A última quinta-feira foi marcada pela perda de um verdadeiro ícone da literatura mundial, pelo menos para mim. Minha adolescência foi marcada por alguns livros que tive o privilégio de ter contato: “O Estrangeiro”, de Albert Camus; “Contos”, de Tchekov; “Werther”, de Goethe; “1984”, de Orwell; até mesmo as obras completas de Conan Doyle e seu Sherlock Holmes. E junto à todos eles estava “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J.D.Salinger.
Escritor de características simples e linguagem fácil e rápida de ser absorvida, Salinger viu a fama com esta obra lançada em 1951 e claramente influenciada pelo período em que esteve na II Guerra Mundial. Em sua celebre obra, Salinger narra a descoberta do jovem Holden frente a adolescência em um Estados Unidos que era impactado de um lado pela incrível evolução e crescimento pós-guerra, de outro por uma sociedade que recusava-se à acompanhar essa evolução em sus forma de pensar. Nascido em Manhatan e faleceu ao 91 anos em New Hampshire.
Num período em que temos acesso cada vez maior à uma inundação de obras, onde a qualidade não acompanha essa quantidade, a perda de um escritor tão representativo só deve ser lamentada.
No site do jornal Estado de São Paulo online, alguns escritores brasileiros deram sua opinião sobre Salinger:
RUTH ROCHA, escritora - "Ele foi um autor muito importante, porque conseguiu chegar perto dos adolescentes. Ao fazer seu romance com muita espontaneidade, de forma muito automática, ele conseguiu aquele ritmo, o que deu a ele um sucesso incrível. Eu não tenho muito para falar sobre ele porque li seu romance há muitos anos, e não era mais adolescente. Ou seja: não sofri aquele impacto".
JORGE MAUTNER, músico, filósofo e escritor - "O livro dele influenciou muita gente. É meio zen-budista, e isso marcou muito. O zen já aparecia no existencialismo e no movimento beat, mas ele deu uma forma tipicamente norte-americana a essa leitura e criou um certo mito em torno dele próprio. Esse livro andava de mão em mão nos anos 60".
MARÇAL AQUINO, escritor - "Ao contrário da maioria, gosto do Salinger contista. Devo ser um dos pouquíssimos leitores, escritores ou não, que não curtem O Apanhador no Campo de Centeio, talvez por tê-lo lido tardiamente, quando já tinha vinte e pouco anos. E, no fundo, acho uma lástima que esse livro seja tão cultuado a ponto de praticamente impedir que as pessoas conheçam outras obras de Salinger, como o esplêndido Nove estórias, que mostra que ele foi um dos grandes mestres da narrativa curta.
FAUSTO FAWCETT, músico e escritor - "Eu gosto da mitologia que ficou cravada a partir da narrativa do livro O Apanhador no Campo de Centeio, ligada à estranheza do adolescente, da juventude americana. Passei a vida inteira ouvindo falar do livro, o que criou esse fascínio pela mitologia, muito mais do que pelo conteúdo do livro".
Escritor de características simples e linguagem fácil e rápida de ser absorvida, Salinger viu a fama com esta obra lançada em 1951 e claramente influenciada pelo período em que esteve na II Guerra Mundial. Em sua celebre obra, Salinger narra a descoberta do jovem Holden frente a adolescência em um Estados Unidos que era impactado de um lado pela incrível evolução e crescimento pós-guerra, de outro por uma sociedade que recusava-se à acompanhar essa evolução em sus forma de pensar. Nascido em Manhatan e faleceu ao 91 anos em New Hampshire.
Num período em que temos acesso cada vez maior à uma inundação de obras, onde a qualidade não acompanha essa quantidade, a perda de um escritor tão representativo só deve ser lamentada.
No site do jornal Estado de São Paulo online, alguns escritores brasileiros deram sua opinião sobre Salinger:
RUTH ROCHA, escritora - "Ele foi um autor muito importante, porque conseguiu chegar perto dos adolescentes. Ao fazer seu romance com muita espontaneidade, de forma muito automática, ele conseguiu aquele ritmo, o que deu a ele um sucesso incrível. Eu não tenho muito para falar sobre ele porque li seu romance há muitos anos, e não era mais adolescente. Ou seja: não sofri aquele impacto".
JORGE MAUTNER, músico, filósofo e escritor - "O livro dele influenciou muita gente. É meio zen-budista, e isso marcou muito. O zen já aparecia no existencialismo e no movimento beat, mas ele deu uma forma tipicamente norte-americana a essa leitura e criou um certo mito em torno dele próprio. Esse livro andava de mão em mão nos anos 60".
MARÇAL AQUINO, escritor - "Ao contrário da maioria, gosto do Salinger contista. Devo ser um dos pouquíssimos leitores, escritores ou não, que não curtem O Apanhador no Campo de Centeio, talvez por tê-lo lido tardiamente, quando já tinha vinte e pouco anos. E, no fundo, acho uma lástima que esse livro seja tão cultuado a ponto de praticamente impedir que as pessoas conheçam outras obras de Salinger, como o esplêndido Nove estórias, que mostra que ele foi um dos grandes mestres da narrativa curta.
FAUSTO FAWCETT, músico e escritor - "Eu gosto da mitologia que ficou cravada a partir da narrativa do livro O Apanhador no Campo de Centeio, ligada à estranheza do adolescente, da juventude americana. Passei a vida inteira ouvindo falar do livro, o que criou esse fascínio pela mitologia, muito mais do que pelo conteúdo do livro".
2 comentários:
Não sei se foi mesmo uma grande perda, uma vez que o cara não escreveu nada depois do Apanhador... O cara nem vida social tinha.
É verdade... ele ficou muito tempo recluso, não escrevendo nada depois da década de 60... Mas escreveu muitos contos naquela época!!!
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