A
diversão deve sempre ser o cerne central do jogo de RPG (já disse isso uma
dúzia de vezes por aqui), mas isso não significa que usemos isso como desculpa
para deslizes em nossas interpretações – as conhecidas e famigeradas
‘liberdades poéticas’.
Sempre
considerei a diversão como ponto primordial de uma seção de RPG. Quando
começamos um novo jogo temos a liberdade de criar nosso personagem, de escolher
seus atributos (principalmente os psicológicos). Estamos conscientemente
delimitando os limites de nosso personagem. Isso não pode ser desconsiderado
quando estamos no andamento do jogo, desculpando nossas ações por uma
‘diversão’.
Sou
então, neste sentido, escravo da coerência. Acho curioso que ao mesmo tempo que
tantos jogadores da nova geração procuram livros e mais livros com uma
infinidade de regras como suporte para qualquer coisa, estejam sempre prontos
para burlá-las com a desculpa da ‘diversão’.
Acho
que no final das contas isso pode ser o resumo dos argumentos que tantos
adoradores do ‘old school’ pregam. “Se vão burlar mesmo, por que tantas
regras?”. A diversão poderá ser a mesma com menos regras e apenas um pouco mais
de coerência. Daí sim teremos a verdadeira liberdade que facilmente se traduzirá
em diversão.
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