sábado, 3 de dezembro de 2011

A Confraria resenha a Dragon Slayer 35

Resenha da Dragon Slayer 35



Capa
Esta nova edição mostra uma capa preparando para a matéria de fundo colocando Deus Máquina sob as regras de Tormenta RPG. Particularmente achei a capa interessante fazendo o contraponto entre o cenário de fantasia e o futurista, mas no geral ela deu uma estranha impressão de frieza.

Notícias do Bardo
Gostei muito do formato de muitas notícias com texto curto. Elas apresentavam o essencial com as informações indispensáveis. Notamos claramente a parceria da Jambô com a Redbox. Opções não faltam para este final de ano.

Encontros Aleatórios
A seção de cartas esta na média. O mais importante foi a confirmação de que a Jambô pretende sim lançar miniaturas baseadas no cenário de Tormenta! A HQ “Calabouço Tranquilo” esta sensacional!!! Nem posso esperar pela próxima.

Reviews
Algumas edições atrás, acho que na resenha da edição 32, eu pedia que a editoria da DS abrisse esta seção para obras de outras editoras, pois achava que o espaço estava sendo sub-utilizado. Gradativamente tivemos uma mudança nas resenhas desta seção e posso dizer que está muito boa agora. Com resenhas sobre material da própria editora Jambô – “Sangue em Ferelden”, para Dragon Age, “ As Cavernas da Bruxa da Neve”, da série Fighting Fantasy, e “Ledd”, a nova HQ da editora – muito bem escritos, tivemos também a apresentação de dois grandes lançamentos dos ditos RPG narrativos- “Fiasco” e “3:16”.. A seção exerceu sua função... deixar todos com água na boa sobre o que esta sendo lançado de melhor no mercado nacional.

Sir Holland
Hilário de forma curta e direta mostra que o autor, Zambi, em está em franca e contínua evolução.

Toolbox: “O Horror!”
Alguém tem dúvida da qualidade do Leonel? Aqui está mais uma mostra de que ele consegue chegar facilmente ao ponto central de um assunto rapidamente e sem rodeios. Em apenas duas páginas ele tira muitas dúvidas e medos dos mestres que desejam ingressar em aventuras de horror. São dicas (quase conselhos) muito valiosas e que nos faz perguntar mais de uma vez – “como não me dei conta disso antes?”. O tema é um dos mais complicados e tem certeza que muitos mestres já passaram pelos dilemas apresentados com maestria aqui.

Mestre da Masmorra: Criando Clima – Parte 3”
Logo depois de um grande texto só poderia vir coisa boa também. O Brauner mantém seu ótimo ritmo na terceira parte da série de artigos que têm a tarefa de preparar os mestres na arte de ambientar as aventuras para seus grupos. Este terceiro tema – “clima psicológico” – funciona quase como um complemento ao artigo anterior, do Leonel. Não sei se intencional ou acidental, mas os dois textos funcionam primorosamente bem juntos.

Ledd
O grande sucesso dos quadrinhos do Ledd não poderia deixar de aparecer (pela segunda vez) nesta edição. De uma forma bem detalhada foram apresentados os principais personagens dessa primeira edição encadernada. Ficou bem ao gosto dos fãs. Só achei que eles poderiam ter nos dado as fichas dos personagens também. A entrevista com o Trevisan foi mais para deixar no papel coisas que já foram ditas e repetidas pela internet em muitos sites e blogs. Pelo menos nos deixaram com a ficha do Carrasco, um belo adversário para suas aventuras.

Tormenta RPG: Deus Máquina
É sempre muito bom vermos sistemas indo além de seus limites. Para aqueles que achavam que TRPG serviria apenas para o ambiente de Tormenta aqui temos a prova contrária disso. Com uma matéria com nada menos do que 20 páginas uma verdadeira adaptação foi proposta e apresentada, belíssima nos mínimos detalhes. Não sou um conhecedor do cenário à fundo pois ainda estou na metade do primeiro livro – “O Caçador de Apóstolos” (sorry Leonel, mas tenho mil livros sendo lidos simultaneamente!!!) – mas à primeira vista todos os detalhes tentaram ser contemplados. E mesmo que você não seja um conhecedor, as informações ali contidas são muito mais do que suficientes para que seu jogo seja muito interessante e divertido. As regras se mostram muito bem encaixadas com o cenário medieval criado pelo Leonel, nos presenteando com tudo o que temos direito: classes novas, raças, CdPs, novos talentos  e personagens. Experimente!

Fairy Tail
Mais uma adaptação de mangá para RPG. Mas não apenas isso. Sei que vou ser repetitivo, mas é ‘mais uma ‘ÓTIMA’ adaptação de mangá para RPG. Com uma matéria mais preocupada com a ambientação e com o cenário em si, do que com regras. Percebe-se que o jogo é direcionado para 3d&T, mas sem conexões exageradas e de uma forma que sem muito esforço, o podemos adaptar com o nossos sistema de preferência.

Gazeta do Reinado
A Gazeta do Reinado teve grandes modificações. Radicais para dizer a verdade. Como é anunciado no curto editorial a função da gazeta, agora, é prover os grupos com elementos para missões e campanhas. Desta forma são apresentadas sete sugestões misturando o que parece uma reportagem com ‘boatos’ para estimular uma aventura. Infelizmente acho que eles erraram a mão aqui. A Gazeta já vinha fazendo a função de estimular aventuras com ganchos nas entrelinhas das notícias, e muito bem, diga-se de passagem. Agora ela perdeu o brilho que tinha de ser um periódico ambientado dentro do cenário e passou à uma função puramente mecânica. Concordo que as missões são interessantes, mas acho que a Gazeta era muito mais que isso. O ideal seria a procura de um meio termo, mas sem ficar tão na cara.

Sangue em Ferelden
O publicação de aventuras para o cenário de Dragon Age, “Sangue de Ferelden”, abre um novo leque para quem curte ambientes de fantasia em seu RPG. A matéria dedicada à mestres mostra três introduções à aventuras que fazem você correr para a loja e pedir a sua Box.

Fundo do Baú: Tagmar
Os vinte anos de lançamento de Tagmar não passaram despercebidos pela DS. Tagmar teve um papel muito importante em sua época. Hoje em dia é fácil qualquer um lançar alguma coisa de autoria própria, mas naquela época a coisa era muito diferente. Tagmar rompeu certos paradigmas que diziam que apenas o material das editoras tinha um lugar reservado ao sol. A matéria explora bem esses detalhes e dá uma boa olhada no cenário e sistemática dele.

Observações Gerais
Não sei se esta foi uma mudança momentânea ou se representa uma nova forma da DS se portar, mas esta edição teve o claro caráter de servir de suporte para jogos. Com menos matérias e muito mais informações de jogo ela veio para servir de ancoradouro dos jogos e grupos neste período – ou pelo menos até a próxima edição. Achei a proposta muito interessante e de uma forma que cai como uma luva para a nossa atual geração de jogadores. Temos de esperar para ver a receptividade ou não dessas mudanças e se elas terão caráter permanente. Minha única ressalva ainda é a Gazeta Do Reinado que mudou de uma forma muito radical e fugiu daquilo que muitos apreciavam.

2 comentários:

Gustavo disse...

Aí, João, valeu pela resenha!

Gustavo disse...

Ótima como sempre (faltou esse pedaço do meu comentário...)