quinta-feira, 23 de junho de 2011

Análise da Dragon Slayer 33 pela Confraria de Arton

Dragon Slayer 33 dissecada

Depois de uma espera de alguns meses fibnalmente temos mais uma edição da DS em mãos. Acompanhe nossa resenha abaixo.


CAPA


É sempre bom vermos uma capa original para variar. Nada contra as últimas capas que foram sensacionais, mas o diferencial desta edição é que a imagem, remetendo à mais um capítulo da história do cenário de Tormenta, mostra uma bela imagem que somente por ela já apresenta elementos mais que suficientes para ganchos, contos e aventuras.

NOTÍCIA DO BARDO: “Organizando um evento de RPG”


Um ótimo e bem colocado artigo. Ele dá as alternativas e carências que devem ser supridas para a realização de um bem sucedido evento de RPG. O ponto alto desta seção é a forma clara e ponderada de que qualquer um pode realizar um evento de RPG. Já passou do momento de que pipoquem eventos por todo o lado. Se ficarmos esperando para realizar um evento desses apenas quando garantida a participação de milhares, nunca veremos eventos. Canso de escutar os rpgístas dizendo que nossos eventos não recebem um grande público. Quem sabe quando começarmos a multiplicar os pequenos eventos teremos a realização de eventos gigantescos. Gostaria de saber quem escreveu este ótimo artigo... aposto no Guilherme.

ENCONTROS ALEATÓRIOS


Esta edição estava interessante , com perguntas ligadas à regras – algo que nem sempre temos visto nesta seção. A tirinha “O gabinete do Dr. Castanheda” me fez rir muito com a simplicidade ligando um elemento puramente de RPG com uma boa oportunidade de piada. As “Falhas Críticas” se salvaram com o comentário do ladino... não perca!

REVIEWS


Foram três publicações analisadas: “Mecha & Mangá”, “DBride: a noiva do dragão” e “Bestiário de Arton”. O que dizer? Foram comentários na medida certa para publicações que já comprei e que acho que muitos estão prontos para adquirir. Mas tenho uma reclamação que deve ser a mesma de muitos leitores. A minha reclamação não se baseia na qualidade dos comentários, mas na escolha dos objetos de análise, todas da própria editora. Se a DS se pretende como uma revista de RPG deveria ter pelo menos um pouco de preocupação com publicações de outras editoras ou mesmo material de blogs e sites. Sei que é meio complicado realizar isso num ambiente concorrido, mas é o ônus da posição que ocupam como única e melhor revista do gênero no Brasil. Poderiam pelo menos colocar um artigo que fosse, em meio às três publicações da Jambô, sobre uma novidade. Apenas mais um comentários. Houve um pequeno erro de impressão quando do desenho do dadinho que mostra a nota dada ao Bestiário. Na minha edição está em branco, mas bem que poderia ser nota seis!

SIR HOLLAND


Interessante e bem humorado.

TOOLBOX: “O bolo é mentira”


Leonel Caldela está cada vez com um texto melhor. Seu texto literário já era de uma ótima qualidade. Agora o seu texto, se é que posso chamar, jornalístico, está em franca melhora. Nota-se claramente edição após edição a melhora de seu desenvolvimento. Este texto sobre como causar surpresa aos jogadores de uma série de formas é bárbaro e muito útil. O texto flui entre novidades e dicas de um jeito que nem percebemos quando o texto acaba.

MESTRE DA MASMORRA: “Criando Clima”


A série ‘Mestre da Masmorra’ que já aparece à muito nas edições da DS, mantém o mesmo nível de qualidade e sempre proveitosa, principalmente para os novatos, mas não só para eles. Texto também em ascensão.

3D&T: Super Mega City


Sensacional. A publicação do primeiro cenário oficial para 3d&T está rendendo boas matérias e deverá arregimentar uma legião de jogadores para o sistema. Desta vez o tema central foram os seres com super poderes. No artigo eles mesclam um pouco de informações históricas do cenários com regras e suas aplicações. Haverá uma riqueza de personagens que dará um ótimo clima à Mega City. Isso, muito provavelmente, é influência da forma como o sistema MM também foi apresentado. Outro ponto muito positivo foram duas regrinhas novas para criação de supers em 3d&T, que gostei muito mesmo. Parabéns Gustavo.

TORMENTA RPG: “O teste”


Para quem gosta de aventuras corra e jogue esta. Muito bem preparada tem duas qualidades essenciais para aventuras. A primeira qualidade é que ela está muito bem fechada. Elementos de início-meio-fim de cada parte estão bem colocados e na medida certa para os personagens nos níveis pretendidos (5º ao 7º). A segunda qualidade é que ela abre margem para uma infinidade de ganchos dependendo apenas da criatividade dos mestres. O tema é muito rico e pode comportar aventuras curtas em níveis variados. As várias fichas de npcs, no Apêndice, enriquecem ainda mais a aventura, além de servirem de apoio para muitas outras aventuras. Podem contar com mais aventuras desta série nas próximas DS.

CHEFE DE FASE: “Tex Scorpion Mako”


Na média. Achei interessante os talentos da deusa Anilatir.

GAZETA DO REINADO


Como de costume cada detalhe dos artigos da Gazeta foram criados para dar vazão à criatividade dos grupos de RPG e, muito provavelmente, serão apoio para novos acontecimentos no cenário. Achei muito bom!

POWER UP: “Técnicas de Luta”


O ponto alto da edição. O Guilherme floreia ainda mais um dos elementos que mais chamam a atenção nas seções de RPG – o combate. A partir de elementos ligados à golpes, posturas e escolas, as alternativas de combate são enriquecidas permitindo que deixemos deixem nossos personagens muito mais personalidade e únicos. Devem ser usados com cuidado, pois claramente pode travar um pouquinho os combates. Uma ótima novidade escondida nas linhas do artigo é que a Jambô lançará, no segundo semestre, o “Manual do Combatente”. Para completar, já estou esperando para ver muito material dos fãs criando novos golpes, escolas de combate e posturas.

M&M: “Heróis de Mangá”


Era óbvio que teríamos uma matéria sobre o novo lançamento do sistema. O artigo apresenta as novidades da nova publicação da Jambô dando uma prévia do que esperar quando tiver seu livro em mãos.

FUNDO DO BAÚ: Millenia


Saudosistas de plantão irão adorar este artigo. Um verdadeiro clássico que, em seu tempo, tinha sua legião de fãs e deixou marcas até hoje no cenário rpgístico do Brasil.

OBSERVAÇÕES GERAIS
As edições da DS têm se mantido numa ótima qualidade de conteúdo. A revista serve claramente como suporte das publicações da editora, e isso não é uma crítica, mas uma constatação. E eu até que gosto disso. Muitos reclamavam que não havia suporte para este ou aquele cenário (como era o caso da extinta revista Tormenta) e a DS serve muito bem para isso. E o que é melhor – para mais de um sistema. Acho que aqueles que coordenam a publicação estão certos nessa escolha de servir como suporte, mas eles estão chegando á uma encruzilhada. O que pretende a revista para seu futuro: manter-se como suporte dos sistemas lançados pela editora (algo que já faz muitíssimo bem) ou crescer ainda mais e se transformar em uma revista de RPG com ‘R’ maiúsculo, indo além da editora Jambô. Não vejam isso como uma reclamação, mas como disse anteriormente, como uma constatação. Encerrando... a edição está digna da qualidade que a Jambô procura dar à todos os sues produtos em cada detalhe.

4 comentários:

talude disse...

Quando li sobre a revista ela não parecia estar boa, mas pelo visto está boa sim. E fala do Millenia! Eu tenho e acho muito legal!

Bob Mota disse...

Eu adorei essa edição, principalmente a aventura e os novos poderes para combatentes! Ainda não comprei mas farei o mais breve possível.

Eu só não concordo com uma coisa dá sua resenha: Que a DS deveria falar de outros sistemas por ser a única revista de RPG do mercado.
Creio que está bem como está, ela não tem essa obrigação. Penso que as outras editoras é que deveriam pensar em publicações de suporte para seus sistema. Por quê a Devir não investe nisso?

Eu fiz até um post sobre isso no meu blog. E a DS ainda é "boazinha" porque faz resenhas dos lançamentos de outros sistemas. Já fez de Mago, Lobisomen, Vampiro, e etc. Pena que as outras editoras não tem tantos lançamentos assim.
Os produtos que não vi ainda nas páginas da DS foram os da Retropunk.

Já a DB tinha outra proposta. Mesmo com os produtos da casa, ela publicava vez ou outra algo para Mundo das Trevas ou D&D. Mas ela tinha outra proposta e poucos sistemas da casa. Ia faltar espaço na DS.

João Brasil disse...

Valeu pelos comentários pessoal...

Bob... veja bem... eu não quiz dizer que ela "tem" de mudar... Só acho que ela como a única revista do mercado de RPG no Brasil pode pensar em voos mais altos... Por que não? Adoro que ela publique material de suporte para todas as suas publicações, mas poderia suprir outros nichos também...

Mas repito... isso não é uma obrigatoriedade, mas uma possibilidade que deve ser pensada e decidida. Se ficarem como está será ótimo... mas se mudar, poderá ser ótimo para muito mais gente!

Gustavo disse...

Valeu pela resenha, João e galera da Confraria!