sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cenário - A Torre da Fronteira 2

A TORRE DA FRONTEIRA

João Eugênio Córdova Brasil & Júlio Oliveira

UM GIGANTE DE PEDRA

Para quem olha do lado de fora ela parece apenas uma torre, uma gigantesca torre ao lado de um enorme portão, mas ainda assim uma torre. Na verdade esta torre esconde em suas paredes uma cidade inteira. Dentro de uma estrutura construída pelos anões para interromper a passagem entre a Grande Câmara e o enorme túnel que vai em direção à Doherimm, eles tiveram a clara intenção de criar um local que pudesse sobreviver quase que independentemente do resto da civilização anão. Ao mesmo tempo ele deveria ser resistente à ponto de agüentar os ataques de uma civilização estranha, forte e sanguinária.

Muitas ideias foram cogitadas nos primeiros momentos antes da construção. Pensaram deste um enorme portão até uma cidade anã nova. A escolha final foi a junção de ambas as ideias. Klóin, no papel de arquiteto do projeto, decidiu que o melhor seria uma estrutura que ao mesmo tempo que protegesse a passagem, ainda comportasse um enorme contingente de soldados e pessoas.

A estrutura básica foi criada com três partes distintas – a torre, o forte e o portão – todos interligados, mas independentes.


A Torre, a estrutura principal, é composta por seis andares gigantescos. Ela faz ligação entre o enorme portão – ao seu lado – e o forte. Ela possui apenas uma ligação com o pátio central no primeiro andar. Já com o forte existem ligações em cada andar para uma melhor circulação de soldados e suprimentos. Entre cada um dos seis andares existem três conjuntos de escadas todas no corredor central e um elevador mecânico (junto da escada norte).

A Torre, que tem forma circular, possui a mesma constituição em todos os andares. Há o corredor principal, muito amplo, que vai no sentido norte-sul. Nele estão as escadas e o elevador (criação da engenharia anã). Bem no seu centro há o que chamam de “pilar da Torre” – uma coluna monumental. Deste corredor central saem uma série de outros corredores secundários. No último andar, toda a face oeste da Torre está constituída na forma de um gigantesco ponto para visão panorâmica da Grande Câmara, chamado de a Área da Vigia. Fora o sexto andar, não existem aberturas como janelas em nenhum andar, apenas pequenas aberturas para vigia. Abaixo do andar térreo existe um pequeno conjunto de cavernas e escavações realizadas pelos próprios anões. Outro ponto peculiar da Torre é a forma de comunicação interna. Foi criada uma série de pequenos tubos que percorrem toda a extensão da Torre entre seus pontos principais. Por eles os anões podem trocar informações e ordens em caráter de urgência.

O Forte, estrutura retangular que ladeia o pátio central entre os dois portões, comporta boa parte das tropas da estrutura. Cada andar possui uma ligação com a torre para comunicação de anões e transporte de mantimentos. Na parte térrea está o maior depósito de mantimentos e armas de toda a estrutura.

Os portões estão divididos em dois conjuntos, tendo entre eles o pátio central. O primeiro conjunto separa a Torre da Fronteira da Grande Câmara. O segundo conjunto separa a cidadela do túnel. Ele é constituído por duas partes manufaturadas de madeira duríssima – muitos dizem ser madeiras conseguidas na região da atual Tullon – com espessura impressionante e com enorme peso. Seu peso impossibilita um manuseio fácil e rápido dos portões. Para abri-lo ou fecha-lo por completo gasta-se pelo menos cinco minutos. O portão à leste, um pouco mais leve, pode ser fechado mais rapidamente por ser mais leve, mas igualmente resistente. Todo o trabalho de movimentação dos portões é realizado por uma série de mecanismo criados graças à engenhosidade anã. Eles são controlados de uma sala existente no primeiro andar da Torre, junto ao portão. As ordens de abertura e fechamento parte da Área da Vigia, no sexto andar por uma espécie de comunicador que se vale de tubulações, como já foi dito.

O pátio central é o espaço entre os portões, de um lado, e entre a torre/forte e a parede da caverna. Nele temos a circulação constante de anões que chegam de Doherimm e voltam para lá, treinos são realizados e toda a atividade acontece.

No geral, muito embora anões não precisem de claridade para enxergar, enormes candeeiros e tochas são mantidos acessos para o próprio bem dos animais e pois a luz é um inimigo natural das estranhas criaturas pálidas que constantemente atacam.


VIVENDO NA TORRE

Uma cidadela tão complexa quanto esta, mesclando civis e soldados, não poderia ter apenas uma administração militar. Na Torre da Fronteira temos duas administrações.

A administração militar controla todos os afazeres bélicos da vida da Torre – isso inclui a vigia da Grande Câmara, expedições exploratórias, treinamento de novos recrutas, entre outras coisas. Seguindo uma rígida hierarquia a administração militar está nas mãos daquele que possui o posto de Comandante da Torre. De seus aposentos – no sexto andar – ele controla toda a movimentação das tropas dentro da Torre. O Comandante é auxiliado por capitães (de 3 à 6, conforme a necessidade) que alojam-se espalhados pelos outros andares.

Já a administração civil da Torre é feita pelo chefe de um clã de anões. Este posto pertence à este clã desde a construção da Torre. Dizem que eles ganharam este posto por serem um dos principais financiadores de tal projeto, trocando tal posição pela ajuda estratégica e financeira. Toda a organização civil da torre parte de suas ordens – desde decisões de pendengas criminais até controle dos armazéns e estoques.

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