quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pipoca e Nanquim lançam segunda parte da análise sobre Novos 52 da DC com podcast 71

Análise profunda dos Novos 52

A enorme reformulação do universo DC ainda vai dar muito o que falar neses meses iniciais. A panini começou a distribuir os primeiros títulos nas bancas e logo logo estarão pipocando por todos os lados resenhas. Mas os primeiros a fazerem isso - e já faz algumas semanas - foi a galera da Pipoca e Nanquim. com o videocast 121 (já inidicado pela Confraria de Arton).

Hoje trazemos a segunda parte desta análise, mas agora em um podcast. Como na primeira parte temos uma análise aprofundada de todas as nuances deste novo caminho que a DC percorre, cheio de comentários interessantes e engraçados. Abaixo deixo o banner da podcast para você clicar e acessar o material e logo abaixo o videocast com a primeira parte para quem desejar recapitular. Um pouco mais abaixo deixo uma pequena resenha básico do que é o evento Novos 52, que retirei do site Plano Crítico, para que todos possam se interar.




Mas o que são os Novos 52?
A DC Comics iniciou, em 31 de agosto de 2011, sua maior aposta em muitos anos: a reformulação total de seu universo. Uma espécie de recomeço para todas as suas séries mas sem exatamente apagar completamente o que veio antes. Para fazer isso, selecionou 52 títulos entre já existentes e completamente novos e deu a eles um número um, incluindo a clássicos que nunca tiveram a cronologia zerada como Action Comics e Detective Comics. O primeiro título lançado foi Liga da Justiça e, então, nas 4 semanas seguintes, a editora lançou as demais 51 revistas.

Como características principais desse novo universo temos a reformulação da origem e de uniformes de alguns heróis clássicos (Superman é o que realmente chama mais a atenção pois ele perdeu a famosa “cueca por cima da calça”), a integração de universos diferentes dentro da continuidade normal (Monstro do Pântano do selo Vertigo, antes DC, definitivamente volta ao universo comum, assim como outros personagens) e uma espécie de “compressão temporal”, digamos assim, em que a premissa básica sobre os heróis no mundo é que eles não existiam há mais de 5 anos. As revistas são divididas entre aquelas que se passam no começo do estabelecimento dos heróis, época em que, de acordo com a premissa, eles eram temidos e odiados e outras que se passam hoje em dia, com os heróis já com sua reputação determinada.

Definitivamente, foi uma proposta arriscada mas que não deixava de ser interessante. É claro que, por detrás disso tudo, havia a sana de capitalizar em cima de propriedades que já não estavam dando tanto dinheiro, já que o lançamento de “números 1″ sempre vende mais que o normal. É por isso que as revistas da DC e da Marvel sofreram tantas renumerações ao longo das décadas. Com o novo universo DC, 52 novos títulos “número 1” seriam despejados no mercado quase que simultaneamente, algo de difícil digestão pelo público leitor, especialmente considerando que se tratava de uma reformulação do Universo DC.

Mas a proposta acabou gerando muita publicidade e o primeiro número de Liga da Justiça, por exemplo, teve vendas de mais de 200 mil exemplares, algo incrivelmente alto para os Estados Unidos, mas que, se comparado com a nossa Turma da Mônica, que vende 400 mil por mês só da versão “jovem” da série, é bem baixo. Mas temos que considerar que, nos EUA, a forma de distribuição de quadrinhos é bem diferente. Com a estratégia de recomeço, a DC resolveu, também, pela primeira vez, lançar todos os seus títulos simultaneamente em formato digital, para o horror das comic shops nos EUA.

No entanto, existe uma desconfiança geral sobre a estratégia. Esse novo universo vem logo depois de uma estória envolvendo realidades paralelas com Flash, chamada Flashpoint e isso pode significar que a DC esteja, na verdade, fazendo uma espécie de test drive. Se tudo der certo, eles continuam com o universo novo. Se der errado, assim como o “sonho” de uma temporada inteira de Bob Ewing em Dallas ou como aquela tentativa fracassada de novo universo na Marvel chamada Heroes Reborn, eles voltam atrás apenas se aproveitando de elementos que “deram certo” no novo universo

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