domingo, 8 de novembro de 2009

Estréia de Seriado

“V”, o remake que busca o
sucesso dos anos oitenta


Esta semana estreou no canal ABC, nos Estados Unidos, o remake da famosa série de televisão “V” (1983), criada por Kenneth Johnson (criador também dos seriados “Homem de seis milhões de dolares”, “Mulher biônica”, “Incrível Hulk” e “Alien Nation”). Com um sucesso estrondoso por todos os canais por onde passou, pelo mundo, “V” criou uma legião de fãs.

Quando foi lançada, originalmente, enquadrou-se num filão que estava engrossando desde os últimos anos dos anos oitenta – a ficção-científica. Filmes como “2001, uma odisséia no espaço”, “Star Wars”, “Blade Runner”, os filmes da série “Star Trek” e seriados como “Galatica”, a série vinha com a grande missão de trazer um tempero novo à junção televisão-ficção.

O seriado trazia, como enredo, a chegada de uma raça alienígena à Terra em cinqüenta naves gigantescas para uma interação pacífica. Com aspecto humano os alienígenas provocaram um impacto pequeno, e com uma grande diplomacia mostraram-se perfeitos na conquista da confiança. De início, vencida a desconfiança dos humanos, a interação corria rapidamente. Mesmo assim haviam os céticos que diziam-se preocupados com uma chegada tão pacífica de povo tão poderoso. Mas, aos poucos, tudo muda. A interação começa a tornar-se uma ocupação gradual – primeiro psicológica, depois oficial. Alusões ao nazismo (ferida ainda recente para o mundo dos anos oitenta) foram introduzidas nas formas das pichações do símbolo “V” em vermelho como meio de propaganda oficial. Além disso, uma verdade desagradável começa a surgir em alguns pontos – eles não tinham a aparência humana, tendo, na verdade um aspecto de réptil. Isto é mais do que suficiente para o surgimento de uma resistência.


Neste remake, recém lançado, a idéia geral permanece mas, com alterações apenas de personagens e na ordem de alguns acontecimentos. Outra mudança, estimulada pelo momento histórica, é que não se faz alusão mais ao nazismo, e sim ao terrorismo.

Como personagens temos, nesta versão, Erica Evans (no lugar de Julie Parrish), interpretada por Elizabeth Mitchell (“Lost”). Ela é uma agente do FBI que trabalho na prevenção de ataques terroristas. Ela mantém a mesma atitude de cuidado e desconfiança frente os alienígenas que a personagem do seriado original. Ela tem um filho, Tyler, interpretado por Logan Huffman. Ele agrega elementos de três personagens do original (Robin, Daniel e Sean): ele se interessa por uma alienígena e em função disso ele se une a um programa dos visitantes o qual tem o objetivo de “divulgar sua cultura aos terráqueos”. Além disso, ele é filho da heroína da história, portanto, poderá no futuro exercer a função de Sean.

O personagem Mike Donovan é subsituido pelo padre Jack Landry, interpretado por Joel Gretsch (“Lei e Ordem”). Cético desde a chegada dos alienígenas ele mantém-se sempre contra os invasores suando sua câmera de vídeo na tentativa de flagra-los em situações que os desmascarem. Posteriormente ele ingressará na guerrilha de resistência humana.

A personagem Diana é substituída por Anna, interpretada pela brasileira Morena Baccarin. Alienígena, ela será possuidora de um rosto bonito, de uma mente maquiavélica e de um poder de manipulação desconcertante.

O papel de Eleanor Dupres será substituída por Chad Deckker, interpretado por Scott Wolf (“21” e “ Everwood”), repórter que começa uma aproximação com os alienígenas por interesse.

Para encerrar temos a alienígena Lisa, interpretada por Laura Vandervoort (“Smallville”) que terá a mesma função de Brian (interpretado originalmente por Robert Englund, o Freddy Krugger), na série original, onde se apaixonará por um humano.

Por todos estes elementos a série estreou com nada menos do que quase quatorze milhões de telespectadores. Serão quatro episódios este ano (o piloto, apresentado no último dia 5 de novembro, e mais três). O resto ficará para 2010. Pelo episódio piloto podemos verificar que a série seguirá uma dinâmica inaugurada pelo seriado “24 horas”, com clímax constantes e eventos com efeito dominó. Isso é necessário pois, como a história já é conhecida, eles precisam de novos elementos para prender o público.

Mas algumas críticas foram levantadas para o piloto da série.

Primeiro, o ritmo alucinante de piloto, com acontecimentos rápidos e com pouco desenvolvimento. Muitos fãs da série original ficaram descontentes com tamanha velocidade. Vi uma analogia muito interessante para isto em um blog: “esse piloto parece feito para os usuários do Twitter, com 140 caracteres para dizer tudo o que é preciso”.
Segundo, o excesso de clichês para a construção dos personagens principais: mãe trabalhadora e sem tempo para o filho; o filho adolescente rebelde; o padre que vai contra o normal de outros de sua situação; o jornalista que deseja tirar proveito próprio.

Ainda é pouco para saber se emplacará com um grande sucesso ou se será apenas mais uma série.

2 comentários:

CoLoRaDo disse...

Bah ta ai um seriado que curtia muito na época de guri, acho que passava no sbt se não me engano, bah valeu João pela dica!

CoLoRaDo disse...

Alias cara vou "floodar" e te dizer que sou eu tchê o Dani, muito legal teu blog, abraço no Marcelo e o Andre aew!