O Paradoxo do Mago
Julio Oliveira
Os magos são uma classe que sempre me fascinaram. Todo o mistério e aquele ar místico que ronda os conjuradores para mim são uma das maiores inspirações do Rpg. Como bom Rpgista, quando se gosta de algo se pesquisa, e depois de começar a ler mais sobre o assunto, acabei por notar umas divergências um tanto intrigantes, no qual exponho a vocês a seguir.
Uma vida de estudos
Em todo lugar que leio sobre magos, é citado que os mesmos dedicam toda sua vida aos livros. Estudos diversos, escrita, leitura etc, mas na prática o que tudo isso significa? O máximo que um Pj mago tem de estudar é o seu próprio grimório todo dia de manhã para gravar suas magias. E onde foi parar todo aquele estudo? O que tanto estudam todos os magos daquela guilda? Assuntos filosóficos, conhecimento na teoria? Daí entramos na questão, todo esse estudo é necessário para obtenção de experiência, ok, mas do mesmo jeito, um mago aventureiro obtém a mesma bagagem acadêmica torrando goblins e kobolds nas dungeons mundo a fora.
Acho um tanto desequilibrado esse “crescimento pessoal”, por que para mim, se um mago se arrisca em aventuras, ele pode até ganhar experiência como aventureiro, mas nada mudaria quanto ao crescimento de seu conhecimento e poder arcano, que seria possível apenas por meio da compreensão dos caminhos da energia mística e Elemental (estudando!) Ai você me diz “Mas ele ganha experiência usando magia e entendendo como ela funciona”, tudo bem, mas estudando ele também treinaria as próprias magias, a não ser que fosse um acadêmico.
O Aprendizado
Pra mim isso é uma baita sacanagem! O aprendizado de uma magia devia ser algo difícil, suado e extremamente cansativo; onde o mago deveria entender o que levaria a fazer acontecer tal efeito. Pergaminhos e Grimórios seriam motes muito maiores para aventuras. Por mim esta fase do aprendizado levaria pelo menos uma semana onde no estilo Harry Potter, o mago descobriria como executar tudo perfeitamente. Só que não é assim, se você ver alguém usando pode aprender. Acho um tanto quanto desbalanceado. Esta certo que nos níveis mais altos funcione assim, mas ainda acho desbalanceado pois as magias teriam mais valor, como um feitiço usado por uma família inteira e só conhecido por seus membros.
Ingredientes e gestos
Eu sei que essa parte é menos utilizada por não incentivar o rpg como um culto ou coisas do tipo, mas seria muito mais interessante se esses fizessem alguma diferença. Já pensou seu mago sem poder lançar bola de fogo por não ter pó de escama de dragão? Ou não poder lançar teias de aranha por estar com o braço quebrado? Ou ele se aventurando para obter os itens numa região escassa? Esse tópico é um fato a favor da realidade in game, que pode ou não fazer a diferença. Creio que não deva ser uma intervenção do mestre, mas uma coisa consciente do jogador em busca de uma melhor interpretação.
Basicamente é isso, se você pensa algo sobre o assunto ou tem mais algumas coisas que pensa não bater, comente aqui em baixo!
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