terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Material de Apoio - Lâminas 30

Material de Apoio - Lâminas
- Espadas -

ESPADAS RENASCENTISTAS – As Rapiers II

Como já tivemos a oportunidade de ver na postagem anterior, as rapiers trouxeram uma série de modificações e evoluções para o universo das espadas. Rapidez, precisão, leveza e técnica. Tudo aumentando em muito a letalidade e a velocidade dos combates.

Mas as modificações não estiveram restritas à mão que empunha a rapíer. O aumento da velocidade obrigava aos espadachins serem muito mais ágeis e, para isso, tinham de estar ‘leves’. Os espadachins que empunhavam as rapiers deixaram de lado as pesadas armaduras de placas. Seria impossível realizar qualquer tipo de movimento – principalmente os velozes – com toda aquela proteção. Não usavam mais os escudos pelas mesmas razões. Mas então os espadachins que se valiam da rapier para lutar não tinham nenhum tipo de proteção ou auxílio? Claro que não.


Com a velocidade dos combates acelerada ao extremo e a criação e utilização de um sistema de combate próprio para as características desta nova arma, todo um sistema auxiliar foi criado, ou melhor, aperfeiçoado, pára ser utilizado com a rapier. Opções tiveram de ser criadas para trabalhar juntamente com a rapier. As três formas utilizadas na segunda mão (ou mão-livre) foi um punhal, um broquel ou uma capa.

De todos o mais comum foi o punhal. O motivo é simples. Praticamente todos tinham um punhal na cintura para afazeres do dia a dia. Ele era usado com a ponta para cima e com a proteção da empunhadura ‘de lado’ com a intenção de desviar a lâmina do adversário (algumas proteções de empunhadura eram feitas com a forma particular que propiciasse prender a lâmina adversária). Além disso, a preferência por esta espécie de proteção vinha da possibilidade de ser utilizada como uma segunda arma no combate.


A capa (ou um manto) servia, se usado com técnica, tanto para defender quanto para atacar. Era uma forma prática também de defesa pois na época quase que a totalidade dos homens usava uma como peça fixa de sua vestimenta. Com perícia o espadachim poderia enrolá-la – uma volta normalmente - em seu braço deixando uma parte solta dependurada a partir da segunda mão. Assim o esgrimista poderia usa-la para enrolar na lâmina do adversário ou para, num movimento de chicote, lança-la contra o rosto do oponente.

O broquel – escudo de pequenas dimensões preso ao braço do esgrimista – era o menos utilizado pois requeria ser preso e por não estar disponível nas maioria das vezes.

Qualquer uma das três opções serviam para a defesa no sentido de retardar o ataque adversário, possibilitando uma resposta mais rápida do contra-ataque.

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