domingo, 24 de janeiro de 2010

Tormenta RPG - Perguntas e Respostas

Mais Perguntas e Respostas
sobre Tormenta RPG - Parte V

Respostas por Cassaro e Guilherme
Observação: perguntas e respostas retiradas do Fórum Jambô e organizadas pela Confraria

Arsenal era primeiro um clérigo e depois se tornou guerreiro?

Cassaro: Arsenal foi derrotado em Tormenta D20. Ele não existe em Tormenta RPG. Ainda.


Foi dito que não haverá mais Talentos regionais no novo Tormenta. Haverá algum tipo de substituto a eles, mostrando as diferenças que há entre cada um dos reinos?

Cassaro: Não haverá descrição dos reinos no livro básico. Logo, não haverá mecânicas para diferenças entre nativos de cada um.


No novo livro haverá novos PdM's, ou apenas releituras dos antigos?

Cassaro: Isso ainda não é certo. Talvez um pouco de ambos.


E algo que imagino estar fora do contexto, mas é uma dúvida pessoal. Existe algum plano para comemorar os 10 anos de Holy Avenger? Talvez mostrar como os personagens estão após esse tempo, ou uma aventura usando-os?

Cassaro: Não que eu saiba.


Deixa ver se eu entendi: se eu me tornar multiclasse, não irei adquirir as perícias da segunda classe??

Cassaro: Não.


Até onde eu entendi só se for uma classe que dê mais perícias que a anterior. Ex: Guerreiro > Ladino.

Cassaro: Não. Você fica só com as perícias da primeira classe, mesmo que a classe seguinte tenha mais.


Realmente não entendi direito essa regra de "perícias treinadas", e quero entender melhor esse esquema da multiclasse, porque é meio bizarro você pertencer àquela classe, possuir os poderes dela, mas não as perícias...

Cassaro: Você tem graduações igual a seu nível +3 para perícias treinadas, e metade disso para não-treinadas. Novos poderes são ganhos por nível. Novas perícias, não. Elas apenas melhoram por nível. Não haverá mais penalidades de XP para multiclasse, mas ninguém disse que não haverá outras inconveniências.


DEBATE: Perder 3 bases de ataque pra adicionar 10 ao dano é um lixo, sinceramente. Os guerreiros já eram fracos, agora serão uma porcaria.

Cassaro:
Te lembra que, dos quatro ataques que um combatente de nível alto faz, o terceiro tem uma penalidade de –10 (!) e o quarto uma penalidade de –15 (!!!). Esses ataques normalmente não acertavam mesmo, serviam só pra atrasar a rodada.

REPLICA: Discordo. Tomarei por base a CA dos próprios NPC's do cenário. Aleph CA 12
Andrus CA 21
Arkam CA 17
Black Skull CA 22
Camaleão CA 19
Dee CA 18
Gaardalok CA 19
Um guerreiro de 16° nível seria capaz de acertar quase todas as Bases de ataque nesses npcs.
base de ataque 16 + 4 (for) + 3 (arma) +1 (foco em arma) = 24 / 19 / 14 / 9.
Na última base de ataque ele teria uma chance de aproximadamente 50% de acertar uma CA 20. Isso levando em consideração apenas uma arma +3. E mesmo assim, levando em conta que acertasse apenas as 3 primeiras, só de bônus de força ele já causaria mais dano (+12 segurando com as duas mãos, se tiver força +4), bônus que ele não teria nem no 20° nível. Sinceramente, é estranho. Enquanto todos pediam para nerfar as classes conjuradoras, vocês prejudicaram justamente as mais fracas.

Nova respostas do Cassaro: Ainda hoje o usuário Yoh quis usar Arsenal como exemplo de personagem multiclasse com mais perícias. NPCs antigos, feitos com regras antigas, não servem para justificar as regras novas. Por exemplo, todos esses personagens, feitos em Tormenta RPG, somam metade de seu nível à Classe de Armadura. Logo, todas as CA que você usou estão erradas.

Resposta do Guilherme: Um pouco tendencioso pegar um livro escrito em 2004, não? As regras mudaram (conforme mais livros ficaram disponíveis) e o próprio entendimento dos autores (e de todos os jogadores, na verdade) também mudou. Compara com as classes de armadura de alguns PdMs do Contra Arsenal, um livro de 2009:
Mestre Arsenal: CA 35.
Kelandra: CA 29.
Rhaokanarllion (é um dragão, por isso o nome esquisito): CA 31.
Myrtano: CA 29.
Jarrod: CA 23.
Genna: CA 26.
Ydion: CA 39...

Quanto a isso [Sinceramente, é estranho. Enquanto todos pediam para nerfar as classes conjuradoras, vocês prejudicaram justamente as mais fracas], sinceramente, não te preocupa. A questão do desequilíbrio conjuradores/não-conjuradores não foi ignorada.


Ele [bardo] ainda é um conjurador ruim já que só vai ate o 6º ciclo de magia. E o fato de só ganhar musica de bardo como habilidade de classe, já que a quantidade de musicas me pareceu muita pouca sendo nível + carisma, algo em torno de (Nível 5 + carisma 6 = 11) para uma seção de nd 5.

Cassaro: Ele é o único conjurador que lança magias arcanas E divinas. Chamar isso de conjurador ruim é forçar muitíssimo a barra -- só faltava mesmo querer que ele tenha conjuração igual ao mago e do clérigo. Para uma sessão típica com 4 ou 5 encontros, o bardo teria 2 a 3 utilizações de sua música por encontro. Lembrando que quase todas as músicas de bardo duram 10 rodadas (1 rodada = 6 seg) e o bardo NÃO precisa mais continuar tocando para manter o efeito. Ou seja, ele ativa a música e fica livre para agir com magias ou armas.


As estatísticas dos Demônios da Tormenta vão continuar as mesmas?

Cassaro: Sim.


Existirão novos Demônios no mini bestiário incluso no Tormenta RPG?

Cassaro: Provavelmente não.


Essa pergunta é mais uma curiosidade. Lembro de alguém do trio Tormenta ter comentado q os Demônios seriam na verdade Abominações (erros dos deuses). Mas depois viraram só aberrações. Pq a mudança?

Cassaro: Não comentamos que os demônios da Tormenta seriam abominações. Comentamos que os Lordes da Tormenta seriam. Mesmo assim, escolhemos não usar as abominações do Livro de Níveis Épicos e inventar nosso próprio template para os Lordes.


Além de evitar o desequilíbrio de poder de classes conjuradoras/não-conjuradoras, vocês deram uma melhorada no Monge?

Cassaro:
O monge está BEM melhor. Muitas habilidades melhoradas. Agora ele tem BBA de guerreiro, só para começar.


Como ficara então os ganhos de talento por nível de personagem?

Cassaro: Um talento a cada nível ímpar (1o, 3o, 5o...).


E sobre as perícias (desculpa gente, é que ainda não entendi muito bem esse novo sistema...), por que que quando você pega multiclasse não recebe as perícias da segunda? Então se um guerreiro se tornar um mago, ele vai saber usar magia, mas não vai saber a teoria sobre ela? Isso não faz sentido...

Cassaro: Conjurar magias não exige conhecimento de nenhuma perícia. E assim como Atuação não vem de graça para bardos, Identificar Magia também não vem para magos. Antes gastava-se pontos de perícia. Agora, gasta-se um talento.


Lá atrás, no início do tópico, foi mostrado um cálculo aproximado sobre o número (ou chances) de se encontrar um mago que pudesse teleportar um grupo numa cidade... No jogo (ou no sistema Tormenta RPG) isso será colocado como regra com cálculos necessários ou será dada apenas uma chamada para o bom senso do mestre?

Cassaro: O capítulo sobre como mestrar será breve, então não posso prometer isso para o livro básico. Mas essa é uma norma desde que o cenário foi criado. Esse cálculo de "densidade populacional aventureira" vem de um antigo acessório AD&D chamado "DM's Option: High-Level Campaigns", e nós adotamos em Tormenta.
Em resumo: existe 1 aventureiro de 1o nível para cada 10 pessoas comuns (de classes PdM). Para cada nível seguinte, dobre o número de pessoas: 1 aventureiro de 2o nível para cada 20 pessoas comuns, 1 de 3o nível para cada 40 pessoas comuns, e assim por diante. Destes, metade pertencem a classes marciais (bárbaro, guerreiro, ranger, monge, paladino, samurai). 25% pertencem a classes ladinas (bardo, ladino, swashbuckler), e os 25% restantes são conjuradores. Note que é apenas um cálculo aproximado e não se aplica em todos os casos. Por exemplo, um personagem de 30o nível existiria para cada 5 bilhões de pessoas -- MUITO acima da população total de Arton. No entanto, Arton tem dois arquimagos nesse nível.
Mas esta ferramenta serve para demonstrar quão raros são os personagens de níveis altos, e quantos deles existem no mundo. Três bárbaros de 10o nível vivendo em uma pequena aldeia de 100 pessoas seria algo muito raro -- embora não impossível. Isso quer dizer que, mesmo nas maiores cidades do Reinado, não há garantias de que exista um mago ou clérigo capaz de conjurar a magia de que você precisa.

Até agora foi dito que todos os livros já lançados sobre o cenário serão compatíveis com o Tormenta RPG... Mas o contrário acontecerá também.... Todos os livros que forem sendo lançados sobre o cenário poderão ser utilizados por quem prefere permancer usando o sistema d20?

Cassaro:
Sim, acessórios futuros devem continuar compatíveis com D20, com poucas adaptações.


Uma coisa que eu gostaria de saber a opinião do Cassaro e do Guilherme sobre o novo sistema de Tormenta RPG... Para aquelas pessoas iniciantes no mundo do RPG, o sistema é fácil de se entender e usar, ou vocês diriam que ele será mais fpacil para quem já joga?

Cassaro:
Estamos tentando fazer Tormenta mais simples que D&D, sem perder a compatibilidade. Construção de personagens mais rápida, habilidades de classe mais breves, perícias mais abrangentes, combates mais rápidos. Na nossa opinião, é um jogo mais acessível para iniciantes que D&D. Quem já joga D20 e D&D pode gostar de TRPG ou não. Talvez você sinta falta de alguma regra que descartamos. Essa pessoa pode prefirir continuar com o sistema antigo, ou criar sua própria combinação.

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