sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Pathfinder Contos - Fortão, o gato aventureiro: Capítulo 2

  
Pathfinder Contos
Fortão, o gato aventureiro

 
Capítulo 2
Fortão corria abaixado pela luminosidade trêmula de algumas tochas. À cada passo ele sentia a umidade e o frio do piso fétido daquelas ruínas, quase na fronteira entre Andoran e Cheliax, junto às Montanhas Aspodell. De pouco em pouco ele parava e aguçava sua audição e faro felinos e então recomeçava a andar. Tinha acabado de tomar uma decisão pelo seu grupo - Eles são demorados e confusos em demasia.

Alguns momentos atrás, quando chegaram à entrada do corredor que parecia o único caminho para seguir naquele labirinto de túneis, todos o acharam muito suspeito. Provavelmente pelos corpos perfurados ou decepados espalhados por toda a extensão do corredor até onde a vista alcançava. Alguns deles claramente muito antigos. Gênios, Fortão pensava ironicamente, desdenhando em silêncio seus companheiros.

Ainda no navio, após se afastarem de Otari, ele escutou o grupo conversando sobre uma boa oportunidade no norte de Andoran, mas dariam uma parada no caminho para averiguar uma história que haviam escutado numa taverna ao longo de sua viagem. Seria um bom começo para a ânsia de Fortão em ser aventureiro e todos estavam muito animados, o que o deixou ainda mais entusiasmado.

Chegar até às ruínas foi fácil, embora tenha levado vários dias de viagem desde o porto de Augustana, no sul, mas tudo correra fácil, mas aos poucos Fortão foi conhecendo seu grupo. Ele se perguntava, depois de alguns dias, como aqueles quatro não haviam se matado logo na primeira aventura. O que eles tinham em coragem, lhes faltava em foco e perspicácia. Perdiam horas debatendo, discutindo ou bebendo, não necessariamente nesta ordem. A esperança dele era que na hora da ação isso fosse diferente.

Não foi.