domingo, 28 de fevereiro de 2010

Preconceito X Diversão, dois comentários

Preconceito X Diversão – Um comentário
Dois posts me chamaram a atenção esta noite. No primeiro deles, do RPG Pará, eram levantados os temas da falta de jogadoras do sexo feminino no mundo do RPG e a dificuldade de jogadores masculinos interpretarem personagens femininos. O segundo post que me chamou a atenção foi uma respostas do blog Cavaleiros das Noites Insones.

Bom, não tenho a pretensão de dar uma ‘resposta’ para os posts. Quero apenas opinar e fazer uns comentários.

Mulheres no RPG

Desde que comecei a jogar RPG, nem sei quantos anos fazem isso (dezesseis ou dezessete anos) sempre tive o enorme interesse de difundir ao máximo sua prática. Desde o colégio, a faculdade e por qualquer lugar que eu fosse eu sempre tinha um dos manuais básicos na mochila para jogos relâmpagos ou para instruir alguém.

Com essa visão eu nunca descriminei as mulheres da prática do RPG – lógico, já que eu queria cada vez mais gente jogando. Mas sempre esbarrei numa barreira quase intransponível – o interesse feminino.

As meninas se interessam pouco por RPG, quando lhes é apresentado de uma forma rápida. Diferente dos meninos, que pelo simples mencionar da temática do jogo já ficam interessados. Sempre percebi – e tive testes longos e comprovadores com minha esposa, filha e outros parentes – que para atrair o interesse delas era preciso muito mais do que somente dizer “é um jogo legal onde a gente interpreta personagens em aventuras incríveis e fantásticas!”

Mas, quando se tinha a possibilidade de uma investida mais longa, apresentando um jogo onde elas pudessem assistir uma seção, explicar pormenorizadamente as regras e a dinâmica do jogo, muitas delas acabavam por ingressar nesse mundo maravilhoso do RPG.

E isso era uma vantagem tremenda.

Mulheres num grupo de RPG é algo gratificante. Primeiro porque uma das características que mais me agradava é que elas ‘compareciam’ aos jogos marcados. Raramente tive faltas injustificadas em minhas seções.

O segundo que temos com a presença de mulheres num grupo de RPG é que elas impõe uma dinâmica diferente ao correr do jogo. E quando isso não acontece, elas conseguem, pelo menos, influenciar a dinâmica do grupo como um todo. Saímos do simples ‘pilhar por XP’ para ‘interpretação e investigação’. Elas dão a possibilidade do grupo pensar em formas diferentes de se chegar aos resultados procurados.

Além disso, elas adoram interpretar seus personagens chegando à extremos de preciosismo. Suas interpretações são divertidíssimas e ricas de detalhes. O sentido interpretativo, para elas, é o ponto fundamental dentro do jogo. Teve uma vez que mestrei para um grupo de quatro meninas e um rapaz uma aventura de GURPS ... nunca rimos tanto com as interpretações, sem perder o sentido do central do jogo.

Homens interpretando mulheres

Esse ponto é um pouco mais complexo e acho que não existe uma reposta completamente satisfatória. Ao meu ver passamos por dois pontos centrais.

Primeiramente. O RPG é um jogo que inegavelmente atrai muito os jovens. A média de início, para os rapazes, gira em torno dos quinze anos. É uma época de afirmação de gênero (questão sexual) perante o grupo ao qual pertencem. Vamos imaginar a situação – você, frente a frente com seus amigos, num jogo ‘sério’ de RPG e você interpretando uma elfa peituda. Na cabeça desse jovem seria preferível morrer empalado. Não podemos criticá-lo. Os jovens dessa idade passam muito por isso, à todo o momento.

Indo além. Isso pode (olhem bem que é só uma possibilidade) acabar por criar um paradigma vicioso da situação. Ou seja, por costume eles não interpretam ou se sentem incomodados com a interpretação de personagens femininos.

O segundo ponto, e que influência muito, é a dificuldade de jogadores masculinos interpretarem seus personagens. Isso não é uma regra, mas é algo observável no geral. Jogadores homens preferem gastar menos esforço na interpretação do que na descrição de suas ações. É só pedir para um deles interpretar um gago, por exemplo. Depois teste pedir para o mesmo jogador descrever os golpes ou manobras realizadas no combate.

Conclusão

Esses dois temas são e serão recorrentes. Quem sabe enquanto existir RPG existirão esses ‘problemas’. Mas não podemos simplesmente considera-los preconceitos. No máximo podemos classifica-los como características que os jogos de RPG acabam por deixar afloradas.
Com um pouco de observação, perspicácia e esforço de mestres e jogadores, podem não passar apenas de fases.

The Guild, agora em quadrinhos

The Guild: a união entre quadrinhos e RPG


Boas ideias surgem à todo o momento. Boas ideias que viram sucesso e são de qualidade são bem mais raras. Esse é o caso de The Guild. Para quem não conhece The Guild é uma série de episódios, em forma de vídeo, (procure noyoutube) contando a vida de seis pessoas normais, que não se conhecem, mas que juntas, em um RPG online formam o grupo de aventureiros “Knights of Good”

Essas pessoas simples - Cyd Sherman, Herman Holden, Sujan Balakrishnan Goldberg, Clara Beane, Simon e Tinkerbella – quando conectadas assumem os papéis de Codex, Vork, Zaboo, Clara, Bladezz e Tinkerbella em um maravilhoso mundo de fantasia cheio de aventuras.

A série é um sucesso desde sua criação em 2007 por Felicia Day e foi premiado mais de uma vez pelo South by Southwest. Ela mostra a vida dos personagens, em suas aventuras, e a vida de quem os controlam.

Com todo esse sucesso The Guild chega agora aos quadrinhos, pela Dark Horse, sendo lançado em Março próximo (nos Estados Unidos por enquanto). Segundo informações a série em três episódios quadrinizados mostrará fatos anteriores ao início do seriado eletrônico do youtube.

Miniaturas Sci-fi

Grande Miniatura - Patrulha Estrelar

Desta vez trago uma miniatura em escala bem maior que as anteriores. A escala deste caça do Macross é 1:48, ou seja, uns vinte centímetros de comprimento. Vocês verão que é bem mais fácil de montar miniaturas deste tamanho nom que diz respeito à estrutura dela, mas os detalhes também ganham uma certa complexidade. A dificuldade é mais ou menos a mesma. O modelo é o básico VF-4. Faça o download AQUI!