestade, dos X-Men da Marvel. Ela tem – aparentemente – vários poderes. Um deles seria o controle do ambiente que acabaria gerando os outros: ventos, relâmpagos, chuva, neve, voo e dentro outros vários. Se pensarmos no conceito do personagem todos os poderes listados anteriormente são reflexos (ou resultado) do seu poder base de controle do ambiente. Em última análise ela voa porque tem a capacidade de controlar o ambiente. Aqui temos vários detalhes como ser dinâmico ou não, de possuir o extra de poder Amplo etc. O que importa é entendermos o conceito de Repertório. Tudo fica baseado ao nível do poder base caracterizado pelos pontos de poder gastos para construí-lo.

A dúvida seria de como se dá a evolução desse repertório. Ganhando pontos de poder no decorrer da campanha e com o possível aumento do NP da campanha é lógico que os jogadores desejarão aumentar a capacidade de seus poderes. Com isso o gasto de pontos de poder ganhos se dará de forma encadeada na graduação do Repertório refletido (e refletindo) a graduação do poder base. Complicado? Sim, mas calma.

Vamos explicar como se dá a melhora do repertório que tudo ficará mais simples. A graduação do Repertório reflete a quantidade de pontos possíveis para gastar no poder base e seus PAs. Dessa forma eu só aumento meu Repertório quando tiver pontos suficientes para contemplar o aumento de meu poder base. Exemplo com um repertório qualquer bem simples:

Repertório Controle do ambiente 13 – 26 pontos de poder
Base: Controle climático 10
PA: Voo 10 [Dinâmico]
PA: Raio 6 [Dinâmico]
PA: Controle de Frio 6

O repertório acima tem um custo de 26 pontos de poder (20 pontos para as dez graduações do poder base + 3 pontos por cada PA + 3 pontos por dinamismo/ 2 PAs e o base). Os Poderes Alternativos por regra são poderes que custam apenas 1 ponto de poder (não importa sua graduação, respeitando algumas regras) e que são subordinados à um poder em especial. Quando esses PAs fazem parte de um Repertório eles estão subordinados ao poder base seguindo a mesma lógica. Em nosso exemplo acima os três PAs estão subordinados ao poder base Controle Climático com graduação 10 e nem todos eles estão em sua graduação máxima (10), embora pudessem. Quando da construção desse Repertório de exemplo, Voo foi concebido com 10 graduações enquanto Raio e Controle de Frio foram concebidos com 6 graduações cada – todas essas escolhas pensadas conforme o conceito do personagem.

Primeiramente você pode notar que normalmente é muito difícil de um poder base ter a mesma graduação de Repertório (que por sua vez está limitado pela graduação da campanha) por questão simples de matemática. No exemplo acima, para eu aumentar a graduação de meu poder base para 11 seriam necessários apenas +2 pontos de poder no repertório, elevando sua graduação do Repertório para 14. Se esse aumento não ferir o NP da campanha não haverá problemas.

Voltando à questão central: e como ficam os PAs que eu possuo quando aumento a graduação de meu poder base? A resposta é muito mais simples do que imaginamos. Reli os manuais, olhei alguns fóruns e conversei com um amigo também conhecedor das regras para confirmar minhas conclusões (cuidado nunca é demais). Com o aumento do poder base (até o limite do NP da campanha ou não) os PAs podem ser aumentados até o mesmo limite. Não há qualquer empecilho ou custo para isso. Se houver margem para aumento do PA que não fira a regra de total de pontos gastos por ele em comparação aos pontos do poder base não há problema, visto que isso não se relaciona com custos de pontos. Ao mesmo tempo não há nenhuma obrigação em aumentar as graduações dos PAs ou mesmo aumentar a graduação de apenas alguns dos PAs. Eu usaria a mesma regra que sempre uso em tudo em MM – o bom senso ligado à aventura. O importante é ter uma lógica dentro do background do personagem e da aventura.

Nem sempre, quando da construção de nosso personagem e de seu repertório de poderes, precisamos colocar todos os PAs em seu limite máximo de graduação. Para mim a construção de um personagem é mais a adaptação de um conceito e menos a vontade de criar um personagem ‘matador’. Usando isso como pressuposto, alguns PAs podem sim ter aumento em sua graduação, mas sempre que esses aumentos estiverem ancorados no conceito do personagem e na aventura.

Bons jogos!!