Dicas do Mestre
Aventureiros e as feiras
Andando
pela Feira de Cultura Japonesa e nerd, neste final de semana, me vi em meio à
uma multidão enorme de pessoas entre os estandes e barraquinhas de comida
típica. Era um bagunça incrível de pessoas falando e sons ambientes, tudo
misturado, que deixavam qualquer um zonzo. Mas mesmo com esta balbúrdia eu
ficava recebendo fragmentos de informações e assuntos diversos. Quase na mesma
hora comecei a pensar em como seria se um grupo de aventureiros estivesse em
uma feira de uma cidade de tamanho médio à procura de informações sobre um
mesmo assunto.
Uma
das coisas mais comuns em aventuras de RPG de fantasia é a procura de informações
importantes em uma feira. A feira é naturalmente um ambiente com extrema
interação de pessoas da cidade e arredores (e até de longe às vezes) e serve muito mais do que apenas comprar objetos e refazer seus estoques. Nela os
aventureiros conseguem descobrir os mais variados assuntos e segredos da cidade
e das pessoas que ali vivem.
Considero
este um momento muito importante e que poderia ser melhor trabalhado pelos
mestres. Normalmente os mestres são orientados pelos livros em realizar um teste
apropriado, conforme o sistema, e apenas passar aos jogadores a informação com
o nível de exatidão condizente com o valor rolado nos dados. Por que não ampliar
isso.
A
experiência por mim vivida mostrou que as coisas podem ser mais divertidas. Ao
invés de apenas dar uma resposta (ou respostas) para o grupo sobre determinado
assunto, lance uma série de fragmentos. Conforme o valor da rolagem dos dados
(conforme o sistema utilizado exige) esses fragmentos serão mais ou menos
exatos. Caberá ao grupo juntar as pistas e confirma a veracidade de algumas dessas
informações. Isso obrigará o grupo ter uma maior interação com cidade e seus
alvos até que tenha certeza da veracidade das informações.
Esta
ação pode ser melhorada ainda mais. Faça testes individuais com cada um dos
jogadores que pretender ir à feira para procurar informações e conceda fragmentos
ou assuntos para cada um de forma diferenciada – alguns iguais entre eles,
outros contraditórios e outros, ainda, diferentes.
Isso
pode parecer tempo perdido para alguns, mas para quem deseja entrar realmente
no cenário é uma verdadeira oportunidade para uma maior imersão e, quem sabe,
uma forma de dar início à outras aventuras ou campanhas. Muitos fragmentos
podem ser usados (por um mestre interessado) como elementos de aventuras
futuras ou mesmo plots de quests dentro da própria aventura.
Um comentário:
Hummm, de fato, eu jogo gurps e ultimamente ando assistindo muitas partidas de outros sistemas no you tube, dai vejo que hora e meia os jogadores fazem testes para saber de alguma coisa quando se deparam com determinada situação, na mesa em que jogo, apesar de ser o sistema Gurps e todos terem um pé atrás com ele, não fazemos tantos testes assim, tá certo que temos varias regras da casa para aliviar o sistema, mas fico pensando como uma informação tão importante para o enriquecimento da historia o mestre vai deixar pra sorte do rolamento de um dado??? Eu sou incapaz disso outra coisa que acho nada a ver e isso eu tive a experiência na pele jogando outro sistema com outro mestre, estávamos em uma sala e tive a iniciativa de procurar por pistas na sala e detalhei exatamente o que eu estava fazendo, mas mesmo assim o mestre me fez fazer o teste de procurar rolei mal o dado e não encontrei nada, mas o ladino do grupo rolou o dado e como tinha bônus tirou um melhor resultado que eu e encontrou algo escondido no mesmo local que eu tinha procurado, agindo assim vc acaba com o roleplay que muitos dizem por ai né, pelo menos acho isso. Mas enfim, agora que li esse seu post vc me deu uma boa ideia eu jogo em uma ambientação própria que fui construindo com os personagens ao longo de 16 anos desde quando comecei a jogar, mas apenas nesse ano tive a ideia de montar o mapa de meu mundo, dai fui acrescentando todas as cidades e vilarejos por onde passaram, comecei a montar a ambientação do mundo com os acontecimentos que foram ocorrendo e tá bacana montei um mapa e fica muito mais fácil de montar historias e guiar os personagens e agora vou conseguir deixar eles mais soltos e me sentir mais seguro pra isso, pra vc ter uma ideia a atual aventura que estou preparando eles estão indo para o primeiro vilarejo que eles passaram em minha primeira historia a 16 anos atrás kkkk, o vilarejo está em reconstrução, pois a primeira vez que eles passaram por lá ele havia acabado de ter sido destruído por orcs, clichê lógico, mas eu tinha 12 anos e amava senhor dos anéis e afins kkkkkk. Me alonguei um pouco, mas queria dizer que tem muitas cidades que não possuem características marcantes e já estou trabalhando nisso para ir mudando de acordo com os personagens, vc me inspirou a manda-los de cidade em cidade para criar as particularidades de cada cidade com eles, algumas já tem de aventuras passadas, mas ainda existem varias lacunas a serem preenchidas, vlw abraços \o
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