Contos dos Presságios
Perdidos
Pistas ao luar
A
criatura arrancou a garganta do homem com suas garras, sangue espirrando no
chão da floresta coberto de folhas. Sua massa peluda prendeu o corpo no chão.
Lábios puxados para trás de dentes afiados como uma navalha quando um rosnado
baixo de serra retumbou fundo na garganta da coisa.
Inclinando-se,
a cabeça do lupino farejou o pescoço pulsante de sua vítima. Então a besta
jogou a cabeça para trás, a espinha arqueando. Seu uivo estridente dividiu o ar
frio da noite.
“AWOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!”
“Archie?
Archie, pare! Archibol Frigasson, Terceiro!”
O
uivo da criatura parou abruptamente. Ele piscou, olhando ao redor em confusão.
“Goria...
o quê?”
“Pare.
Pode haver mais bandidos, seu idiota. Acalme-se.”
Archie
pigarreou. “Ah. É claro. Me desculpe. Eu me empolguei bastante.”
Archibol
levantou-se com cuidado. Ele não era particularmente alto, mas seus ombros
largos e braços grossos lhe davam uma qualidade desajeitada. Seu pelo cinza
brilhava quase branco à luz da lua cheia. Por um momento, ele olhou para as
mãos encharcadas de sangue com admiração, então piscou. Ele se agachou e puxou
a capa do homem morto, juntando tecido suficiente para começar a limpar
meticulosamente suas garras e pelo.