domingo, 30 de setembro de 2012

Quadrinho-jogo "Seu Turno" vem por aí


Para ler e jogar


Já que estamos falando em quadrinhos temos outra grande notícia que apenas mencionarei, mas que darei um tratamento especial nos próximos dias. O talentoso desenhista Éder Gil lançará o projeto “Seu Turno”. Ele conseguiu fazer a junção perfeita entre quadrinho em um sistema de livro-aventura no melhor estilo da série Fighting Fantasy. Confira uma prévia AQUI!!!

Abaixo veja um exemplo do que esperar...


Segundo volume de Ledd chega em outubro


Ledd chegando em outubro


Ótima notícia para todos que curtem RPG, Tormenta e quadrinhos – Ledd 2 está chegando. Foi anunciado no site da Jambô que chegarás às prateleiras dia 1º de outubro a segunda edição de Ledd.

Para quem voltou de Marte hoje e não sabe do que estou falando, Ledd é um mangá produzido por uma dupla de peso tendo o roteiro encabeçado por JM Trevisan ("Tormenta") e desenhado por Lobo Borges. Toda a história se passa no cenário de Tormenta (editora Jambô) mostrando as aventuras de Ledd e Ripp. Os quadrinhos são lançados regularmente no site da própria revista e de tempos em tempos tem uma edição impressa lançada aglutinando as últimas edições.

Este segundo volume terá algumas novidades:
- 9 páginas coloridas;
- 30 páginas extras;
- bastidores da produção;
- e comentários sobre os personagens.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Games na Confraria: trailer de Call of Duty: Black Ops 2 Zombies

 Call of Duty: Black Ops 2 Zombies


Isso mesmo! Está confirmado, e agora até com trailer, os rumores de que teríamos zumbis no Nov game da franquia Call of Duty. Serão três modos do jogo: Tranzit, um mundo aberto para até quatro jogadores; Survival, onde um grupo estará em uma zona com ataque de zumbis e deverá sobreviver; e Grief, onde duas equipe se enfrentarão tendo de sobreviver uma à outra e também contra os zumbis. O game será lançado para PC, Xbox 360, PS3 e Wii U.

Assista o trailer e confira.

Financiamento Coletivo de "O Vento Norte"

Projeto Crowdfunding "O Vento Norte"


A Confraria de Arton está ajudando a divulgar o trabalho de Cláudio Villa com seu projeto de Financiamento Coletivo para possibilitar a publicação de "O Vento Norte". Como todos sabem, no financiamento coletivo os interessados adquirem uma cota em troca de um pagamento (dentro de várias faixas de custo) que lhe dão o direito à um material (brindes ou exemplares) diferenciados, além de ajudar o autor a realizar seu objetivo - publicação, neste caso.

Abaixo leia todas as informações necessárias sobre este projeto:


O que é
Forma de financiamento de projetos culturais onde uma meta mínima a ser alcançada é estabelecida e então dividida em diferentes cotas. Cada colaborador do projeto adquire uma cota, recebendo em troca alguma compensação (um produto, agradecimento ou outra forma de participação). Se ao final do prazo estabelecido, a meta mínima é alcançada, o organizador recebe o valor total arrecadado e realiza o projeto. Se a meta mínima não é alcançada, todos os colaboradores recebem seu dinheiro de volta. É tudo ou nada.
O projeto será organizado através do site Catarse (http://catarse.me/pt), plataforma especializada na organização desses projetos.
Objetivo
O objetivo deste crowdfunding é bancar todo o processo de preparação de texto (leitura critica, copidesque e revisão) de meu segundo romance O Vento Norte, de forma que ele esteja adequado as exigências do mercado editorial e pronto para ser enviado a editoras para potencial publicação. Além disso, como forma de compensação pela participação dos colaboradores, parte do valor arrecadado também será usado para a impressão de uma edição independente do livro (já com o processo de preparação de texto finalizado). O valor necessário para esse projeto é de R$8.000 dividido em cotas que custam a partir de R$15,00.
Como participar
Além da aquisição de uma cota, uma das principais formas de ajudar é a divulgação. Uma vez que é necessário a mobilização de muitas pessoas, é importante que o projeto atinja o maior público possível. Você pode fazer isso divulgando a fanpage do livro (www.facebook.com/ventonorte) ou a própria página do projeto (www.catarse.me/pt/vento_norte)
Sinopse
O Vento Norte conta a história de Colleen, a filha caçula do governador de Northwind, capital da potência marítima de Aldarian.Destinada a uma existência cheia de festas sem sentido e obrigações sociais, a jovem sempre sonhou em abandonar sua vida palaciana, aventurando-se nos misteriosos mares de Mirr. Graças a uma relação conturbada com seu pai e a sua posição social, seu sonho se torna cada dia mais distante.
Porém, quando a paz em Aldarian é quebrada pela ganância do novo Patriarca de Azhir, ela irá precisar de toda a sua coragem para resgatar sua familia, salvar o seu reino e sobreviver a essa guerra.Durante sua jornada, Colleen assumirá o nome de Capitã Rosa Escarlate, transformando-se de uma jovem inexperiente e sonhadora em uma das mais temidas e caçadas corsárias de toda Mirr.
Links importantesBooktrailer:http://www.youtube.com/watch?v=m2dJW-mqK10&feature=player_embedded
Testemunhal do autor André Vianco dando apoio ao projeto:
http://www.youtube.com/watch?v=5_fQB6pEias&feature=player_embedded


Seriados na Confraria: novo vídeo de Walking Dead

Novo vídeo de Walking Dead


The Walking Dead ganha novo teaser para televisão preparando todos para a estréia, em 14 de outubro. O vídeo com menos de um minuto mostra muitas cenas novas!


Games na Confraria: Dishonored ganha série animada

Dishonored ganha série animada


O badalado game que será lançado em 9 de outubro está recebendo um tratamento de primeira. A última grande tacada dos produtores é o lançamento de uma série em três episódios na forma de um prequel do game. Com o nome de “The Tales from Dunwall” a série mostra os acontecimentos anteriores ao início do game e dá algumas explicações o cenário.

Curtam os dois primeiros episódios:


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

RPG CON 2012 cancelada: um desabafo



Desabafo de um rpgísta

Acabei de chegar em casa e me deparei com uma notícia horrível para os rpgístas – a RPG CON 2012 está cancelada oficialmente. Isso mesmo! O principal evento nacional dedicado ao RPG (e seus afins), o maior do Brasil, acabou sendo cancelado devido à questões financeiras, e pessoais, dos organizadores, mas principalmente financeiras.

E perguntamos por quê? Não entendo. Num país como o Brasil que se vangloria à muito tempo de ter um público crescente e fiel de RPG. Num país em que temos uma produção indie de qualidade e em quantidade. Num país que tem duas editoras de renome e qualidade produzindo muito material inteiramente nacional além de possuir uma enorme lista de títulos internacionais traduzidos. Num país que conta com uma grande variedade de pequenos eventos pipocando em todos os estados e mostrando que temos público para coisas maiores. Num país que se compra muitos títulos literários de temas de fantasia. Num país que se vende tanta quantidade de títulos puramente de RPGs. Por tudo isso eu não entendo!

A questão financeira é um problema palpável para qualquer tipo de evento, mas acho que já passamos deste ponto. Não somos mais neófitos tentando juntar quinze ou vinte pessoas ao redor de duas mesas para jogar RPG e cardgame numa lanchonete. Não ficamos mais meses nos revezando ao redor de um livro importado para traduzi-lo para nossa turma poder jogar. Não passamos mais anos esperando que lançamentos cheguem às nossas prateleiras. O Brasil é um dos países de ponta do RPG. Em todo o mundo se diz isso. Mas infelizmente muitos ainda não perceberam isso por aqui mesmo.

De quem é o problema? Não sei ao certo. Carecemos de uma inserção maior na mídia, quem sabe. Embora tenhamos uma grande divulgação via internet e redes sociais ainda é muito limitado e atingi uma ínfima parcela do mercado e das pessoas. Uma possibilidade são os eventos de Literatura onde nossas produções que unem RPG e literatura podem abrir uma porta, mas ainda assim pequena. Não sei ao certo.

Este cancelamento foi uma verdadeira involução para o RPG no Brasil. Acho que teremos de galgar os mesmos degraus novamente e começar de baixo. Começar com os eventos pequenos e tentar fazê-los chamar a atenção de todos para que possam perceber que investir em RPG é um ganho certo.

Acho que temos a obrigação de debater soluções e tentar achar pelo menos algumas respostas para entender o que se passa por aqui! Além disso, acho que temos que, novamente, arregaçar as mangas e voltar a divulgar o RPG, começar novos grupos, fazer nossos eventos de fundo-de-quintal, e tudo o mais que vier à nossa mente.

Vou terminar esse desabafo apenas lamentando mais uma vez... todos nós perdemos!


Abaixo eu deixo a carta aberta que Wallace Garradini postou no Facebook informando do cancelamento:

“Caros Amigos RPGistas,

É com muito pesar que venho aqui para dizer que não teremos uma RPGcon em 2012.

Eu e o D3 tentamos. Tentamos de todas as formas viabilizar o evento esse ano, com o mesmo sacrifício e amor ao hobby que tivemos nos anos anteriores. Mas dessa vez não foi possível.

Somam-se às dificuldades costumeiras (falta de patrocínio, falta de apoio da indústria do RPG), alguns problemas pessoais meus e dele e realmente ficou complicado conseguir os recursos financeiros disponíveis para fazer acontecer, esse ano.

Nos últimos minutos desse jogo, nós tentamos pedir ajuda para a comunidade através de um financiamento coletivo no Movere.me, e agradeço profundamente a todos os bravos 107 guerreiros que compraram essa briga com a gente. 

Mas nós vacilamos com o timing para esse pedido e o período do financiamento foi curto demais para alcançar o montante necessário. 

Foi comovente ver diversos blogs publicando vídeos de apoio, encabeçados pela iniciativa do Daniel de Sant`anna. Amigos antigos como o Marcelo Cassaro doar raridades do seu acervo pessoal para ajudar no nosso sonho e novos como o Ale, da RPGVale correr atrás de empresas para patrocinar o evento. 

Agradeço demais ao pessoal da Secular Games, da RedBox e da Retropunk, companheiros que fizeram todo o possível pra ajudar a mim e ao Douglas em toda essa batalha.

Agradeço também a todos os outros amigos e anônimos, que no Twitter, nos sites, nas listas, fizeram tudo o que podiam pra espalhar o nosso esforço.

Meus mais sinceros sentimentos a todos vocês. Mesmo.

Mas a verdade é que o RPGcon chegaria ao quarto ano, com uma perspectiva muito ruim de retorno financeiro. Pouquíssimas empresas haviam confirmado presença com estandes, outras simplesmente não cumpriram com o prometido e algumas não pagaram dívidas conosco de anos anteriores. 

Nós dois acumulamos prejuízos operacionais desde o primeiro ano, cedendo muito espaço gratuito para associações, grupos e empresas, acreditando que juntos aumentaríamos o bolo e teríamos mais para repartir. Esse sempre foi o nosso sonho: Construir um ambiente onde todos tivessem espaço pra crescer e nos ajudar a crescer. Uma parceria ganha-ganha.

Mas o tempo vai passando, e a coisa não se torna realidade. Ano após ano, a gente vai acumulando prejuízos, vamos revendo os custos e a estrutura, pra poder fazer o evento dentro do orçamento apertado que podemos arcar. Mas a verdade é que nós dois sozinhos não temos recursos para financiar um evento caro como este e sem a ajuda da indústria, que não vê no evento, um ambiente tão interessante como acreditamos que é, fica impossível sustentar esse cenário. 

Muitos amigos dizem que falhamos na divulgação, que falhamos no planejamento, que falhamos até em usar melhor a comunidade a nosso favor. Talvez estejamos falhando realmente nesses pontos todos. Talvez tudo se resuma a abordagem que demos ao evento. Fica realmente difícil identificar o real motivo, quando falta o que é o principal: Dinheiro pra pagar os custos.

Fica aqui a alegria de termos criado um espaço que permitiu o surgimento e crescimento de novas editoras como a RedBox, a Retropunk, a Secular Games e a Coisinha Verde. Fica aqui a satisfação de termos, de alguma forma, contribuído nessa retomada do RPG nacional e fortalecido elos de amizade.

Pedimos desculpas a todos que estão decepcionados com essa triste notícia aos 48 minutos do segundo tempo. Nós também estamos, acreditem.

Obrigado a todos que estiveram presente nos três anos do RPGcon e esperamos encontrar com todos vocês em futuras aventuras.

Wallace Garradini”

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Diário de um Escudeiro 41



Terceiro dia de Cyd de 1393

Meses se passaram desde minha última oportunidade de escrever no diário que recebei de presente de meu avô. Foram cinco meses. A última escrita aqui narrou os acontecimentos em Tollon onde acabei por aprender na carne um pouco sobre o que realmente é ser um “cavaleiro”.

Khalmyr que me perdoe, mas o que menos há neste mundo é justiça. Não entendo como meu Deus pode permitir que isso aconteça já que dizem que ele é o senhor do Panteão.

De qualquer forma, após os acontecimentos que vivenciei passei a repensar minha vida. Minha vida como cavaleiro e como homem. Nem preciso dizer que fui abatido por uma depressão que me impossibilitou de escrever novamente e quase me tirou da academia.

Aos poucos fui recobrando a fé em nós, cavaleiros, e em meu Deus, Khalmyr. Nesses meses passados conversei muito com Sir Constant, sendo constantemente requisitado por ele para ações fora de Bielefield. Hoje percebo que isso servia como uma espécie de tratamento para minha depressão. Uma espécie de remédio para minha auto-estima.

Fiz parte de uma ação militar rápida em Tirondyr contra um agrupamento da Aliança Negra, resolvemos alguns problemas diplomáticos em Yuden e visitamos Valkaria escoltando importantes documentos. Em cada uma dessas missões tive sempre a presença e assistência constante de meu senhor. Conselhos, lições e histórias permeavam cada uma de nossas noites, em tavernas ou ao relento, tendo como pano de fundo o agradável calor de um fogo amigo e todos os recrutas, ou apenas eu, como ouvintes.

Mas pode-se dizer que ações valem mais do que mil palavras e se hoje estou escrevendo aqui novamente é porque presenciei uma ação que mudou minha noção sobre cavaleirismo em Arton.

O motivo foi Sir Timothy “Relva” Graywood, ou apenas “O Relva”, como os amigos o chamavam. Um típico Cavaleiro da Luz, honrado, vigoroso, corajoso. Mas além disso ele tinha uma característica peculiar que acabou por lhe dar sua alcunha. Ele não podia ver um rabo de saia que perdia a compostura e corria para galantear a donzelas até as seduzir e arrastar para um aconchegante gramado. Sim, gramado. Ele dizia que não existia nada melhor do que fazer amor deitado sobre a grama e à luz do escudo de Tenebra, a Lua. Por isso mesmo era comum ele retornar de sua empreitada amorosa cheio de pedaços e tocos de grama pelo cabelo, corpo e roupas. Aos poucos foram o chamando de 'relva' por brincadeira. Ele mesmo diz que não poderiam o chamar de 'grama' pois outro colega de armas já detinha o título. Mas de qualquer forma eu apenas o conhecia por sua fama de galanteador.

Mas como disse, um exemplo vale mais do que mil palavras.

Estávamos numa patrulha de alguns dias pelas fronteiras entre Wynlla e Tyrondir antes do Dia do Duelo. Quando chegamos à cidade de Cundrin, ao sul da famosa Escola de Anões, soubemos que um Cavaleiro da Luz, o “Relva” havia partido para uma missão em direção à uma pequena vila perto do Golfo do Albatroz, já dentro do território de Tyrondir. Aparentemente essa vila estavam em segurança das forças da Aliança Negra, mas de alguma forma ocorreram alguns problemas com globinóides.

Pelo que o taverneiro nos contou fazia mais de uma semana que o cavaleiro havia deixado os braços de uma adorável rapariga das imediações para investigar o que estava acontecendo. Como ele não havia dado nenhum sinal de vida nem novas notícias haviam retornado da vila resolvemos fazer uma visita à comunidade.

Foram dois dias de cavalgada tranquila. Nessas últimas semanas tenho olhado para meu diário com desejo de escrever, mas sem ânimo. Algo que mudo profundamente hoje.

Na patrulha estavam eu, Arlan, Gustav, Sir Tussant e Sir Argnal. Na segunda noite, pouco antes de nossa chegada à vila, que deveria acontecer até o final da próxima manhã, percebemos vestígios de um acampamento globinóide. Eram evidentes as fogueiras apagadas e a grande quantidade de marcas de pés. Ficamos surpresos pois não era uma meia dúzia de membros da Aliança Negra, mas um pelotão inteiro.

Isso nos deixou preocupados e consegui ver nos rostos de nossos instrutores a apreensão. Mas decidimos por dormir já que de nada adiantaria correr perigo em meio à madrugada. Seríamos muito mais úteis descansados e vivos e andar por uma floresta cheia de globinóides à noite era um risco demasiado.

Dormimos nos revezando em vigias duplas, para não corrermos nenhum risco. Logo que o sol despontou no horizonte levantamos acampamento e apressamos o passo. Íamos rápido mas com todo o cuidado possível.

Enquanto nos encaminhávamos para a pequena vila Sir Argnal ia demonstrando suas habilidades de rastreio e leitura dos vestígios deixados pelo chão. Ele sempre nos disse que esta era uma melhores qualidades que um ranger tinha para acrescentar à um grupo de aventureiros e que ele se intrigava tanto com isso que acabou por aprender com um meio-elfo de Collen.

Sir Argnal disse que as marcas eram claras. Uns três dias passados o pelotão de globinóides, com duas carroças pesadas de combate passaram por essa estrada. Provavelmente eles haviam saído do acampamento que havíamos encontrado. De qualquer forma eles se encaminharam diretamente para a vila como se nada os pudesse impedir.

Alguns minutos de cavalgada e Sir Argnal encontrou os primeiros sinais de sangue, mas globinóide. Três corpos estavam em meio à vegetação com estacas de madeira perfurando seus corpos. Descemos dos cavalos e encontramos os restos de uma armadilha artesanal feita de madeira. Era uma armadilha padrão que aprendíamos na Academia. Sir Graywood havia agido.

Esta informação foi um alento para todos e algumas piadas forma ditas sobre o azar dos globinóides esbarrarem em um cavaleiro experiente.

Continuamos nossa jornada ainda com calma sob os olhos atentos de Sir Argnal. Enquanto avançávamos ele ia contando-nos o que via pelos rastros no chão.

Ele disse que os globinóides, mesmo depois da armadilha, continuaram avançando de forma rápida. Todos sabíamos que mesmo sendo da aliança Negra eles ainda eram globinóides e isso significavam que eram um pouco mais que estúpidos.

Mas conforme fomos nos aproximando mais e mais da vila, ainda antes de a vermos ao longe, Sir Argnal mudou sua feição.

“- Temos algo estranho aqui!” – ele disse enquanto descia do cavalo para ficar mais próximo do chão e dos rastros – “quando eles chegaram aqui neste ponto alguma coisa mudou, eles mudaram o ritmo de seu avanço. Esses não eram globinóides comuns ... parece que eles começaram a se organizar ...  um grupo mais pesado na linha de frente e um mais leve, arqueiros de certo, mais atrás por entre a vegetação.”

Ele avançou um pouco mais rápido, meso estando fora de sua montaria e diante de nosso silêncio ele continuou narrando o que enxergava como um tom de horror.

“- A vila não deve estar longe, pois eles diminuíram o passo ... queriam chegar em silêncio” – ele olhou para um lado e para outro e deu uma corrida à frente alcançando alguns arbustos – “ali está a vila” – ele apontou para frente – “eles iam começar o ataque daqui, mas algo os atacou primeiro”

Ele afastou alguns galhos e vislumbramos alguns corpos de goblins atingidos por flechas artesanais.

“- Esses foram os primeiros a cair. Foram espertos em tentar acabar com o apoio dos arqueiros antes de mais nada. Ali tem mais alguns. Este pelotão, pelo que conheço das formações da Aliança Negra, não deveria ter mais do que uma dezena de arqueiros e besteiros. Temos três aqui, quatro ali e mais uns cinco ali adiante. Todos mortos.”

Avançamos mais um pouco e saímos detrás da vegetação atingindo uma enorme clareira que estava entre a vegetação e a vila. Agora conseguíamos ver o verdadeiro campo de batalha. Muitos corpos espalhados por todos os lados. Ao longe uma pequena paliçada com os portões fechados.

Todos estávamos à pé seguindo Argnal tal qual ele fosse um mórbido guia. Caminhávamos lentamente por entre os corpos de muitos globinóides.

“- Para atingir os arqueiros que estavam na floresta eles tiveram de se aproximar muito. Foi um verdadeiro suicídio, mas a única chance de enfraquecer as forças da Aliança Negra. Foi um verdadeiro caminho sem volta.”

Argnal deu uma pequena corrida, já livre de seu cavalo que um dos outros cadetes levava – “como eu disse, um suicídio” – ele apontou para quase uma dúzia de corpos de humanos mortos, literalmente trucidados por espadas e machados. Ao lado dos corpos estavam seus arcos, aljavas e flechas.

“- Pelas pegadas os aldeões já estavam esperando o ataque à meio caminho, quando o avanço dos globinóides começou eles correram para este ponto e atacaram com toda a força que tinham até o último momento”.

Sir Tussan disse que Graywood deve ter organizado as defesas da melhor forma que poderia. Ele não sacrificaria vidas se não fosse extremamente inevitável.

Argnal continuou – “depois deste grupo de arqueiros humanos mortos os globinóides correram como loucos para a direção do portão. Aqui começou a verdadeira batalha. As pegadas mostram que humanos e globinóides se degladiaram ferozmente. Os globinóides estavam em maior número e isso foi fazendo a diferença contra um grupo de aldeões destreinados.”

Corpos de homens e mulheres estavam espalhados, ensanguentados, por todos os lados. Em menor número também haviam corpos de globinóides.

Estávamos todos seguindo Sir Argnal em um silêncio profundo. Ainda assim não entendíamos como os portões ainda estavam fechados e intactos.

“Enquanto os humanos iam caindo ele corriam ainda mais para a direção do portão” – ele continuou narrando parando por um momento como quem olha com mais atenção – “aqui temos pegadas de uma bota típico de um cavaleiro ... só pode ser de Sir Graywood!”

Próximo ao portão havia um pequeno monte de globinóides enquanto Argnal continuava sua narrativa – “eles começaram a cercar nosso amigo que lutou bravamente. Haviam pelo menos trinta contra um. Pelo que vejo aqui à cada golpe haviam um globinóide morto, mas mesmo assim ele foi sendo obrigado à recuar.”

Ele parou em silêncio por uns momentos. Depois andou rápido de um lado par ao outro e voltou lentamente para a frente da pilha de corpos de globinóides.

“- Sir Graywood lutou como nunca se viu. Ele protegeu a paliçada com toda a sua força. Ele era a última linha de defesa. Quanto mais os aldeões iam perecendo, mais ele tinha de correr contra todos os adversários que avançavam e ele fez isso de forma exemplar” – Argnal fez uma pausa – “aos poucos toda a atenção dos globinóides se fixou em Graywood e ele foi sendo cercado ... pelas pegadas ele pulou, girou e matou cada orc e góblin que se aproximou”.

Argnal se abaixou e tocou o chão com os dedos – “mas ele também foi atingido várias vezes ... mas isso não o abateu ... ele continuou lutando e lutando até que não houvesse mais nenhum globinóide.”

Argnal fez uma pausa em frente da pilha de corpos.

“- Mas se matou todos, onde ele está?” – perguntei.

“- Aqui!” – Argnal começou a afastar os corpos dos globinóides até encontrar a armadura de Graywood. Ela estava suja e coberta de sangue seco, seu e de globinóides. Mas seu rosto estava sereno e tranquilo – “foi uma morte boa e digna.”

Ele protegeu com sua vida a paliçada da vila. Morreu, mas não deixou nenhum inimigo vivo. Lá dentro encontramos o motivo de tanto empenho, dele e dos aldeões – doze crianças, todas com certas aptidões mágicas, como tudo o que vem da Wynlla.

Elas estavam muito assustadas, mas intactas. No caminho de volta os mais velhos nos contaram que Graywood chegou alguns dias antes do combate e que mal teve tempo para arrumar uma estratégia de defesa. Elas contaram também que ele jurou pelo túmulo de sua mãe que mesmo que tivesse que morrer e reviver cem vezes nenhum globinóide entraria na vila.

E cumpriu.

Ele era um cavaleiro de verdade. Viveu com seus defeitos, mas morreu como um verdadeiro e digno cavaleiro. Por isso resolvi voltar a escrever em meu diário. Ainda temos com o que nos orgulhar quando vestimos nossas túnicas e armaduras, quando empunhamos nossas espadas e lançamos ao ar nossos estandartes. Estou de volta e irei honrar a espada que carrego e honrar Khalmyr, deus da justiça.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Arquivo de Fichas - Mutantes e Malfeitores - Resident Evil: Retribuição - Alice (sem soro)


Arquivo de Fichas MM
RESIDENT EVIL: RETRIBUIÇÃO I
 Alice [versão sem soro]
  

Nível de Poder 10

Habilidades
FOR 14 (+2) DES 22 (+6) CON 14 (+2) INT 14 (+2) SAB 14 (+2) CAR 12 (+1) 

Salvamento
Resistência +2; Fortitude +6; Reflexo +8; Vontade +5.
        
Combate
Ataque +10 [corpo-a-corpo], +8; Dano +2 [desarmado], +3 [Faca], +3 [Pistola Leve], +4 [Submetralhadora]; Defesa +12; Esquiva +8; Desprevenido +6; Iniciativa +10.

Perícias
Acrobacia +15, Arte da Fuga +8, Dirigir +7, Escalar +5, Furtividade +10, Intuir intenção +6, Notar +6, Pilotar +7.

Feitos
Ação em movimento, Ambidestria, Alvo esquivo, Armação, Ataque acurado, Ataque Dominó 3, Atraente, De pé, Defesa aprimorada 2, Duro de matar, Equipamentos 5, Foco em ataque [corpo-a-corpo] 2, Foco em esquiva 2, Golpe em sequência, Improvisar arma, Iniciativa aprimorada, Luta no Chão, Mira aprimorada, Prender arma, Revide, Saque rápido 2, Sem medo, Tiro preciso.

Poderes
Nenhum

Equipamentos
Faca [Bônus de Dano +1, Crítico 19-20, Descritor/perfuração]
Pistolas Leve (2x) [Bônus de Dano +3, Crítico 20, Descritor/Balístico]
Submetralhadoras (2x) [Bônus de Dano +4, Crítico 20, Descritor/Balístico/Automático]

Pontos: 122
30 (Habilidades) + 9 (Salvamentos) + 44 (Combate) + 6 (perícias) + 33 (Feitos) + 0 (Poderes)

Depois de assistir ao filme "Resident Evil: Retribuição" e não poderia deixar de criar as fichas.... Essa é a primeira!



Podcast 76 da Pipoca e Nanquim debate a importância dos mangás


Os mangás e sua importância


Adorei o tema do podcast 76 da Pipoca e Nanquim - “Mangás, o poder dos quadrinhos japoneses”. Daniel Lopes, Alexandre Callari e Bruno Zago debatem sobre a importância dos mangás tanto na cultura japonesa e quanto na brasileira nos apresentando muitos dados e curiosidades sobre a chegada do mangá no Brasil. Tudo regado à muita música de ótima qualidade. Clique na imagem acima ou AQUI e ouça essa pérola!

Games na Confraria: trailers novos de Devil May Cry e Resident Evil 6

Games e Trailers


Dois super-trailers para vocês de games que farão os fãs pirarem.

O primeiro é Devil May Cry que teve seu trailer apresentado na Tokyo Game Show 2012.  Nele temos muitas sequências de combate de Dante contra uma grande variedade de inimigos do game. O lançamento será para PS3 e Xbox 360 em 15 de janeiro de 2013.


O segundo é novo trailer de Resident Evil 6. Muita ação e um pouco de gameplay para um jogo que vai trazer muitas novidades para a franquia, como uma menção à “Nova Umbrela”. O lançamento será dia 2 de outubro para PC, PS3 e Xbox 360.

Cinema na Confraria: primeira imagem de The Wolverine e novos atores em Thor: the dark world


Filmes da Marvel com novidades

A primeira novidade vem do novo filme de The Wolverine. Foi disponibilizado a primeira imagem do personagem. É uma imagem simples do protagonista interpretado por Hugh Jackman, mas já é um começo. A estréia será dia 26 de julho e contará, em seu elenco, com Will Yun Lee como Samurai de Prata, Tao Okamoto como Mariko YAshida, Rila Fukushima como Yukio, Svetlana Knodchenkova como Víbora e Hiroyuki Sanda como Lorde Shingen.


A segunda novidade vem de Thor: The Dark World com adições ao seu elenco. As duas adições são de Clive Russel (“Água para Elefante”) e Richard Blake (“Game of Thrones”). Eles interpretarão o capitão da guarda asghardiana Einherjar e Thyr, respectivamente. A estréia será em 2013 também com um elenco de peso começando por Chris Hemsworth como Thor, Natalie Portman, Anthony Hopkins, Tom Hiddleston, Kat Dennings, Idris Elba, Jaimie Alexander, Tadanobu Asano, Stella Skarsgard, Rene Russo e Ray Stevenson. A direção será de Alan Taylor, também diretor de Game of Thrones.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Os cards brancos de Return to Ravnica

Return to Ravnica I - Branco

Aqui estão os cards brancos do novo lançamento de Magic: The Gathering, “Return to Ravnica”. Em breve analisaremos a coleção, cor por cor!