domingo, 14 de outubro de 2012

Material de Apoio - Armamentos - Pole Weapons II - Alabarda

MATERIAL DE APOIO


POLE WEAPONS II - ALABARDAS

Resolvi começar as postagens em que apresentarei uma à uma as pole weapons pela Alabarda por uma razão simples. Elas é uma das mais conhecidas e das mais discriminadas.

As alabardas são pole weapons de uso com duas mãos que começaram a ser utilizadas mais ao final da Idade Média nos séculos XIV e XV, embora as pole weapons tenham surgido muitos séculos antes. Seu nome vem da junção de duas palavras alemãs: ‘halm’ (pessoal) e ‘barte’ (machado), originando, no moderno alemão ‘Hellebarde’. É uma arma própria de infantaria embora em especial tenha sido muito mais utilizada por guardas internos de castelos e palácios ou na defesa de muros e fortificações. Seu primeiro uso foi no exército suíço, no século XIV.

ESTRUTURA
A alabarda é composta de cinco partes. A haste de madeira é sua base e principal elemento de sua estrutura medindo em média entre 1,50m e 1,80m, mas tendo sido encontradas alabardas com haste de até 4 metros. Com o tempo essa haste ganhou reforço de metal para suportar golpes de espadas e machados.

Em uma das extremidades da haste há uma ponta longitudinal reta e metálica (como se fosse uma lança). Nesta ponta há duas porções transversais distintas. A primeira delas é uma lâmina afiada em forma de meia-lua (tal qual um machado), mas com espessura bem menor já que com um cabo longo e fino, como é o caso da haste, provocaria quebra dela se tivesse um peso maior. Uma das funções desta lâmina, além das de combate (que veremos depois) era de proteger a ponta longitudinal de entrar demais em seu alvo e acabar prendendo, deixando a alabarda sem utilização após o primeiro golpe. Já o gancho, a outra porção transversal, é chamado de esporão e é bem menor que a porção da lâmina. Sua função é bem definida servindo para puxar algo (adversário, arma etc). Com essa estrutura tripla temos o grande atrativo e importância desta arma – a versatilidade. Para cada uma delas há uma função específica tanto ofensiva quanto defensiva. As técnicas de utilização variam conforme a necessidade.


Existem ainda outras mais duas partes importantes na alabarda. Logo abaixo da estrutura principal metálica, na extremidade da haste há o chamado ‘Adorno’. Ele serve para obstruir a passagem do sangue de um alvo atingido e este não deixar a haste escorregadia. A outra é o chamado ‘Pé’ ou ‘Coronha’. Ele fica na outra extremidade da haste e pode ser de metal ou mesmo madeira e pode ter a forma pontiaguda ou rombuda. Nem sempre este pé/coronha está presente na alabarda.

USOS
As alabardas são extremamente eficazes contra combatentes montados ou usando armaduras. São vários os métodos utilizados por quem as empunha.


Contra oponentes montados o guarda pode usar as três peças da alabarda em combate. O esporão é usado para puxar o cavaleiro de sobre o cavalo. Ao mesmo tempo a lâmina, quando em uma configuração com suas extremidades mais abertas, poderia ser utilizada na parte de trás do tornozelo do cavalo para forçá-lo a dobrar a perna e cair, derrubando seu condutor. Por fim ele pode usar a alabarda para empalar as montarias simplesmente apoiando o cabo da haste no chão e segurando a ponta de encontro ao seu alvo.

Já a curta distância, cerca de um à dois metros, ela tinha menos eficiência. Sua maior utilização assim era com o uso de sua haste para bloquear ataques com espadas do adversário ou diretamente contra o corpo do adversário. Para isso ele poderia se valer da ponta da haste (oposta à ponta de metal) que poderia ter uma superfície levemente pontiaguda ou rombuda. Uma adaga longa poderia ser utilizada também em casos de curta distância como arma secundária.

Ainda temos sua utilização no combate corpo-a-corpo, quando à média distância. Ela, se utilizada com agilidade, pode proporcionar uma série de variações que possibilitam desde o desarme de um oponente até sua morte. No vídeo abaixo podemos perceber as várias utilizações das partes da alabarda em um combate corpo-a-corpo:


TÉCNICAS
A técnica básica inicial para uso da alabarda começa com sua empunhadura no meio da haste, com o polegar apontado para a ponta de lança. A outra mão deve ficar mais próxima da coronha. Essa posição já possibilita o movimento básico de guarda da alabarda que consiste em elevar a alabarda acima da cabeça com a porção da lâmina virada para cima e com a coronha apontada para o adversário ou projetá-la de ponta, em um golpe vertical, contra o adversário se postada na linha da cintura. Isso já permitiria um movimento circular para projetar a lâmina sobre o adversário. Destas posições pode-se variar para um grande número de golpes e ações.

3 comentários:

Hiro Manju disse...

muito bom!

Hiro Manju disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dija disse...

Muito massa! Uma pena que alguns vídeos estão fora do ar. Queria ver melhor as técnicas. Vou tentar procurar por fora depois