Resenha da Dragon Slayer 35
Capa
Esta
nova edição mostra uma capa preparando para a matéria de fundo colocando Deus
Máquina sob as regras de Tormenta RPG. Particularmente achei a capa interessante
fazendo o contraponto entre o cenário de fantasia e o futurista, mas no geral
ela deu uma estranha impressão de frieza.
Notícias do Bardo
Gostei
muito do formato de muitas notícias com texto curto. Elas apresentavam o
essencial com as informações indispensáveis. Notamos claramente a parceria da
Jambô com a Redbox. Opções não faltam para este final de ano.
Encontros
Aleatórios
A
seção de cartas esta na média. O mais importante foi a confirmação de que a
Jambô pretende sim lançar miniaturas baseadas no cenário de Tormenta! A HQ
“Calabouço Tranquilo” esta sensacional!!! Nem posso esperar pela próxima.
Reviews
Algumas
edições atrás, acho que na resenha da edição 32, eu pedia que a editoria da DS
abrisse esta seção para obras de outras editoras, pois achava que o espaço
estava sendo sub-utilizado. Gradativamente tivemos uma mudança nas resenhas
desta seção e posso dizer que está muito boa agora. Com resenhas sobre material
da própria editora Jambô – “Sangue em Ferelden”, para Dragon Age, “ As Cavernas
da Bruxa da Neve”, da série Fighting Fantasy, e “Ledd”, a nova HQ da editora – muito
bem escritos, tivemos também a apresentação de dois grandes lançamentos dos
ditos RPG narrativos- “Fiasco” e “3:16”.. A seção exerceu sua função... deixar
todos com água na boa sobre o que esta sendo lançado de melhor no mercado
nacional.
Sir Holland
Hilário
de forma curta e direta mostra que o autor, Zambi, em está em franca e contínua
evolução.
Toolbox: “O
Horror!”
Alguém
tem dúvida da qualidade do Leonel? Aqui está mais uma mostra de que ele
consegue chegar facilmente ao ponto central de um assunto rapidamente e sem
rodeios. Em apenas duas páginas ele tira muitas dúvidas e medos dos mestres que
desejam ingressar em aventuras de horror. São dicas (quase conselhos) muito
valiosas e que nos faz perguntar mais de uma vez – “como não me dei conta disso
antes?”. O tema é um dos mais complicados e tem certeza que muitos mestres já
passaram pelos dilemas apresentados com maestria aqui.
Mestre da
Masmorra: Criando Clima – Parte 3”
Logo
depois de um grande texto só poderia vir coisa boa também. O Brauner mantém seu
ótimo ritmo na terceira parte da série de artigos que têm a tarefa de preparar
os mestres na arte de ambientar as aventuras para seus grupos. Este terceiro
tema – “clima psicológico” – funciona quase como um complemento ao artigo
anterior, do Leonel. Não sei se intencional ou acidental, mas os dois textos
funcionam primorosamente bem juntos.
Ledd
O
grande sucesso dos quadrinhos do Ledd não poderia deixar de aparecer (pela
segunda vez) nesta edição. De uma forma bem detalhada foram apresentados os
principais personagens dessa primeira edição encadernada. Ficou bem ao gosto
dos fãs. Só achei que eles poderiam ter nos dado as fichas dos personagens
também. A entrevista com o Trevisan foi mais para deixar no papel coisas que já
foram ditas e repetidas pela internet em muitos sites e blogs. Pelo menos nos
deixaram com a ficha do Carrasco, um belo adversário para suas aventuras.
Tormenta RPG:
Deus Máquina
É
sempre muito bom vermos sistemas indo além de seus limites. Para aqueles que
achavam que TRPG serviria apenas para o ambiente de Tormenta aqui temos a prova
contrária disso. Com uma matéria com nada menos do que 20 páginas uma
verdadeira adaptação foi proposta e apresentada, belíssima nos mínimos
detalhes. Não sou um conhecedor do cenário à fundo pois ainda estou na metade
do primeiro livro – “O Caçador de Apóstolos” (sorry Leonel, mas tenho mil
livros sendo lidos simultaneamente!!!) – mas à primeira vista todos os detalhes
tentaram ser contemplados. E mesmo que você não seja um conhecedor, as
informações ali contidas são muito mais do que suficientes para que seu jogo
seja muito interessante e divertido. As regras se mostram muito bem encaixadas
com o cenário medieval criado pelo Leonel, nos presenteando com tudo o que
temos direito: classes novas, raças, CdPs, novos talentos e personagens. Experimente!
Fairy Tail
Mais
uma adaptação de mangá para RPG. Mas não apenas isso. Sei que vou ser
repetitivo, mas é ‘mais uma ‘ÓTIMA’ adaptação de mangá para RPG. Com uma
matéria mais preocupada com a ambientação e com o cenário em si, do que com
regras. Percebe-se que o jogo é direcionado para 3d&T, mas sem conexões
exageradas e de uma forma que sem muito esforço, o podemos adaptar com o nossos
sistema de preferência.
Gazeta do Reinado
A
Gazeta do Reinado teve grandes modificações. Radicais para dizer a verdade.
Como é anunciado no curto editorial a função da gazeta, agora, é prover os
grupos com elementos para missões e campanhas. Desta forma são apresentadas
sete sugestões misturando o que parece uma reportagem com ‘boatos’ para
estimular uma aventura. Infelizmente acho que eles erraram a mão aqui. A Gazeta
já vinha fazendo a função de estimular aventuras com ganchos nas entrelinhas
das notícias, e muito bem, diga-se de passagem. Agora ela perdeu o brilho que
tinha de ser um periódico ambientado dentro do cenário e passou à uma função puramente
mecânica. Concordo que as missões são interessantes, mas acho que a Gazeta era
muito mais que isso. O ideal seria a procura de um meio termo, mas sem ficar
tão na cara.
Sangue em
Ferelden
O
publicação de aventuras para o cenário de Dragon Age, “Sangue de Ferelden”,
abre um novo leque para quem curte ambientes de fantasia em seu RPG. A matéria
dedicada à mestres mostra três introduções à aventuras que fazem você correr
para a loja e pedir a sua Box.
Fundo do Baú:
Tagmar
Os
vinte anos de lançamento de Tagmar não passaram despercebidos pela DS. Tagmar
teve um papel muito importante em sua época. Hoje em dia é fácil qualquer um
lançar alguma coisa de autoria própria, mas naquela época a coisa era muito
diferente. Tagmar rompeu certos paradigmas que diziam que apenas o material das
editoras tinha um lugar reservado ao sol. A matéria explora bem esses detalhes
e dá uma boa olhada no cenário e sistemática dele.
Observações
Gerais
Não
sei se esta foi uma mudança momentânea ou se representa uma nova forma da DS se
portar, mas esta edição teve o claro caráter de servir de suporte para jogos.
Com menos matérias e muito mais informações de jogo ela veio para servir de
ancoradouro dos jogos e grupos neste período – ou pelo menos até a próxima
edição. Achei a proposta muito interessante e de uma forma que cai como uma
luva para a nossa atual geração de jogadores. Temos de esperar para ver a
receptividade ou não dessas mudanças e se elas terão caráter permanente. Minha
única ressalva ainda é a Gazeta Do Reinado que mudou de uma forma muito radical
e fugiu daquilo que muitos apreciavam.
2 comentários:
Aí, João, valeu pela resenha!
Ótima como sempre (faltou esse pedaço do meu comentário...)
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