Estréia de Terra Nova
(cheia de spoilers)
Hoje
estreou na Fox o novo seriado de ficção e uma das grandes apostas do ano –
Terra Nova. Ele já começa com uma grande badalação devido à um dos componentes
de sua equipe de produção. Ninguém menos que Steven Spielberg (“Star Wars”).
Em
um mundo condenado pela poluição e pela depredação do homem a humanidade esta
condenada. É o ano de 2149. Uma das únicas saídas encontrada é a criação de uma
colônia humana num passado remoto da humanidade. Terra Nova é a colônia humana
num passado milhões de anos no passado, em pleno período jurássico. Para este
período são enviados grupos regulares de colonos. O seriado inicia com o décimo
grupo de colonos, do qual os protagonistas fazem parte.
Aqui
começa o primeiro ponto interessante. A maior dor de cabeça das produções que
brincam com viajem no tempo são os paradoxos e incoerências que podem
acontecer. Isso não acontece aqui por uma saída bem bolada. Rapidamente foi comentado
no meio do primeiro episódio que foi descoberto algo com uma brecha temporal
que quando usada enviava para um outro fluxo de tempo. Ou seja, eles voltaram
no tempo para uma ‘outra realidade’ ou algo parecido com uma ‘realidade
paralela’. Eles tomaram o cuidado para deixar isso claro logo de saída para não
começarem a escutar as críticas.
O
enredo parece ancorado em dois pontos que parecem estar interligados. O
primeiro deles é o clássico antagonismo já visto em seriados como “Lost”. O
grupo de colonizadores possui um grupo de antagonistas. O ‘outros’ de J.J. Abrams
recebem aqui o nome de ‘sextos’ fazendo referência ao sexto grupo de colonos
enviado para Terra Nova e que se separam da colônia principal por motivos pouco
fundamentados. O que é dito é que eles teriam contrabandeado armas e teriam
alguma intenção de tomar o controle, mas isso não me pareceu sério. Não é muito
bem explicado esses motivos e com certeza isso já é preparação para arcos
futuros e novas temporadas. Um elemento agregado à este é a preocupação de como
eles chegaram ali com armas e se isso foi alguma espécie de conspiração do
futuro. Como junto de Spielberg estão trabalhando três ex-produtores do seriado
“24 Horas” é bem possível que tenhamos alguns pontos de conspiração!
O
segundo elemento do enredo são as misteriosas inscrições que estão feitas em
rochas perto de uma cachoeira. Elas lembram muito mapas astronômicos ou coisas
do gênero. No final do segundo episódio fica-se sabendo que eles foram feitos
pelo filho do comandante Taylor – chefe da colônia – que desapareceu à muito
tempo tentando mandar avisos ao pai , demonstrando que ele não desapareceu de
verdade, mas que ele saiu da colônia por livre e espontânea vontade. O que
seriam? Outra civilização? Outra raça? Extraterrestres? Com Spielberg tudo é
possível!
Um
terceiro elemento, mas que deve estar ligado aos outros dois, é um detalhe que
o comandante Taylor conta ao protagonista, Jim Shanon. Taylor foi o primeiro a
atravessar o portal e chegar à esta época, e que o mesmo grupo que estava com
ele, embora tenha parecido para eles que foram alguns segundo de viajem, foram
na verdade 118 dias de espera para Taylor. O que teria acontecido neste intervalo?
Os
efeitos visuais ainda não foram testados ao máximo. Tivemos algumas amostras
das externas com incríveis paisagens. A Terra do futuro pareceu muito com o
mundo de Blade Runner, mas como não era o foco central do seriado não era de se
esperar que eles caprichassem muito. Os dinossauros estão muito realistas
embora tenham sido mostrados apenas três tipos.
Acho
que podemos esperar boas coisas desse seriado. Eles têm muitos elementos que
podem ser abordados e gente competente. Os dois primeiros episódios dão a
tônica do que esperar – ação, suspense, intriga e muitos sustos!