segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Contos da Confraria: Fortão, o gato aventureiro de Arton - Capítulo 5

Fortão, o gato aventureiro de Arton


Capítulo 5


Já estavam na estrada à três dias rumo à Valkaria, mas o tempo não era uma preocupação para o grupo. Depois dos ótimos espólios da aventura em Collen eles estavam mais seletivos em quais aventuras embarcar e quando. Como já fazia muito tempo que não iam à capital do Reinado eles passavam boa parte do dia planejando o que fazer quando chegar lá. A jornada era relativamente longa, mas com as bolsas cheias de tibares tudo ficava mais fácil e tranqüilo.

O caminho rumo norte era quase que uma linha reta entre Cosamhir, capital de Tyrondir, e Valkaria, capital de Deheon e de todo o Reinado. No caminho passava-se por uma curta porção da Mata dos Galhos Partidos e pela Pequena Colina. Eram mais de oitenta léguas entre o ponto de partida e o destino, o que significa pouco mais de uma semana à cavalo em marcha lenta. Mas quis a vontade de Nimb que o grupo acabasse se afeiçoando à uma pequena caravana familiar que seguia na mesma direção, rumo norte, para vender seus produtos em algumas vilas no meio do caminho.


Gustav à contra gosto aceitou servir de ‘acompanhante’ da caravana enquanto estivessem no mesmo trajeto. Seu mau humor não era apenas por ser um anão, algo que já servia de desculpa, mas ele não gostava de viajar com despreparados, como ele mesmo chamava as pessoas que não tinham afeição ao uso das armas. Fortão já havia percebido que o anão se preocupava muito mais com os outros do que gostava de deixar transparecer e viajar com um grupo que não tinha costume de usar a espada lhe deixava se sentindo ainda mais responsável. O gato tinha quase certeza que isso tinha raízes em seu passado, que poucos conheciam.

Já os elfos Ehllinthel e Allyohnas eram do tipo que levavam a vida com pouca preocupação e uma companhia à mais para uma jornada tão longa seria muito bem vinda, além de que teriam alguém de calibre para cozinhar. A senhora Flogger havia demonstrado toda sua aptidão como cozinheira no primeiro dia em que os dois grupos se encontraram na estrada por acaso e dividiram o jantar. Todo o grupo tem certeza que o enorme Blander teve a idéia de escoltar a caravana após se deliciar com três tigelas de cozido de carne com batata. Na verdade o enorme guerreiro gostava de se considerar como uma pessoa de bem e no fundo Fortão achava que ele próprio se considerava um cavaleiro de coração embora não empunhasse nenhum estandarte.

O tempo da jornada no ritmo da caravana com suas pesadas carroças triplicava, mas como um dos elfos disse – “quem está com pressa?” – e fortão concordava plenamente. O primeiro dia de jornada ele passou o tempo todo dormindo sobre um macio cobertor da mais pura lã. O balançar cadenciado da carroça o deixava sonolento e nada melhor do que dormir em uma viajem longa. Os elfos iam na segunda carroça, juntos das duas filhas do casal, um querendo aparecer mais que o outro. Blander ia à cavalo bem na ponta como verdadeiro batedor de vanguarda, enquanto Gustav cuidava da retaguarda, dentro da terceira carroça, a maior e mais pesada.

A jornada em si era para ser a mais calma possível já que as estradas daquela região eram muito movimentadas para os padrões do reinado. Tropas estavam em constante movimento rumo sul para reforçar o contingente que segurava
a Aliança Negra próximo à Khalifor. Além disso, era a principal rota comercial de toda essa porção sul em direção ao centro de comando do Reinado. Em resumo, nada de mais significativo deveria acontecer por aqui. No máximo salteadores interessados nas caravanas comerciais e pequenos grupos de delinqüentes tentando tirar alguma vantagem aqui e ali.

Por isso tudo a caravana estava em estado de graça com a presença de um grupo de aventureiros lhes acompanhando, ao mesmo tempo que os próprios aventureiros estavam tranqüilos por rever a região que a muito não visitavam. Mas nem tudo segue a ordem. Para falar a verdade, em Arton, a ordem estava constantemente sendo posta de ponta cabeça.

Ao final do quarto dia de viagem o grupo avistou a densa Mata dos Galhos Partidos. Como já estavam à muitas hora de jornada e o sol começava a se esconder todos acharam que o ideal seria acamparem antes de alcançar a vegetação mais densa da mata e deixar para atravessá-la com dia pleno. Atravessar a mata era uma das opções. A estrada se bifurcava perto de onde estavam. Escolher contornar a mata não era um problema tão grande, pois aumentava a jornada em apenas um dia, mas o sentimento de segurança de todos os fez decidirem por atravessá-la. Até mesmo Gustav não bronqueou com a decisão.

Aquela noite foi tranqüila ao redor da fogueira. Mais duas caravanas que iriam contornar a mata resolveram se juntar ao grupo e montar um grande acampamento antes de nos separarmos na bifurcação em nossas jornadas. Carroças em posição circular criaram uma considerável clareira junto à estrada onde couberam três grandes fogueiras em seu centro. Teve música, muita comida e vinho, um verdadeiro banquete e muitas histórias de fantasmas e aventuras. O que menos fizeram foi dormir. Aquilo mais parecia uma festa.

Fortão estava encantado com toda aquela movimentação. Lembrou as animadas noites na “Enguia da Costa”, taverna gerenciada por Hernus e Thuragar, onde viverá boa parte de sua vida até pouco tempo atrás. Ele encontrou outros quatro gatos que acompanhavam as outras caravanas. Foi um momento de trocarem informações e experiências, pois bem ou mal Fortão ainda era novato nas andanças pelas estradas. Toda sua vida, até conhecer o grupo de Blander, foi vivido na cidade portuária de Malpetrin, à beira do Rio dos Deuses, e tudo o que pudesse aprender iria ajudar muito.

No outro dia, seguindo o costume de acordarem com as galinhas, as caravanas retomaram seus caminhos com olhos inchados e cabeças doendo. Um pouco antes do meio do dia elas já haviam se separado, logo antes da entrada da mata. A parada para a refeição do meio do dia foi à cerca de meia légua depois de entrarem e durou bem menos que o de costume já que as ressacas impediam que uma boa degustação dos pratos da matrona da caravana fosse feita.

Segundo os cálculos de Allyohnas gastaríamos quatro dias atravessando o caminho pela densa vegetação, mas ainda assim estariam ganhando um bom tempo. Os elfos se sentiam em casa no meio daquela paisagem verde. Subiam nas árvores e acompanhavam o a caravana correndo de galho em galho. Em outros momentos desapareciam por completo por quase uma hora e voltavam com frutas tão estranhas quanto deliciosas ou com algum animal pequeno para mostrar para as crianças. Blander e Gustav estavam tranqüilos, pois essa era a paisagem que os amigos de orelhas pontudas mais se sentiam em casa, deixando-os ainda mais seguros

Numa das tantas investidas para o fundo da floresta pelos elfos tiveram a participação de Fortão. Ele acompanhou habilmente uma subida até o topo de uma árvore e começou a correr acompanhando Ehllinthel em sua correria de copa em copa. O elfos apreciavam a presença do felino em tudo o que fizessem e aquilo mais parecia uma brincadeira para os três. Mas uma coisa os deixava impressionados, a forma como Fortão estava se sentindo à vontade com sua nova vida e com o incrível desenvolvimento físico do felino que estava cada vez melhor em todas as suas ações. Muito melhor que o normal eles poderiam confessar.

Depois do incidente na masmorra em Collen, em que Fortão foi fundamental para que conseguissem vencer as armadilhas e pegar aquele incrível espólio, os elfos perceberam em sutis detalhes que algo estava mudando no gato e que toda essa ação o estava de certa forma treinando e o deixando melhor. Ou como eles mesmos diziam entre si – “pode ser apenas impressão nossa!” O certo era que Fortão estava mais rápido, mais ágil e mais flexível, características comuns em gatos e que nele estavam ainda mais desenvolvidas.

Os dois primeiros dias da jornada pela mata foram mais que tranqüilos, chegaram a ser monótonos. O clima agradável, a brisa e a calma conseguiriam deixar sonolento qualquer aventureiro experiente. E ali não foi diferente. Na terceira noite de calmaria a despreocupação acabou por deixar o acampamento desguarnecido à ponto de ninguém perceber uma aproximação indesejada mesmo Fortão não percebera nada de início com sua audição aprimorada.

O gato estava sentado ao lado de Ehllinthel e ambos assistindo uma partida de algum complicado jogo de cartas que Marmun Flogger tentava ensinar à Gustav. As risadas e piadas provocavam risos tão altos que encobririam a chegada de uma manada de mamutes. Mas de qualquer forma algo chamou a atenção de Fortão, algo como um som inaudível ou um pressentimento. Ele aprumou as orelhas mesmo sem mover seu corpo apenas para ter certeza de algo que já estava sentido – perigo. Ele se levantou num pulo chamando a atenção de Allyohnas e ao trocarem olhares rápido foi como se conversassem!

“- Emboscada!!!” – o elfo gritou assustando mais do que alertando à todos.

Antes que conseguissem chegar à suas armas o farfalhar da vegetação ao redor do acampamento demonstrou que o perigo estava muito próximo. Eles estavam tão despreparados que nenhum estava junto de sua arma, um erro de principiante ou mesmo de um amador. Quando os primeiros goblins surgiram por entre o verde dos arbustos o acampamento estava uma bagunça e mal as crianças haviam conseguido entrar nas carroças. Gustav improvisou uma arma com uma tora fumegante da fogueira enquanto os elfos estavam apenas com suas adagas. Blander havia pego os armamentos de todos e estava com eles nos braços.

Não eram simples bandoleiros, de forma alguma, pois o número e a organização deles era claramente militar. A primeira coisa que veio à mente de todos foi que deveriam ser da Aliança Negra o que significava que o perigo seria multiplicado. Fortão prontamente correu por debaixo de uma das carroças e subiu habilmente para cima do toldo enquanto os outros começaram a se posicionar de modo à que a família de comerciantes ficasse atrás deles.

Tudo ficou parado por um instante, até que ao grito de comando os goblins iniciaram seu ataque. Não eram menos de vinte, de modo que se aglomeraram para atingir seus alvos. Gustav, armado com o tronco incandescente, girava sua arma improvisada em semi círculos mantendo alguns deles afastados. Os elfos se valiam de sua agilidade para escapar das estocadas das espadas curtas já que só tinham em mãos as adagas. Blander, que estava com todas as armas nos braços, as jogou o mais perto possível de seus amigos e correu com seu corpanzil abalroando uma meia dúzia de seres escamosos tal como um touro enraivecido. Fortão, de cima do toldo, avaliou o que fazer e tal qual um experiente guerreiro procurou aquele que tinha a voz de comando e num pulo acrobático caiu sobre o capacete dele enterrando sobre os olhos e deixando-o momentaneamente cego.

Com o susto o goblin que dava as ordens caiu sentado no chão com sua espada em punho atacando o vazio. Fortão, atrás dele, só esperou que se levantasse para que duas unhadas bem dadas tirassem sangue de suas canelas e escondeu-se na escuridão. Só quem já recebeu uma unhada de gato sabe como elas são dolorosas. O goblin lançou um grunhido estridente chamado a atenção dos mais próximos.

Enquanto isso a luta continuava. Metade dos goblins já estava estirada no chão, como resultado das armas já nas mãos dos aventureiros. Mas mais e mais surgiam da escuridão. Fortão corria por entre as pernas dos novos inimigos e os lanhava, tirando a atenção da luta, sendo fatal quando perto de um dos seus companheiros. Aquilo tudo não estava sendo um grande desafio para o grupo até que o chefe-goblin, com um grito diferenciado, chamou algum tipo de reforço.

Do meio da vegetação surgiram três orcs enormes. A luta agora mudava de rumos. Suas clavas pesadas faziam o chão tremer cada vez que erravam os alvos e estouravam ao lado dos aventureiros. Fortão foi prático e fez aquilo que nunca imaginou fazer. Ele correu para o líder dos goblins e, saindo da escuridão, se lançou contra seu pescoço em uma mordida certeira que arrancou um naco de carne junto com a jugular do infeliz goblin. A morte foi instantânea. Aquilo possuiu Fortão. Ele ficou fora de si numa mescla de raiva e êxtase. Ele atacava cada goblin que estivesse perto. Ehllinthel percebera o que estava ocorrendo e se preocupou, mas não poderia fazer nada enquanto os orcs estivessem ali.

Gustav teve azar e fora atingido de raspão por uma das clavas, mas forte o suficiente para jogá-lo de encontro à roda de madeira de uma das carroças o deixando desacordado. Allyohnas estava com um dos braços inutilizado após uma das muitas setas das bestas dos inimigos terem o acertado pelas costas. Blander e Ehllinthel tentavam manter a luta, protegendo à todos. Enquanto isso Fortão continuava seu ataque frenético. Seu pelo já estava vermelho pelo sangue dos inimigos e ele não parecia cansar. Mas mesmo assim lutar contra três orcs e goblins não é tarefa fácil para ninguém e os ventos começavam a soprar para a derrota.

Quando Blander caiu com um dos orc por cima dele numa luta frenética corpo a corpo as coisas parecerem desesperadamente desanimadoras. A reação de Fortão foi pular sobre o orc com os dentes cravados em sua nuca, mas nem isso parecia frear a fera até que de repente ela parou com um estalo.

Blander recebeu uma golfada de sangue esverdeado saída da boca do orc pouco antes dele desfalecer pesadamente sobre seus braços, com uma flecha atravessada em sua cabeça. Os outros dois orcs tiveram sua atenção chamada, mas já era tarde. Do chão surgiram galhos verdes e vivos que prenderam suas pernas deixando-os imóveis sendo presas fáceis para um enorme urso marrom que surgiu do nada e que com duas patadas certeiras abriu-lhes as gargantas. Os poucos goblins ainda vivos foram atingidos por dardos de galhos de árvores e por flechas élficas.

Não haviam mais inimigos.

Algumas cabeças saíram de dentro das carroças quando o som da luta silenciou. Blander empurrou o enorme orc para o lado e começou a se arrastar debaixo dele enquanto Gustav era erguido por Ehllinthel. Do meio da mata surgiram duas figuras e se postaram ao lado do enorme urso que se sentara lambendo o sangue de suas patas. Um elfo e um humano tinham o semblante sereno e por certo eram os aliados que haviam ajudado a encerrar a luta.

Mas a atenção foi desviada para Fortão que estava ainda com o pelo eriçado e com um aspecto demoníaco com todo aquele sangue por sobre seu pelo. Ele ainda não havia largado a nuca do orc, já morto, como se a luta ainda não tivesse terminado. Todos seus amigos estavam assustados com a reação do amigo e aliado felino. O humano desconhecido, com vestes amarronzadas e repleto de bolsinhas e frascos em seu cinto, fez um sinal para todos ficassem onde estavam e se aproximou de Fortão.

O gato, quando notou que um estranho se aproximava, soltou o pescoço do orc e assoprou com um miado que mais parecia um uivo. O druida não se amedrontou, se agachando ao lado do corpo do orc. Seu rosto era tranqüilo e suas palavras soaram como a brisa.

“- Calma, filho abençoado de Allihanna” – ele estendeu a mão espalmada como que fazendo uma magia - “eu entendo... foi sua primeira morte, não foi?”

Fortão mudou seu olhar de raiva para angústia abaixando sua cabeça. O sangue ainda pingava de seus bigodes. Ele levantou novamente os olhos e olhou fundo primeiro para o desconhecido, depois para cada um dos outros.

“- Esta é uma das agruras de se ser um aventureiro meu amigo felino. Um dos pesados fardos que acabamos por levar em nossas costas. Sei bem que a primeira morte, o gosto do primeiro sangue, nunca mais sairá de sua mente, mas foi necessária. Não és um assassino e todos aqui passaram pela mesma tristeza.”

O gato parecia querer falar algo, querer desabafar, querer chorar.

Era uma situação estranha uma comoção tão grande depois de derrotarem inimigos tão odiados quanto os membros da Aliança Negra, mas nem todos absorvem da mesma forma a morte ou o ato de matar. Para Fortão ele havia destruído outro ser vivo e isso não poderia ser algo bom. Ele se questionava como alguém que se diz filho de Allihanna poderia levar esse fardo – matar sem que seja para se alimentar.

O elfo desconhecido se sentou em uma pedra ao redor da fogueira enquanto olhava fixamente para o gato ao mesmo tempo que acariciava o enorme urso.

“- Muitas estações atrás, já nem sei quantas, eu tirei uma vida pela primeira vez. Meu irmão mais velho, que me acompanhava em meus primeiros passos pelas florestas mais ao sul, me mostrou que existem grandes diferenças entre assassinar e se defender. Não que isso minimize o ato de tirar uma vida, mas Allihanna é justa e sábia e saberá, mesmo que tu não queiras, as tuas verdadeiras intenções.”

Fortão apenas olhava enquanto sua respiração ia lentamente se cadenciando. Todos os seus companheiros estavam ainda em silêncio e apenas o olhavam, enquanto os donos da caravana iam descendo para o chão junto das crianças.

“- Lembro de minha primeira morte quando ainda era um garoto” – disse Blander – “ajudei meu pai à caçar uma matilha de lobos que roubava nossas ovelhas... ainda ouço os uivos lançados na hora de suas mortes em alguns sonhos!”

“- Allyohnas e eu” – disse em voz baixa Ehllinthel – “passamos por essa experiência ao resgatar algumas crianças de mercadores de escravos em Ahlen. Mesmo sabendo que era o certo não deixo de me lembrar da vida sumindo dos olhos do capitão do navio ... e sei que isso também perturba Ally”. O outro elfo apenas concordou e baixou a cabeça.

“- Eu vinguei a morte de meu filho” – disse quase em um sussurro Gustav – “e ainda me dói ter tido de matar meu próprio irmão por isso”.

Pelo visto nunca haviam comentado sobre isso uns com os outros. Era muito fácil ser aventureiro quando você já tem o espírito talhado para isso, mas ninguém se lembra que o início é duro e traumático para qualquer um. Fortão percebeu tudo isso e entendeu que sua atitude foi necessária e que não era um monstro, apenas tinha amadurecido ungido pelo sangue dos inimigos. Ele suspirou e desceu de cima do orc fazendo um cumprimento primeiro para o druida agachado ao seu lado e depois para o elfo e para o urso.

O peso daquele momento parecia se dissipar aos poucos.

Blander, já de pé, olhou para os recém chegados e, abrindo um largo sorriso, perguntou – “bom, depois de tudo isso, quem são nossos aliados?”

O elfo se postou de pé de forma reverenciada e fez as apresentações – “sou Tahndour ... o druida é meu quase irmão Neldor ... e nosso colega peludo é Teodor... mas vocês devem nos conhecer como os vigias da Mata dos Galhos Partidos. 


Capítulo 06 - AQUI.

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