Fortão, o gato aventureiro de Arton
Capítulo 5
Já
estavam na estrada à três dias rumo à Valkaria, mas o tempo não era uma
preocupação para o grupo. Depois dos ótimos espólios da aventura em Collen eles
estavam mais seletivos em quais aventuras embarcar e quando. Como já fazia
muito tempo que não iam à capital do Reinado eles passavam boa parte do dia
planejando o que fazer quando chegar lá. A jornada era relativamente longa, mas
com as bolsas cheias de tibares tudo ficava mais fácil e tranqüilo.
O
caminho rumo norte era quase que uma linha reta entre Cosamhir, capital de Tyrondir,
e Valkaria, capital de Deheon e de todo o Reinado. No caminho passava-se por
uma curta porção da Mata dos Galhos Partidos e pela Pequena Colina. Eram mais
de oitenta léguas entre o ponto de partida e o destino, o que significa pouco
mais de uma semana à cavalo em marcha lenta. Mas quis a vontade de Nimb que o
grupo acabasse se afeiçoando à uma pequena caravana familiar que seguia na
mesma direção, rumo norte, para vender seus produtos em algumas vilas no meio
do caminho.
Gustav
à contra gosto aceitou servir de ‘acompanhante’ da caravana enquanto estivessem
no mesmo trajeto. Seu mau humor não era apenas por ser um anão, algo que já
servia de desculpa, mas ele não gostava de viajar com despreparados, como ele
mesmo chamava as pessoas que não tinham afeição ao uso das armas. Fortão já
havia percebido que o anão se preocupava muito mais com os outros do que
gostava de deixar transparecer e viajar com um grupo que não tinha costume de
usar a espada lhe deixava se sentindo ainda mais responsável. O gato tinha
quase certeza que isso tinha raízes em seu passado, que poucos conheciam.
Já
os elfos Ehllinthel e Allyohnas eram do tipo que levavam a vida com pouca
preocupação e uma companhia à mais para uma jornada tão longa seria muito bem
vinda, além de que teriam alguém de calibre para cozinhar. A senhora Flogger havia
demonstrado toda sua aptidão como cozinheira no primeiro dia em que os dois
grupos se encontraram na estrada por acaso e dividiram o jantar. Todo o grupo tem
certeza que o enorme Blander teve a idéia de escoltar a caravana após se
deliciar com três tigelas de cozido de carne com batata. Na verdade o enorme
guerreiro gostava de se considerar como uma pessoa de bem e no fundo Fortão
achava que ele próprio se considerava um cavaleiro de coração embora não
empunhasse nenhum estandarte.
O
tempo da jornada no ritmo da caravana com suas pesadas carroças triplicava, mas
como um dos elfos disse – “quem está com pressa?” – e fortão concordava
plenamente. O primeiro dia de jornada ele passou o tempo todo dormindo sobre um
macio cobertor da mais pura lã. O balançar cadenciado da carroça o deixava
sonolento e nada melhor do que dormir em uma viajem longa. Os elfos iam na
segunda carroça, juntos das duas filhas do casal, um querendo aparecer mais que
o outro. Blander ia à cavalo bem na ponta como verdadeiro batedor de vanguarda,
enquanto Gustav cuidava da retaguarda, dentro da terceira carroça, a maior e
mais pesada.
A
jornada em si era para ser a mais calma possível já que as estradas daquela
região eram muito movimentadas para os padrões do reinado. Tropas estavam em
constante movimento rumo sul para reforçar o contingente que segurava
a
Aliança Negra próximo à Khalifor. Além disso, era a principal rota comercial de
toda essa porção sul em direção ao centro de comando do Reinado. Em resumo,
nada de mais significativo deveria acontecer por aqui. No máximo salteadores
interessados nas caravanas comerciais e pequenos grupos de delinqüentes
tentando tirar alguma vantagem aqui e ali.
Por
isso tudo a caravana estava em estado de graça com a presença de um grupo de
aventureiros lhes acompanhando, ao mesmo tempo que os próprios aventureiros
estavam tranqüilos por rever a região que a muito não visitavam. Mas nem tudo
segue a ordem. Para falar a verdade, em Arton, a ordem estava constantemente
sendo posta de ponta cabeça.
Ao
final do quarto dia de viagem o grupo avistou a densa Mata dos Galhos Partidos.
Como já estavam à muitas hora de jornada e o sol começava a se esconder todos
acharam que o ideal seria acamparem antes de alcançar a vegetação mais densa da
mata e deixar para atravessá-la com dia pleno. Atravessar a mata era uma das
opções. A estrada se bifurcava perto de onde estavam. Escolher contornar a mata
não era um problema tão grande, pois aumentava a jornada em apenas um dia, mas
o sentimento de segurança de todos os fez decidirem por atravessá-la. Até mesmo
Gustav não bronqueou com a decisão.
Aquela
noite foi tranqüila ao redor da fogueira. Mais duas caravanas que iriam
contornar a mata resolveram se juntar ao grupo e montar um grande acampamento
antes de nos separarmos na bifurcação em nossas jornadas. Carroças em posição
circular criaram uma considerável clareira junto à estrada onde couberam três
grandes fogueiras em seu centro. Teve música, muita comida e vinho, um
verdadeiro banquete e muitas histórias de fantasmas e aventuras. O que menos
fizeram foi dormir. Aquilo mais parecia uma festa.
Fortão
estava encantado com toda aquela movimentação. Lembrou as animadas noites na “Enguia
da Costa”, taverna gerenciada por Hernus e Thuragar, onde viverá boa parte de
sua vida até pouco tempo atrás. Ele encontrou outros quatro gatos que
acompanhavam as outras caravanas. Foi um momento de trocarem informações e
experiências, pois bem ou mal Fortão ainda era novato nas andanças pelas
estradas. Toda sua vida, até conhecer o grupo de Blander, foi vivido na cidade
portuária de Malpetrin, à beira do Rio dos Deuses, e tudo o que pudesse
aprender iria ajudar muito.
No
outro dia, seguindo o costume de acordarem com as galinhas, as caravanas
retomaram seus caminhos com olhos inchados e cabeças doendo. Um pouco antes do
meio do dia elas já haviam se separado, logo antes da entrada da mata. A parada
para a refeição do meio do dia foi à cerca de meia légua depois de entrarem e
durou bem menos que o de costume já que as ressacas impediam que uma boa
degustação dos pratos da matrona da caravana fosse feita.
Segundo
os cálculos de Allyohnas gastaríamos quatro dias atravessando o caminho pela densa
vegetação, mas ainda assim estariam ganhando um bom tempo. Os elfos se sentiam
em casa no meio daquela paisagem verde. Subiam nas árvores e acompanhavam o a
caravana correndo de galho em galho. Em outros momentos desapareciam por
completo por quase uma hora e voltavam com frutas tão estranhas quanto
deliciosas ou com algum animal pequeno para mostrar para as crianças. Blander e
Gustav estavam tranqüilos, pois essa era a paisagem que os amigos de orelhas pontudas
mais se sentiam em casa, deixando-os ainda mais seguros
Numa
das tantas investidas para o fundo da floresta pelos elfos tiveram a
participação de Fortão. Ele acompanhou habilmente uma subida até o topo de uma
árvore e começou a correr acompanhando Ehllinthel em sua correria de copa em
copa. O elfos apreciavam a presença do felino em tudo o que fizessem e aquilo
mais parecia uma brincadeira para os três. Mas uma coisa os deixava
impressionados, a forma como Fortão estava se sentindo à vontade com sua nova
vida e com o incrível desenvolvimento físico do felino que estava cada vez
melhor em todas as suas ações. Muito melhor que o normal eles poderiam
confessar.
Depois
do incidente na masmorra em Collen, em que Fortão foi fundamental para que
conseguissem vencer as armadilhas e pegar aquele incrível espólio, os elfos
perceberam em sutis detalhes que algo estava mudando no gato e que toda essa
ação o estava de certa forma treinando e o deixando melhor. Ou como eles mesmos
diziam entre si – “pode ser apenas impressão nossa!” O certo era que Fortão
estava mais rápido, mais ágil e mais flexível, características comuns em gatos
e que nele estavam ainda mais desenvolvidas.
Os
dois primeiros dias da jornada pela mata foram mais que tranqüilos, chegaram a
ser monótonos. O clima agradável, a brisa e a calma conseguiriam deixar
sonolento qualquer aventureiro experiente. E ali não foi diferente. Na terceira
noite de calmaria a despreocupação acabou por deixar o acampamento
desguarnecido à ponto de ninguém perceber uma aproximação indesejada mesmo
Fortão não percebera nada de início com sua audição aprimorada.
O
gato estava sentado ao lado de Ehllinthel e ambos assistindo uma partida de
algum complicado jogo de cartas que Marmun Flogger tentava ensinar à Gustav. As
risadas e piadas provocavam risos tão altos que encobririam a chegada de uma
manada de mamutes. Mas de qualquer forma algo chamou a atenção de Fortão, algo
como um som inaudível ou um pressentimento. Ele aprumou as orelhas mesmo sem
mover seu corpo apenas para ter certeza de algo que já estava sentido – perigo.
Ele se levantou num pulo chamando a atenção de Allyohnas e ao trocarem olhares
rápido foi como se conversassem!
“-
Emboscada!!!” – o elfo gritou assustando mais do que alertando à todos.
Antes
que conseguissem chegar à suas armas o farfalhar da vegetação ao redor do
acampamento demonstrou que o perigo estava muito próximo. Eles estavam tão
despreparados que nenhum estava junto de sua arma, um erro de principiante ou mesmo
de um amador. Quando os primeiros goblins surgiram por entre o verde dos
arbustos o acampamento estava uma bagunça e mal as crianças haviam conseguido
entrar nas carroças. Gustav improvisou uma arma com uma tora fumegante da
fogueira enquanto os elfos estavam apenas com suas adagas. Blander havia pego
os armamentos de todos e estava com eles nos braços.
Não
eram simples bandoleiros, de forma alguma, pois o número e a organização deles
era claramente militar. A primeira coisa que veio à mente de todos foi que
deveriam ser da Aliança Negra o que significava que o perigo seria
multiplicado. Fortão prontamente correu por debaixo de uma das carroças e subiu
habilmente para cima do toldo enquanto os outros começaram a se posicionar de
modo à que a família de comerciantes ficasse atrás deles.
Tudo
ficou parado por um instante, até que ao grito de comando os goblins iniciaram
seu ataque. Não eram menos de vinte, de modo que se aglomeraram para atingir
seus alvos. Gustav, armado com o tronco incandescente, girava sua arma
improvisada em semi círculos mantendo alguns deles afastados. Os elfos se
valiam de sua agilidade para escapar das estocadas das espadas curtas já que só
tinham em mãos as adagas. Blander, que estava com todas as armas nos braços, as
jogou o mais perto possível de seus amigos e correu com seu corpanzil
abalroando uma meia dúzia de seres escamosos tal como um touro enraivecido.
Fortão, de cima do toldo, avaliou o que fazer e tal qual um experiente
guerreiro procurou aquele que tinha a voz de comando e num pulo acrobático caiu
sobre o capacete dele enterrando sobre os olhos e deixando-o momentaneamente
cego.
Com
o susto o goblin que dava as ordens caiu sentado no chão com sua espada em
punho atacando o vazio. Fortão, atrás dele, só esperou que se levantasse para
que duas unhadas bem dadas tirassem sangue de suas canelas e escondeu-se na
escuridão. Só quem já recebeu uma unhada de gato sabe como elas são dolorosas.
O goblin lançou um grunhido estridente chamado a atenção dos mais próximos.
Enquanto
isso a luta continuava. Metade dos goblins já estava estirada no chão, como
resultado das armas já nas mãos dos aventureiros. Mas mais e mais surgiam da
escuridão. Fortão corria por entre as pernas dos novos inimigos e os lanhava,
tirando a atenção da luta, sendo fatal quando perto de um dos seus companheiros.
Aquilo tudo não estava sendo um grande desafio para o grupo até que o chefe-goblin,
com um grito diferenciado, chamou algum tipo de reforço.
Do
meio da vegetação surgiram três orcs enormes. A luta agora mudava de rumos.
Suas clavas pesadas faziam o chão tremer cada vez que erravam os alvos e
estouravam ao lado dos aventureiros. Fortão foi prático e fez aquilo que nunca
imaginou fazer. Ele correu para o líder dos goblins e, saindo da escuridão, se
lançou contra seu pescoço em uma mordida certeira que arrancou um naco de carne
junto com a jugular do infeliz goblin. A morte foi instantânea. Aquilo possuiu
Fortão. Ele ficou fora de si numa mescla de raiva e êxtase. Ele atacava cada
goblin que estivesse perto. Ehllinthel percebera o que estava ocorrendo e se
preocupou, mas não poderia fazer nada enquanto os orcs estivessem ali.
Gustav
teve azar e fora atingido de raspão por uma das clavas, mas forte o suficiente
para jogá-lo de encontro à roda de madeira de uma das carroças o deixando
desacordado. Allyohnas estava com um dos braços inutilizado após uma das muitas
setas das bestas dos inimigos terem o acertado pelas costas. Blander e
Ehllinthel tentavam manter a luta, protegendo à todos. Enquanto isso Fortão
continuava seu ataque frenético. Seu pelo já estava vermelho pelo sangue dos
inimigos e ele não parecia cansar. Mas mesmo assim lutar contra três orcs e
goblins não é tarefa fácil para ninguém e os ventos começavam a soprar para a
derrota.
Quando
Blander caiu com um dos orc por cima dele numa luta frenética corpo a corpo as
coisas parecerem desesperadamente desanimadoras. A reação de Fortão foi pular
sobre o orc com os dentes cravados em sua nuca, mas nem isso parecia frear a
fera até que de repente ela parou com um estalo.
Blander
recebeu uma golfada de sangue esverdeado saída da boca do orc pouco antes dele desfalecer
pesadamente sobre seus braços, com uma flecha atravessada em sua cabeça. Os
outros dois orcs tiveram sua atenção chamada, mas já era tarde. Do chão
surgiram galhos verdes e vivos que prenderam suas pernas deixando-os imóveis
sendo presas fáceis para um enorme urso marrom que surgiu do nada e que com
duas patadas certeiras abriu-lhes as gargantas. Os poucos goblins ainda vivos
foram atingidos por dardos de galhos de árvores e por flechas élficas.
Não
haviam mais inimigos.
Algumas
cabeças saíram de dentro das carroças quando o som da luta silenciou. Blander
empurrou o enorme orc para o lado e começou a se arrastar debaixo dele enquanto
Gustav era erguido por Ehllinthel. Do meio da mata surgiram duas figuras e se
postaram ao lado do enorme urso que se sentara lambendo o sangue de suas patas.
Um elfo e um humano tinham o semblante sereno e por certo eram os aliados que
haviam ajudado a encerrar a luta.
Mas
a atenção foi desviada para Fortão que estava ainda com o pelo eriçado e com um
aspecto demoníaco com todo aquele sangue por sobre seu pelo. Ele ainda não
havia largado a nuca do orc, já morto, como se a luta ainda não tivesse
terminado. Todos seus amigos estavam assustados com a reação do amigo e aliado
felino. O humano desconhecido, com vestes amarronzadas e repleto de bolsinhas e
frascos em seu cinto, fez um sinal para todos ficassem onde estavam e se
aproximou de Fortão.
O
gato, quando notou que um estranho se aproximava, soltou o pescoço do orc e
assoprou com um miado que mais parecia um uivo. O druida não se amedrontou, se
agachando ao lado do corpo do orc. Seu rosto era tranqüilo e suas palavras
soaram como a brisa.
“-
Calma, filho abençoado de Allihanna” – ele estendeu a mão espalmada como que
fazendo uma magia - “eu entendo... foi sua primeira morte, não foi?”
Fortão
mudou seu olhar de raiva para angústia abaixando sua cabeça. O sangue ainda
pingava de seus bigodes. Ele levantou novamente os olhos e olhou fundo primeiro
para o desconhecido, depois para cada um dos outros.
“-
Esta é uma das agruras de se ser um aventureiro meu amigo felino. Um dos
pesados fardos que acabamos por levar em nossas costas. Sei bem que a primeira
morte, o gosto do primeiro sangue, nunca mais sairá de sua mente, mas foi necessária.
Não és um assassino e todos aqui passaram pela mesma tristeza.”
O
gato parecia querer falar algo, querer desabafar, querer chorar.
Era
uma situação estranha uma comoção tão grande depois de derrotarem inimigos tão
odiados quanto os membros da Aliança Negra, mas nem todos absorvem da mesma
forma a morte ou o ato de matar. Para Fortão ele havia destruído outro ser vivo
e isso não poderia ser algo bom. Ele se questionava como alguém que se diz
filho de Allihanna poderia levar esse fardo – matar sem que seja para se alimentar.
O
elfo desconhecido se sentou em uma pedra ao redor da fogueira enquanto olhava
fixamente para o gato ao mesmo tempo que acariciava o enorme urso.
“-
Muitas estações atrás, já nem sei quantas, eu tirei uma vida pela primeira vez.
Meu irmão mais velho, que me acompanhava em meus primeiros passos pelas
florestas mais ao sul, me mostrou que existem grandes diferenças entre
assassinar e se defender. Não que isso minimize o ato de tirar uma vida, mas
Allihanna é justa e sábia e saberá, mesmo que tu não queiras, as tuas
verdadeiras intenções.”
Fortão
apenas olhava enquanto sua respiração ia lentamente se cadenciando. Todos os
seus companheiros estavam ainda em silêncio e apenas o olhavam, enquanto os
donos da caravana iam descendo para o chão junto das crianças.
“-
Lembro de minha primeira morte quando ainda era um garoto” – disse Blander – “ajudei
meu pai à caçar uma matilha de lobos que roubava nossas ovelhas... ainda ouço
os uivos lançados na hora de suas mortes em alguns sonhos!”
“-
Allyohnas e eu” – disse em voz baixa Ehllinthel – “passamos por essa experiência
ao resgatar algumas crianças de mercadores de escravos em Ahlen. Mesmo sabendo
que era o certo não deixo de me lembrar da vida sumindo dos olhos do capitão do
navio ... e sei que isso também perturba Ally”. O outro elfo apenas concordou e
baixou a cabeça.
“-
Eu vinguei a morte de meu filho” – disse quase em um sussurro Gustav – “e ainda
me dói ter tido de matar meu próprio irmão por isso”.
Pelo
visto nunca haviam comentado sobre isso uns com os outros. Era muito fácil ser
aventureiro quando você já tem o espírito talhado para isso, mas ninguém se
lembra que o início é duro e traumático para qualquer um. Fortão percebeu tudo
isso e entendeu que sua atitude foi necessária e que não era um monstro, apenas
tinha amadurecido ungido pelo sangue dos inimigos. Ele suspirou e desceu de
cima do orc fazendo um cumprimento primeiro para o druida agachado ao seu lado
e depois para o elfo e para o urso.
O
peso daquele momento parecia se dissipar aos poucos.
Blander,
já de pé, olhou para os recém chegados e, abrindo um largo sorriso, perguntou –
“bom, depois de tudo isso, quem são nossos aliados?”
O
elfo se postou de pé de forma reverenciada e fez as apresentações – “sou
Tahndour ... o druida é meu quase irmão Neldor ... e nosso colega peludo é
Teodor... mas vocês devem nos conhecer como os vigias da Mata dos Galhos Partidos.
Capítulo 06 - AQUI.
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