terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Pathfinder Segunda edição - Contos - O Sudário dos Quatro Silêncios - Capítulo 4: A Maldição do Apostador


  
Pathfinder Segunda edição
Contos
O Sudário dos Quatro Silêncios

  

Capítulo 4: A Maldição do Apostador
 
Dois dias depois, eles foram para a pensão de Lisli, um barraco sem janelas rio abaixo que cheirava a peixe podre e lixo abandonado. Wendlyn não esperava que Osgrath estivesse vivendo no luxo, mas ainda estava chocada ao descobrir que o lugar estava tão ruim quanto era. Ela nem tinha percebido que Otari tinha acomodações tão sombrias.

Osgrath estava esperando por eles lá dentro, não muito mais sóbrio do que na primeira reunião. Seu quarto era um dos únicos dois na cabana; o outro parecia estar vazio. A única mobília à vista era uma pilha de roupas sujas que pareciam servir de cama para o homem.

Wendlyn contornou a pilha de roupas e encostou-se no pedaço de parede de aparência mais segura que pôde encontrar. “Por que você não nos conta um pouco mais sobre esse fantasma?

Certo. Certo.” Osgrath tirou do bolso uma garrafa de cerâmica suja e deu um gole. Mesmo sendo Wendlyn quem lhe fez a pergunta, ele dirigiu sua resposta a Lisavet.

Wendlyn não ficou surpresa. Desde crianças, as pessoas mostravam à irmã mais nova uma deferência e respeito que raramente lhe davam. A princípio, Wendlyn presumiu que era porque Lisavet, sendo humano, parecia mais velha e mais respeitável desde a juventude. Mais tarde ela percebeu que não era isso; Lisavet apenas irradiava uma autoridade inata que as pessoas sentiam e respondiam. Ela nem parecia perceber que tinha feito isso.