quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pequenos apontamentos: Escravos da diversão?



Pequenos apontamentos: Escravos da diversão?

A diversão deve sempre ser o cerne central do jogo de RPG (já disse isso uma dúzia de vezes por aqui), mas isso não significa que usemos isso como desculpa para deslizes em nossas interpretações – as conhecidas e famigeradas ‘liberdades poéticas’.

Sempre considerei a diversão como ponto primordial de uma seção de RPG. Quando começamos um novo jogo temos a liberdade de criar nosso personagem, de escolher seus atributos (principalmente os psicológicos). Estamos conscientemente delimitando os limites de nosso personagem. Isso não pode ser desconsiderado quando estamos no andamento do jogo, desculpando nossas ações por uma ‘diversão’.

Sou então, neste sentido, escravo da coerência. Acho curioso que ao mesmo tempo que tantos jogadores da nova geração procuram livros e mais livros com uma infinidade de regras como suporte para qualquer coisa, estejam sempre prontos para burlá-las com a desculpa da ‘diversão’.


Acho que no final das contas isso pode ser o resumo dos argumentos que tantos adoradores do ‘old school’ pregam. “Se vão burlar mesmo, por que tantas regras?”. A diversão poderá ser a mesma com menos regras e apenas um pouco mais de coerência. Daí sim teremos a verdadeira liberdade que facilmente se traduzirá em diversão.

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