Caçadores de Abutre
Capítulo 4
Capítulo 4
Grupos e personagens principais
Conto por Júlio Oliveira & Referências por João Brasil
3. Conto do Grupo de Ataque
O capitão da milícia formulava uma ordem, mas de repente, desabou. Duas flechas em sua garganta. Os soldados ficaram pasmos por alguns segundos e os olhares se dirigiram às janelas. Os companheiros encurralados no meio do salão sorriram.
Do alto de uma das janelas a figura de um arqueiro desapareceu como em um pesadelo.
“- Vocês quatro, vão atrás dele” – o capitão estava morto e aparentemente um sargento tomava as rédeas – “e quanto a vocês, ratos, morrerão agora. Homens, sem piedade, mas deixem o mago viver, ele não nos pertence!”
A força de ataque avançou e novamente os caçadores estavam juntos, de costas um para o outro. David protegia o mago na sua frente, e as três mulheres já erguiam as armas. Os soldados da escada desceram-na e os quatro já haviam começado a destrancar a porta principal em busca do arqueiro. As bestas estalaram prontas e então...
Explosão.
A porta dupla que levava ao pátio exterior voou pelos ares. Os guardas que tentavam sair foram abatidos pelos destroços. Mesas viraram e a poeira baixou no ar. Nada podia ser visto.
Mas podia ser ouvido – “Avançar!”
Kron invadiu o salão cavalgando um esplêndido corcel negro. Seu machado descomunal girava por sua cabeça. Ele instigou o animal por cima das mesas e foi direto a massa de milicianos.
- Atirem nele, acabem com essa escória – o sargento berrava evidenciando seu medo. Mas seus homens, mesmo com medo atiraram. Seus ferrolhos de besta voaram em direção ao enorme bárbaro. Mas paravam, a um centimetro de seu corpo, paravam em uma espécie de barreira, uma barreira mágica.
Demien o mago gargalhou alto, e junto com Slider Fastfingers e o elfo Paris, adentraram no salão. Kron já chocara-se com seus inimigos. Seu machado subia e descia ceifando as vidas daqueles malditos seguidores de Ferren. Ele urrava como uma besta, e sua lâmina espalhava sangue por onde passava. Os soldados foram obrigados a largarem as bestas e usarem suas ínfimas lâminas no combate.
Ellizabeth, Lillian e Agatha combatiam os seis soldados, já que estes estavam entrincheirados escada acima. David havia se arrastado com uma mão em seu ferimento e a outra prendendo o mago desmaiado junto a seu corpo.
Slider avançou em um pulo e juntou-se a Kron no combate. De cima de uma das mesas que sobraram intactas ele atacava. Sua capa esvoaçante não parecia incomodá-lo, e às vezes, parecia atacar junto a seu sabre.
Demien caminhou rapidamente e auxiliou David com o mago – “Não tema amigo, seu tormento acabará em instantes.”
Os soldados que combatiam Kron e o gladiador, que agora eram treze, formaram uma frouxa parede de escudos. O misterioso corcel se desfez no ar, e o meio-orc aterrissou confortável pronto para retomar o combate. Os inimigos ergueram escudos e posicionaram suas espadas curtas. Começavam a achar que poderiam derrotar os únicos dois que os combatiam pela superioridade numérica.
Mas novamente eles esqueciam-se do elfo.
Três flechas voaram fatais, cada uma seguida de um grito de dor. Paris usava seu arco com maestria, e com seus disparos a formação dos milicianos se desmanchou prematura. A primeira coluna ficara desfalcada exatamente quando a carga de Kron e Slider alcançava sobre seus alvos.
Paris desviou os olhos do que viria a seguir já puxando outra flecha. Trouxe o braço direito para traz tencionando a corda.
Alguns segundos.
A seta voou, mas dessa vez o alvo foi um dos soldados da escada. Esse, que estava mais acima, usava uma alabarda por cima dos outros guardas para atacar as três caçadoras. O guarda foi atingido no pescoço de raspão, e rapidamente largou a arma e levou as mãos ao corte. Seus olhos procuraram seu algoz instintivamente, e chocram-se com os olhos do elfo um segundo antes do segundo disparo. O guarda tentou gritar, mas seu grito morreu em sua garganta. A flecha acertara seu olho direito. O líquido ocular vazou do ferimento junto a sangue. O soldado convulsionou ainda em pé e tombou mole sobre os três que lutavam mais a baixo, causando assim a distração que as caçadoras precisavam.
Em mais alguns minutos o combate estava acabado. Vinte e quatro mortes. Todas do lado do Conde Ferren Asloth.
"- Como vocês sempre sabem a hora de aparecer?" – Era Agatha, enquanto limpava o suor na testa.
Kron desmanchou sua carranca em algo que podia ser confundido com um sorriso - "pelo cheiro do medo das “QUATRO” donzelas!"
Sorrisos.
"- Logo, mais soldados chegarão, temos de ir" - disse Demien.
"- Slider, você e Paris ajudem David. Eu levo o mago" – o ombroo esquerdo do meio-orc sangrava abundante, em seu corpo mais de uma dezena de cortes podiam ser visto. Sua armadura estava deploravel. Slider tinha um corte na cabeça que atrapalhava sua visão, e Lilian quebrara o braço esquerdo.
"- Venham!"
Ellizabeth se adiantou seguida por Agatha e o resto do grupo. Kron carregava o jovem mago nas costas, seus ferimentos não pareciam atrapalhar sua determinação. Iam em fila indiana, andando mais rapidamente que podiam. Todos suados e fatigados. Cada metro era um quilometro, cada minuto uma hora.
Alcançaram apressadamente a porta da despensa. Agatha tentou abri-la com um solavanco, mas para sua surpresa estava trancada.
“- Soldados invadiram pela porta frontal" – era Lilian do meio da fila – “ande depressa.”
Ellizabeth adiantou-se remexendo no cinto, retirou uma de suas ferramentas e quando começaria seu oficio, foi puxada para traz. Caiu sentada, e antes que pudese saber o que estava acontecendo ouviu um estrondo. Kron havia colocado o mago de lado, e inesperadamente desferiu um encontrão na porta, que caiu ainda inteira no chão do aposento.
"- Não temos tempo pra isso agora irmanzinha, agora andem!"
A guerreira e a ladra adiantaran-se despensa a dentro. Kron ergueu o mago como se não sentisse seu peso, mas delicadamente o colocou sobre os ombros, e as seguiu.
No cômodo, dezenas de prateleiras acomodavam armas, armaduras, uniformes e ferramentas. Uma porta esperava ja aberta na parede de fornte da primeira. Dessa vez, Ellizabeth sorria.
Começaram a seguir pelo pátio em direção aos estabulos.
Ainda nos corredores, Paris e Demien rechasavam os soldados recem chegados. Slider já levara David, e Lilian os seguira. Flechas voavam seguidas impedindo o avanço inimigo.
"- Vá, eu os manterei aqui por mais algum tempo" – disse Paris no intervalo entre um disparo e outro.
"- Como ousa amigo, dei-me essa honra. Sua munição ja esta quase acabando, e alem do mais, ainda tenho um truque na manga" – disse cordialmente o mago.
Paris atirou mais uma flecha e como um raio passou pela porta. Demien encostou-se na parede por um minuto e arregaçou a mangas das vestes. Preparava-se no corredor transversal aos soldados quando ouviu uma ordem do comandante da milicia - "Eles estão fugindo pelo armazem, saiam, temos de dar a volta!"
Era sua deixa.
Sibilou palavras arcanas e virando-se rapidamente fez uma enorme chama voar pelo salão principal. Recitou outro feitiço, e com as pernas movendo-se com o dobro da velociade fugiu em busca de seus companheiros; enquanto o teto de pedra, e o andar superior desabava sobre os soldados.
Era como ele sempre dizia - “Uma bola de fogo era sempre uma bola de fogo.”
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“Nada que uma machadada bem dada não resolva”!
- Kron, sendo sutil ao querer mudar a opinião de alguns soldados.
- Kron, sendo sutil ao querer mudar a opinião de alguns soldados.
O grupo não-urbano, parceiro do grupo de Agatha, é o responsável pelo ataque às forças de Ferren. Ele é verdadeiramente o braço armado dos “Caçadores”. Todas as caravanas ou comboios de interesse de Portsmouth, bem como ações militares, são alvos deste grupo. Minar o governo deste tirano passa por ações que visam enfraquecer a estrutura vigente. Se há uma rota de suprimentos para uma posição militar qualquer, ele passa a ser um alvo. Se existe uma prisão para magos em algum reduto deste reino, é um alvo. Se rotas são necessárias para manter o bem estar do reino de Ferren, então são alvos. Este grupo tem como líder um experiente guerreiro bárbaro meio-orc chamado Kron. Com sua virilidade e seu descomunal machado nenhum combate está encerrado ou perdido antes que ele decida por isto.
Seu grupo conta com três figuras dispares. Paris Lonodar é um elfo ranger que deixou sua terra natal pouco antes da supremacia globinóides esperando retornar um dia. Com a destruição da capital élfica não tem mais motivos para voltar. Seu vasto conhecimento da natureza, adquiridos em não menos de sete décadas de aventuras, o tornam um rastreador valiosíssimo.
Por outro lado Slider Fastfingers é retrato do astro que procura aplausos. Poucos entendem porque ele está inserido nesta luta altruísta, mas todos concordam que é bem melhor tê-lo como aliado.
Por fim, integra o grupo, Demien, um mago. Como a lenha alimenta o fogo da fogueira em noites frias, ele é alimentado pela raiva do que acontece com seus iguais. Espera-se apenas que a raiva não o consuma como a fogueira à lenha.
O Líder
Kron: Meio-orc, Bárbaro 13; CB; DVs 13d12+52; PVs 178; Inic +4; Desloc 12m; CA 26 (10 + 4 Des, + 1 deflexão, + 1 natural, + 9 peitoral de mitral, + 1 talento Esquiva); Agarrar +22, Toque +16, Surpresa +22; Ataque: + 26 corpo-a-corpo (machado, 2d8+20 +1d6 terra 20/x3), Ataque total: +26/+21/+16 corpo-a-corpo (machado enorme) Face/ Alcance 1,5 m/ 1,5 m; Fort +14, Refl +8, Vont +6; For 32 (+11), Des 18 (+4), Con 18 (+4) , Int 10 Sab 15 (+2), Car 12 (+1).
Perícias: Adestrar Animais +6, Cavalgar +10, Conhecimento (natureza) +3, Escalar* +13, Esconder-se* +7, Furtividade* +7, Intimidar +11, Natação* +10, Saltar* +11, Sobrevivência +16, Ler/Escrever; Idiomas valkar. *Foi aplicada a penalidade de armadura.
Talentos: Ataque Poderoso, Esquiva, Trespassar, Trespassar Maior, Usar Arma Exótica (Machado Enorme).
Especiais: Fúria (4/dia), fúria maior, Esquiva sobrenatural, Esquiva sobrenatural aprimorada, Movimento rápido, RD 3/–, Sangue humano, Sentir armadilhas +4, Visão no escuro 18 m.
Equipamento: Peitoral de Mitral +4, Amuleto de armadura natural +1, Anel de Proteção +1, Cinto da Força de Gigante +6, Machado Enorme Elemental (terra) +4.
O Líder
Kron: Meio-orc, Bárbaro 13; CB; DVs 13d12+52; PVs 178; Inic +4; Desloc 12m; CA 26 (10 + 4 Des, + 1 deflexão, + 1 natural, + 9 peitoral de mitral, + 1 talento Esquiva); Agarrar +22, Toque +16, Surpresa +22; Ataque: + 26 corpo-a-corpo (machado, 2d8+20 +1d6 terra 20/x3), Ataque total: +26/+21/+16 corpo-a-corpo (machado enorme) Face/ Alcance 1,5 m/ 1,5 m; Fort +14, Refl +8, Vont +6; For 32 (+11), Des 18 (+4), Con 18 (+4) , Int 10 Sab 15 (+2), Car 12 (+1).
Perícias: Adestrar Animais +6, Cavalgar +10, Conhecimento (natureza) +3, Escalar* +13, Esconder-se* +7, Furtividade* +7, Intimidar +11, Natação* +10, Saltar* +11, Sobrevivência +16, Ler/Escrever; Idiomas valkar. *Foi aplicada a penalidade de armadura.
Talentos: Ataque Poderoso, Esquiva, Trespassar, Trespassar Maior, Usar Arma Exótica (Machado Enorme).
Especiais: Fúria (4/dia), fúria maior, Esquiva sobrenatural, Esquiva sobrenatural aprimorada, Movimento rápido, RD 3/–, Sangue humano, Sentir armadilhas +4, Visão no escuro 18 m.
Equipamento: Peitoral de Mitral +4, Amuleto de armadura natural +1, Anel de Proteção +1, Cinto da Força de Gigante +6, Machado Enorme Elemental (terra) +4.