terça-feira, 9 de março de 2021

Contos dos Presságios Perdidos - Pistas ao luar

  
Contos dos Presságios Perdidos
Pistas ao luar

 
A criatura arrancou a garganta do homem com suas garras, sangue espirrando no chão da floresta coberto de folhas. Sua massa peluda prendeu o corpo no chão. Lábios puxados para trás de dentes afiados como uma navalha quando um rosnado baixo de serra retumbou fundo na garganta da coisa.

Inclinando-se, a cabeça do lupino farejou o pescoço pulsante de sua vítima. Então a besta jogou a cabeça para trás, a espinha arqueando. Seu uivo estridente dividiu o ar frio da noite.

AWOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

Archie? Archie, pare! Archibol Frigasson,  Terceiro!

O uivo da criatura parou abruptamente. Ele piscou, olhando ao redor em confusão.

Goria... o quê?

Pare. Pode haver mais bandidos, seu idiota. Acalme-se.

Archie pigarreou. “Ah. É claro. Me desculpe. Eu me empolguei bastante.

Archibol levantou-se com cuidado. Ele não era particularmente alto, mas seus ombros largos e braços grossos lhe davam uma qualidade desajeitada. Seu pelo cinza brilhava quase branco à luz da lua cheia. Por um momento, ele olhou para as mãos encharcadas de sangue com admiração, então piscou. Ele se agachou e puxou a capa do homem morto, juntando tecido suficiente para começar a limpar meticulosamente suas garras e pelo.